Segunda-feira, 11 de setembro de 2023 - 08h00
Em
outubro de 2022 foi uma fatalidade: cerca de 40 vacas tiveram suas mortes
atribuídas à queda de um raio ao Norte de Goiás. Tempestades mais rigorosas
trazem naturalmente raios mais frequentes. No inverno deste ano 1.071 bovinos,
entre bois, vacas e bezerros, morreram no Pantanal mato-grossense por
hipotermia, não suportando o frio incomum. Enquanto segue a batalha entre
catastrofistas climáticos, que atribuem tragédias similares ao descuido com o
meio ambiente, e negacionistas, que não veem relação entre a degradação
ambiental e os rigores do tempo, acumulando frios extremos e incêndios de
vulto, os prejuízos vão se acumulando, por descuido ou pelo acaso.
Sendo
o negacionismo um caso típico de opinião que faz pouco do respaldo científico,
cabe indagar aos cientistas o que está acontecendo de fato com o clima na
Terra. Nesse sentido, há pouco veio a público estudo apontando para uma
situação que vai jogar os negacionistas em grande sinuca: o fator prejudicial
do estresse térmico severo, nada a ver com o acaso.
Segundo
pesquisa publicada pela Environmental Research Letters, até o final do século mais
de um bilhão de vacas poderão sofrer de estresse térmico se o aquecimento
global continuar sem mudanças, causando danos para a fertilidade e a produção
de leite, além de riscos à vida do animal. É um raio com a possibilidade de
cair muitas vezes nos mesmos lugares.
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Perdendo espaço
Com
os Nazifs perdendo espaço no partido, o professor universitário Vinicius Miguel
assumiu o comando do PSB em Rondônia e deverá ser o candidato a prefeito da agremiação
na eleição do ano que vem. A bem da verdade, o ex-prefeito e ex-deputado
federal Mauro Nazif rejeitava disputar uma nova eleição a prefeitura de Porto
Velho, mesmo sendo cobrado pela militância socialista. Mas terá vaga garantida
pelo Diretório Estadual, se estiver disposto, a disputar uma cadeira a Assembleia
Legislativa ou a Câmara dos Deputados no pleito de 2026. Como é hábito em
Rondônia, o partido foi tomado goela abaixo e se o Dr. Mauro deixar o PSB a
sigla perde mais da metade da sua
militância.
.Grandes desafios
Mesmo
com os recursos cada vez mais curtos, com base na redução dos repasses
constitucionais, do calote institucionalizado no pagamento do IPTU e de
centenas de estabelecimentos comerciais fechados nos anos da pandemia e redução
demográfica, Porto Velho tem o desafio nos próximos anos de enfrentar a falta
de saneamento básico, desde o abastecimento de água tratada (menos a metade da
população atendida) até a coleta de esgoto (cobertura de menos de cinco por
cento da cidade). Além desta situação, temos a criminalidade crescente, com o
narcotráfico reinando em comunidades populosas como Orgulho do Madeira, Morar
Melhor, Cristal da Calama, etc.
Uma tradição
Ji-Paraná
tem uma tradição de remeter a Assembleia Legislativa deputados estaduais que se
destacaram no cenário estadual. Assim foi com José de Abreu Bianco (PDS) o mais
votado na sua legislatura que se tornou presidente da casa de leis,
parlamentares combativos como Mirandinha, Edson Fidelis e Jesualdo Pires, ou
Laerte Gomes que também foi presidente do Legislativo e um campeão de votos da
atual legislatura. Mas acompanho a ALE de Rondônia desde a primeira eleição e
nunca vi uma largada tão eficiente de um parlamentar, como a da deputada
Claudia de Jesus (PT-Ji-Paraná). A petista brilha num ambiente completamente
bolsonarista.
Na aba de Lula
Algumas
lideranças petistas rondonienses cresceram na aba de Lula, naquela onda da década
passada, casos de Roberto Sobrinho, Fatima Cleide, Eduardo Valverde e Anselmo
de Jesus. Destes quem só criou asas, foi Sobrinho que com uma baita administração
se reelegeu com um pé nas costas. Fátima, Valverde e Anselmo de Jesus não
conseguiram se firmar. Já, Claudia vem se firmando não só na região central,
mas em todo o estado com uma grande atuação no Legislativo estadual. É
onipresente nas questões mais relevantes do estado, sem precisar da aba de
Lula.
Menor taxa
Com seu agronegócio pujante, Rondônia ostenta a menor taxa de desemprego do país e o assunto foi destaque pela imprensa nacional durante a semana. Mas como este importante indicativo está refletindo na realidade do estado? Cerca de 60 por cento dos seus 52 municípios estão no vermelho. A evasão populacional tem sido enorme –temos cidades despovoadas quase pela metade - e a migração de trabalhadores na construção civil, para frigoríficos, cooperativas tem sido expressiva nos últimos anos. E os médicos formados em Rondônia embalam o pé para o interior de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Via Direta
*** Começando a semeadura da soja em Rondônia
com uma grande expectativa da classe produtora para a próxima safra. O plantio
da leguminosa se espraia dos campos do Cone Sul rondoniense, polarizado por
Vilhena ao Vale do Jamari, cujo polo principal é a aprazível Ariquemes *** Com música ao vivo
nos finais de semana, as unidades do Supermercado Araújo, com matriz em Rio
Branco, vai ganhando espaço também em Porto Velho *** O grupo Arasuper também estuda projeto de expansão em território
rondoniense ***O Festival de Praia vitamina a economia de Pimenteiras, na
fronteira com a Bolívia. Com isto, as coisas já estão bem agitadas nas areias
do Rio Guaporé.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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