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Carlos Sperança

Recursos urgentes + Dura disputa + Expedito x Bagatolli + PT imobilizado


Recursos urgentes + Dura disputa + Expedito x Bagatolli + PT imobilizado - Gente de Opinião

Recursos urgentes

“Siga o dinheiro” é a chave das investigações de corrupção. Vindo de algum lugar, o dinheiro irá para outro. Acompanhar a movimentação indicará quem está relacionado ao evento. Durante a Cop-26, muitos governantes, instituições, empresas e fundos anunciaram recursos para proteger a Amazônia, mas o bom juízo recomenda seguir o dinheiro e checar se de fato atendeu ao anúncio feito com espalhafato, ruído que se perde no tempo sem que se saiba se e como foi aplicado.

É realmente hora de pensar no dinheiro sonante, primeiro porque as carências sociais e os crimes florestais são de combate urgente. Depois porque há ações que demandam tempo de planejamento antes da execução. Seja nas urgências, seja nas tarefas de longo prazo, cabe um monitoramento preciso, com o emprego de modelos, cenários, escalas e cronogramas.     

O vice-presidente Hamilton Mourão causou algum desconforto ao pronunciar uma polêmica declaração na Conferência de Comércio Internacional e Serviços do Mercosul: “Se vamos preservar 80% da Amazônia Brasileira, nós temos que receber por isso”. Na verdade, não é uma questão de “se”. O Brasil tem que preservar e vai preservar, porque isso é do seu maior interesse. Só loucos varridos pensariam em chantagear o mundo na base do “dá o dinheiro ou queimamos tudo”. O fato é que sem recursos tudo se complica. Seguir o dinheiro é preciso.

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Dura disputa

Vem aí, na eleição de 2022, uma disputa renhida para a única vaga ao Senado de Rondônia. Alguns nomes já circulam nos bastidores, considerados de ponteira, como: 1- Expedito Junior (PSD) que terá como seu candidato ao governo estadual o senador Marcos Rogério. 2- Ex-senador Valdir Raupp, que fara dobradinha ao governo com o atual senador Confúcio Moura 3- Ex-ministro da Previdência Amir Lando 4 –Ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires (PSB) 5 – Ex-senadora Fátima Cleide (PT) 6-Deputada federal Jaqueline Cassol 6 –Deputado federal Leo Moraes (Podemos) 7-  Empresário Jayme Bagatolli.

Expedito x Bagatolli

Num cenário que pode mudar muito até as convenções do ano que vem, largam na frente na peleja ao Senado em Rondônia o ex-senador Expedito Junior (PSD-Rolim de Moura), com apoio no interior do senador Marcos Rogério (Ji-Paraná), da candidata a vice-governadora na chapa de Rogério, Ieda Chaves e do atual prefeito da capital Hildon Chaves, numa composição que junta Rolim de Moura, Ji-Paraná e Porto Velho. Abre polarização com ele, no atual cenário o vilhenense Jayme Bagatolli, o candidato bolsonarista, o homem do presidente.

Minhas contas

Como se sabe, política não é uma ciência exata e o que deve ocasionar a definição da eleição ao Senado é a fragmentação dos votos. Não teremos mais candidato fazendo 500 mil votos como já ocorreu com Raupp e Cassol, será um pleito muito equilibrado. Por isto vários candidatos têm boas chances e com Raupp bem nas paradas. Mas a tendência é Expedito ser derrotado na capital, mesmo com Ieda e Hildon de escudeiros. E o presidente Bolsonaro, que não transferiu votos nas eleições municipais, onde o MDB foi bem-sucedido em colégios eleitorais importantes no estado, não terá tanta influência como se imagina a favor de Bagatolli. E a reconciliação Confúcio Raupp pode ser decisiva para o postulante do MDB.

Água e óleo

No passado seria impensável a formação de uma chapa presidencial envolvendo o PT e o PSDB devido as rivalidades tribais criadas. Era misturar água com óleo, não daria liga jamais. Com a modernidade, já se fala numa chapa liderada pelo ex-presidente Lula tendo como vice o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Vejo petistas e tucanos meio ressabiados com esta articulação, mas Lula tem faro para as coisas. No passado se uniu até com Paulo Maluf – que os petistas consideravam o maior corrupto do País - e deu certo. Tucanos  juntos com petistas, por conseguinte, não espanta mais ninguém.

PT imobilizado

Impressiona a imobilidade do PT em Rondônia com vista as eleições do ano que vem. Não se fala em Lula, não se sabe quem seria o candidato ao governo ou ao Senado. Um partido que já teve quatro deputados estaduais, dois federais, o prefeito de Porto Velho reeleito, e uma senadora virou poeira. Tinha uma militância aguerrida, combativa. A legenda envelheceu não se criaram novas lideranças para substituir Roberto Sobrinho, Fátima Cleide e o falecido Eduardo Valverde. Além disto o PT é ruim de alianças em Rondônia. Nunca se deu bem com o PC do B, PSTU e Psol e tampouco busca dialogo para criar uma frente de esquerda.

Via Direta

*** Numa eleição onde não teremos o regime de coligações, os atuais deputados estaduais buscam as legendas mais competitivas para se reeleger ***Alguns parlamentares já pensam em trocar de sigla na janela partidária-  modalidade que permite a troca de agremiações sem punição - que vai vigorar a partir de março. Todo mundo pensando no próprio umbigo *** Por conta da novidade os partidos estão vitaminando suas nominatas para o pleito de 2022 *** Trocando de focinho de porco para tomada: ainda temos muito a evoluir em termos de drenagem na capital rondoniense.  Chegaram as primeiras chuvas e avenidas importantes foram alagadas *** Os empresários do interior estão chegando e vão tornar o ramo dos supermercados mais competitivo nos próximos anos em Porto Velho.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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