Quarta-feira, 17 de novembro de 2021 - 10h15
“Siga o dinheiro” é a chave das investigações
de corrupção. Vindo de algum lugar, o dinheiro irá para outro. Acompanhar a
movimentação indicará quem está relacionado ao evento. Durante a Cop-26, muitos
governantes, instituições, empresas e fundos anunciaram recursos para proteger a
Amazônia, mas o bom juízo recomenda seguir o dinheiro e checar se de fato atendeu
ao anúncio feito com espalhafato, ruído que se perde no tempo sem que se saiba
se e como foi aplicado.
É realmente hora de pensar no
dinheiro sonante, primeiro porque as carências sociais e os crimes florestais são
de combate urgente. Depois porque há ações que demandam tempo de planejamento
antes da execução. Seja nas urgências, seja nas tarefas de longo prazo, cabe um
monitoramento preciso, com o emprego de modelos, cenários, escalas e
cronogramas.
O vice-presidente Hamilton Mourão
causou algum desconforto ao pronunciar uma polêmica declaração na Conferência
de Comércio Internacional e Serviços do Mercosul: “Se vamos preservar 80% da
Amazônia Brasileira, nós temos que receber por isso”. Na verdade, não é uma
questão de “se”. O Brasil tem que preservar e vai preservar, porque isso é do
seu maior interesse. Só loucos varridos pensariam em chantagear o mundo na base
do “dá o dinheiro ou queimamos tudo”. O fato é que sem recursos tudo se
complica. Seguir o dinheiro é preciso.
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Dura disputa
Vem aí, na eleição de 2022, uma
disputa renhida para a única vaga ao Senado de Rondônia. Alguns nomes já
circulam nos bastidores, considerados de ponteira, como: 1- Expedito Junior
(PSD) que terá como seu candidato ao governo estadual o senador Marcos Rogério.
2- Ex-senador Valdir Raupp, que fara dobradinha ao governo com o atual senador
Confúcio Moura 3- Ex-ministro da Previdência Amir Lando 4 –Ex-prefeito de
Ji-Paraná Jesualdo Pires (PSB) 5 – Ex-senadora Fátima Cleide (PT) 6-Deputada
federal Jaqueline Cassol 6 –Deputado federal Leo Moraes (Podemos) 7- Empresário Jayme Bagatolli.
Expedito x Bagatolli
Num cenário que pode mudar muito
até as convenções do ano que vem, largam na frente na peleja ao Senado em
Rondônia o ex-senador Expedito Junior (PSD-Rolim de Moura), com apoio no interior
do senador Marcos Rogério (Ji-Paraná), da candidata a vice-governadora na chapa
de Rogério, Ieda Chaves e do atual prefeito da capital Hildon Chaves, numa
composição que junta Rolim de Moura, Ji-Paraná e Porto Velho. Abre polarização
com ele, no atual cenário o vilhenense Jayme Bagatolli, o candidato bolsonarista,
o homem do presidente.
Minhas contas
Como se sabe, política não é uma
ciência exata e o que deve ocasionar a definição da eleição ao Senado é a
fragmentação dos votos. Não teremos mais candidato fazendo 500 mil votos como
já ocorreu com Raupp e Cassol, será um pleito muito equilibrado. Por isto
vários candidatos têm boas chances e com Raupp bem nas paradas. Mas a tendência
é Expedito ser derrotado na capital, mesmo com Ieda e Hildon de escudeiros. E o
presidente Bolsonaro, que não transferiu votos nas eleições municipais, onde o
MDB foi bem-sucedido em colégios eleitorais importantes no estado, não terá
tanta influência como se imagina a favor de Bagatolli. E a reconciliação Confúcio
Raupp pode ser decisiva para o postulante do MDB.
Água e óleo
No passado seria impensável a
formação de uma chapa presidencial envolvendo o PT e o PSDB devido as
rivalidades tribais criadas. Era misturar água com óleo, não daria liga jamais.
Com a modernidade, já se fala numa chapa liderada pelo ex-presidente Lula tendo
como vice o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Vejo petistas e tucanos
meio ressabiados com esta articulação, mas Lula tem faro para as coisas. No
passado se uniu até com Paulo Maluf – que os petistas consideravam o maior
corrupto do País - e deu certo. Tucanos juntos com petistas, por conseguinte, não
espanta mais ninguém.
PT imobilizado
Impressiona a imobilidade do PT em
Rondônia com vista as eleições do ano que vem. Não se fala em Lula, não se sabe
quem seria o candidato ao governo ou ao Senado. Um partido que já teve quatro
deputados estaduais, dois federais, o prefeito de Porto Velho reeleito, e uma
senadora virou poeira. Tinha uma militância aguerrida, combativa. A legenda
envelheceu não se criaram novas lideranças para substituir Roberto Sobrinho,
Fátima Cleide e o falecido Eduardo Valverde. Além disto o PT é ruim de alianças
em Rondônia. Nunca se deu bem com o PC do B, PSTU e Psol e tampouco busca
dialogo para criar uma frente de esquerda.
Via Direta
*** Numa eleição onde não teremos o regime de coligações, os atuais
deputados estaduais buscam as legendas mais competitivas para se reeleger ***Alguns parlamentares já pensam em trocar de sigla
na janela partidária- modalidade que
permite a troca de agremiações sem punição - que vai vigorar a partir de março.
Todo mundo pensando no próprio umbigo ***
Por conta da novidade os partidos estão vitaminando suas nominatas para o
pleito de 2022 *** Trocando de focinho de porco para tomada: ainda temos
muito a evoluir em termos de drenagem na capital rondoniense. Chegaram as primeiras chuvas e avenidas
importantes foram alagadas *** Os empresários
do interior estão chegando e vão tornar o ramo dos supermercados mais competitivo
nos próximos anos em Porto Velho.
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