Quinta-feira, 5 de outubro de 2023 - 08h25
A
busca de recursos para promissores projetos bioeconômicos é um garimpo
saudável. Há pouco, o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais,
falando em conciliar meio ambiente e desenvolvimento, avaliou que a Amazônia é
um foco de atração de investimentos no quesito ambiental. Nesse sentido, as
viagens do presidente Lula da Silva provocaram a motivação de interesses que,
segundo o ministro, vão atrair 10 bilhões de dólares em investimentos por conta
dos títulos verdes.
Tudo
indica que apesar do triste espetáculo físico de rios secando e as perspectivas
de economia apertada no futuro imediato, com a fumaceira da guerra na Ucrânia,
a União Europeia assustada, os EUA desabando na dívida e a China apresentando
sinais de exaustão, as fontes de recursos estão se abrindo em movimento que não
deve cessar.
Há
a imediata perspectiva da breve recepção de investimentos em torno US$ 250
milhões, provenientes de parceria entre o Banco do Brasil e o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), recursos destinados a apoiar bioempresas
e produtores rurais, além de geração de energia a partir de fontes renováveis e
preencher o vazio de conectividade que ainda isola áreas da floresta. Segundo
as instituições financeiras, os recursos vêm da conta dos 12 compromissos de
Sustentabilidade do BB e do programa Amazônia Sempre, do BID. São destraves
importantes.
.............................................................................
Os clãs políticos
Perdendo
espaço nos últimos pleitos, os clãs políticos de Jaru (Os Muletas), de Ariquemes
(Os Amorins) e de Vilhena (Os Donadons) vão buscar recuperação nas eleições
municipais do ano que vem. Alguns com força para se reabilitar, outros com
dificuldades para enfrentar novas lideranças que vão surgindo através dos
tempos. O clã Donadon sobrevive com a deputada Rosangela, mas longe daquele
grupo político que já teve prefeitos como Melki, presidente da Assembleia Legislativa
como Marcos Antônio Donadon e deputado federal como Natan Donadon.
As dificuldades
As
dificuldades maiores estão com o clã dos Amorins, em Ariquemes. A família política
já teve o senador Ernandes Amorim, que foi tampem deputado estadual e prefeito,
filhas e filhos prefeitos em Ariquemes e Alto Paraiso. Ultimamente apenas Ernandes
Amorim atuava como vereador em Ariquemes, mas não conseguiu se reabilitar na
eleição de 2022. O mesmo dilema vivencia o clã dos Muletas em Jaru, onde dominou
o cenário político regional durante um bom tempo. Tanto os irmãos Muletas, como
Cassia, que foi prefeita e deputada estadual estão enfrentando os novos tempos,
com lideranças emergentes.
O narcotráfico
Apreensões
de até 500 quilo de cocaína nas estradas acreanas e rondonienses em ações de
rotina pela PRF, revelam os carteis bolivianos, peruanos e colombianos
avançando. Rondônia, por exemplo, tem conexões tradicionais de tráfico, com o Nordeste,
Pará, Sudeste do País, através do Porto de Santos, de onde as grandes cargas de
pó são enviadas para o exterior. O tráfico se transformou num grande negócio se
espraiando pelas rodovias rondonienses, pelos rios que dividem o Brasil com a Bolívia
e o Peru e até pelo espaço aéreo com pequenos aviões. A coisa só tem piorado
nos últimos anos.
Sem dó e piedade
Sem
dó e piedade da população de Porto Velho, que vivencia dias difíceis na
arrecadação o que obrigou o prefeito Hildon Chaves contrair empréstimos para
seguir seu plano de obras, os 21 vereadores da capital rondoniense visando
vitaminar o bolso para as eleições do ano que vem estão criando emendas
parlamentares vultosas – em torno de 1 milhão por cabeça. Querem obter os
mesmos benefícios dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa, federais e
senadores no Congresso Nacional. Não bastasse aumentaram de 21 para 23 o número
de cadeiras para a próxima legislatura. É coisa de louco!
Tem explicações?
De
um lado, a inauguração do complexo turístico histórico da Estrada de Ferro Madeira
Mamoré sofrendo sucessivos adiamentos, depois de ter sido considerado concluído.
Ninguém dá explicação a respeito e a coisa começa a gerar desconfianças. O que estaria
acontecendo? De outro lado, sabe-se que o Tribunal de Contas do Estado –TCE começou
a acompanhar mais de perto as obras da construção do terminal rodoviário de
Porto Velho. São assuntos, que entendo, por ser relevantes poderiam ser mais
bem explicados já que suscitam suspeitas nos bastidores.
Via Direta
*** Com o adiamento da votação da
minirreforma eleitoral e seus efeitos só valendo para 2026, muitos possíveis
candidatos a prefeito ficaram na mão *** Ocorre que com as mudanças as inelegibilidades
seriam flexibilizadas, mas isto só aconteceria se a lei fosse promulgada até 5
de outubro, um ano antes do pleito municipal *** Começa a formação das chapas para vereança em Porto Velho. Em
alguns partidos os ex-deputados estaduais são considerados “personas no grata”
tendo em vista esquemas poderosos por trás das suas candidaturas *** Como
se sabe, os deputados estaduais que perderam as eleições em 2022 são fortes
predadores dos atuais vereadores na capital. E tem uma penca deles já em campanha.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri