Quarta-feira, 13 de abril de 2022 - 08h03
As
preocupadas reflexões da ministra Cármen Lúcia sobre a ineficácia das ações
governamentais na Amazônia e o alerta de que ilegalidades em áreas indígenas
podem inviabilizar os compromissos do Brasil perante o mundo quanto ao clima
deveriam conduzir todas as partes envolvidas a um diálogo sério, acima da
danosa polarização que paralisa o país.
Diálogo
sério implica evitar culpar outros pelas próprias omissões, mostrando
disposição para superar os problemas reais e imediatos. Isto só será possível com
uma agenda mínima, impossível de ser definida sem um debate amplo na sociedade,
mediado pelos políticos na via natural do Parlamento, evitando se pautar por ruídos
sectários. Diálogo respeitoso, sem insultos que ofendem mais quem os profere, no
qual empresários e cientistas se disponham a conciliar metas, objetivos e
pesquisas.
Interessante, nesse caso, a advertência do
professor Salo Coslovsky, da Universidade de Nova York, onde leciona
Planejamento Urbano e Desenvolvimento Econômico, de que diariamente muitas
oportunidades de negócios são perdidas na Amazônia. Na real, estamos rasgando
dinheiro em larga escala.
Isso
ocorre pela incapacidade de montar uma agenda consensual, que pautada na
bioeconomia terá condições de arrancar o Brasil da pobreza. Combinar esforços é
tudo que ainda falta para não dispersar energias, recursos e possibilidades.
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Paliçadas reforçadas
Se
tem um candidato a governador previdente é este Coronel Marcos Rocha (União
Brasil) que toca seu projeto de reeleição. Se reforçou até o talo na capital,
onde os adversários Leo Moraes (Podemos) e Daniel Pereira (Solidariedade) estão
bem postados. Senão vejamos: cooptou o prefeito Hildon Chaves (PSDB) para seu
palanque. Trouxe para sua chapa pra disputar a Câmara dos Deputados a ex-vereadora
Cristiane Lopes, agora no União Brasil. Não bastasse, sua dobradinha ao Senado
será com a deputada federal Mariana Carvalho. Se a base se entender, pois temos
aí correntes adversárias no mesmo balaio, a coisa vai funcionar bem
Nomes cogitados
Pelas
bandas do postulante ao CPA Daniel Pereira, que, nos bastidores se fala que
poderá contar com o apoio do ex-governador Confúcio Moura, cogita-se a Frente Popular,
tendo o petista Anselmo de Jesus (Ji-Paraná) a vice-governador e Vinicius
Miguel (PSB) ao Senado. Composição de grande penetração nos funcionários
públicos, segmento decisivo, pelo menos na capital. Também se fala que Daniel Pereira
está guardando o lugar para Confúcio nas convenções do meio do ano. Será? Aí
seria reeditada a composição vitoriosa Confúcio/Daniel Pereira naquele pleito
de 2014 e o PT seguiria com candidatura própria ao governo cm Anselmo de Jesus.
Boatos ao vento
Espalhou-se
por aí que a candidatura ao governo do estado do senador Marcos Rogério (PL)
não é para valer e ela poderá ser revertida de uma hora para outra diante de uma
nomeação no primeiro escalão do presidente Jair Bolsonaro. Não se sabe qual dos
possíveis adversários patrocina as informações neste sentido mas se a coisa
colar vai prejudicar o combativo parlamentar nas primeiras pesquisas dificultando
sua decolagem. Cabe ao senador desmentir de forma incisiva e sendo convincente
de que sua candidatura é para valer e não um jogo de cena para eventuais
negociações. As primeiras providências já foram tomadas neste sentido.
Aliados opinam
Na verdade,
até aliados e ex-aliados de Marcos Rogério dizem com todas as letras que ele
não será candidato ao governo estadual e que o senador colocou seu nome para
circular visando apenas celebrar acordos partidários visando composições
adiante. Vários ex-tucanos, alguns até já deixaram o partido alegam que
desistiram de apoiar o senador do PL por não sentir firmeza na candidatura. Com
isto se tem com mais firmeza apenas três candidatos: Coronel Rocha, Leo Moraes
e Daniel Pereira. No PL Marcos Rogério enfrenta uma queda de braço com Jayme
Bagatolli. Se perder necas de partido, necas também de candidatura.
Censo 2022
O
IBGE começa o recrutamento de agentes censitários para o censo 2022 em
Rondônia. Através da contagem populacional será possível perceber as perdas demográficas
regionais, já que algumas estão encolhendo – Cone Sul rondoniense, Zona da Mata
e Bacia Leiteira de Jaru e Ouro Preto do Oeste - e outras inflando recebendo
novos contingentes, como a região de Nova Mamoré. Também será possível
constatar a extensão do forte processo imigratório de Rondônia para os Estados
Unidos. Atualmente nosso estado está entre os três que mais remetem imigrantes
ilegais para a terá de Tio Sam, ao lado de Minas Gerais e do Espirito Santo.
Via Direta
***A semana foi excelente, com boas notícias
no segmento da aviação, tanto pela anunciada ampliação do aeroporto internacional
Jorge Teixeira em Porto Velho como pela volta dos voos regionais em Ji-Paraná,
Cacoal e Vilhena ***
Ariquemes ficou de patinho feio pois foi o único polo regional importante
ficando para trás desta nova fase da aviação *** A representação política do Vale do Jamari tem que se mexer, tem um
senador, um presidente da Assembleia Legislativa e quatro deputados estaduais
cochilando *** Vem aí o novo Shopping Popular de Porto Velho prometido desde
a cheia histórica de 2014 pelos nossos governantes *** Um novo projeto está em andamento na administração do prefeito Hildon
Chaves (PSDB) *** Aumenta o roubo de fios e cabos elétricos pelo estado. Em
Porto Velho existem verdadeiros arrastões em parques e avenidas. É coisa de
louco!
O prefeito Leo Moraes começa sua gestão com uma grande faxina em Porto Velho
Culpas repartidasNo Sul, onde uma minoria desmoralizada dissemina racismo e ódio ao Norte e Nordeste, já predomina a noção sábia de que a grandeza
Acabaram as alagações do Hildão, chegaram as alagações da era Leo Moraes
O papel do NorteNão é uma ideia nova a hipótese de surgir um “Vale do Silício” do Brasil. Houve a suposição de que seria São Paulo, na crença em qu
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