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Carlos Sperança

R$ 6,5 trilhões + CPI da Rachadinha + Elegendo esposas + O Peso dos distritos


R$ 6,5 trilhões + CPI da Rachadinha + Elegendo esposas + O Peso dos distritos - Gente de Opinião

R$ 6,5 trilhões

A metáfora da escassez como pão e água foi subvertida pela realidade. Às vezes falta água e as safras de grãos batem recordes, em outras sobra água nas enchentes e faltam alimentos. Um país com tantas diversidades não pode ter políticas picotadas e ao acaso, gambiarras, tramoias, leis traídas e burocracia asfixiada pelo personalismo de governantes provisórios.

Sem ignorar efeitos jurídicos, sequer é preciso questionar os imbróglios que paralisaram o Fundo Amazônia, semeando a desconfiança e a péssima imagem do Brasil lá fora. Pode-se zerar o passado e aproveitar de imediato a perspectiva desenhada pelo diretor de regulação do Banco Central, Otavio Damaso, que em painel do Congresso de Tecnologia Bancária da Febraban projetou a potencial captação de investimentos acima de R$ 6,5 trilhões para  “negócios verdes” até 2030.

É claro quer não se pode esquecer o passado, para não repeti-lo nem incidir em velhos erros por incapacidade de aprender. A ciência exige estudo, pesquisa e foco no melhor. Nesse sentido, há um imenso potencial de sabedoria no evento Entendendo a Amazônia, da Agri-Rex, previsto para julho. A ignorância, o bate-cabeça, as trocas de acusações baseadas em fake news e factoides torturam a imagem da Amazônia e causam sérios prejuízos, ao travar o desenvolvimento e espantar investidores. Não há mais tempo nem lugar para gambiarras.

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CPI da Rachadinha

É mais fácil galinha criar dentes e nascer pelo em ovo, do que as Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional desenvolver CPIs sobre as rachadinhas, investigando a devolução da parte dos salários dos servidores aos políticos como foi sugerido recentemente. Ocorre que é uma prática disseminada há décadas nos parlamentos brasileiros e uma investigação desta natureza pode atingir até os próprios membros das CPIs. Se condena a prática pela família Bolsonaro, mas ela está enraizada em todo território nacional.

Elegendo esposas

Eleger esposas está no projeto de vários ilustres políticos rondonienses nas eleições de 2022. O próprio governador Marcos Rocha não esconde mais a intenção de projetar a esposa Luana a uma cadeira à Câmara dos Deputados. Existe a desconfiança também do prefeito Hildon Chaves lançar sua esposa Yeda Chaves (que conta com grande popularidade) e o mesmo ocorre com o ex-deputado federal Nilton Capixaba (PTB-Cacoal) escalando sua cônjuge para uma cadeira a federal. Marcos Donadon quer reeleger a esposa, a deputada Rosangela a estadual e por aí vai. 2022 será o ano das esposas.

O Peso dos distritos

Aumenta consideravelmente o peso dos distritos nas eleições no município de Porto Velho, seja para vereador, deputado estadual ou federal. São mais de vinte e alguns, como Jacy-Paraná, União Bandeirantes e Extrema tem aumentado em muito o quantitativo de seus eleitores e por isto já pugnam pelas suas emancipações. Sonham em eleger candidatos comprometidos com a causa da autonomia bloqueada pelo Congresso Nacional, depois de tantas farras de emancipações nas décadas passadas.

As dificuldades

A prefeitura de Porto Velho e as autoridades sanitárias encontram dificuldades para escolher áreas destinadas aos aterros sanitários e para novos cemitérios, já que o antigo Santo Antônio, conhecido como Tonhão está superlotado de vítimas do coronavirus e sua direção reclama das covas escassas para atender a demanda de sepultamentos na capital rondoniense. Ocorre que ninguém quer aterro sanitário e cemitério por perto e os moradores próximos entram até na justiça para bloquear empreendimentos desta natureza.

Onda imigratória

Segue a onda migratória dos brasileiros para os Estados Unidos, desesperançados com as perspectivas do Brasil para os próximos anos com o comando do atual presidente Jair Bolsonaro.  A economia não reage ao ponto de criar os milhares de empregos cortados durante a epidemia do coronavirus e a reação americana na gestão do presidente Joe Biden atrai desde motoristas, empregadas domésticas a pedreiros, numa faixa salarial próxima a R$ 16 mil. Neste contexto estão jovens famílias rondonienses que também buscam ocupação em Portugal (onde também são barrados no baile) e Canadá

Via Direta

*** A preocupação com o covid fez os parlamentares  federais criar um projeto adiando apresentação de prova de vida para os aposentados e pensionistas do INSS e institutos de previdências estaduais reativada recentemente *** Polos regionais importantes do estado estão elegendo poucos representantes em vista da pulverização dos seus eleitorados com tantos candidatos *** Ji-Paraná e Cacoal são alguns exemplos deste divisionismo absurdo que com mais união das lideranças políticas locais poderiam ampliar suas representações na Assembleia Legislativa de Rondônia *** No Cone Sul rondoniense o problema tem sido eleger deputado federal. Desde Natan Donadon, que acabou sendo cassado, a região não emplacou mais representantes *** Por isso no ano que vem vão à luta Evandro Padovani (PSL), Eduardo Japonês (PV) e Natan Donadon (MDB), entre outros nomes cotados.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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