Quinta-feira, 5 de maio de 2022 - 08h20
No
mundo cheio de contradições, quase um bilhão de pessoas vivem situações de
desnutrição, mas um homem, Elon Musk, enriqueceu ainda mais e pôde comprar um brinquedo
(a plataforma Twitter) de US$ 44 bilhões. O mundo é assim e não vai mudar de
uma hora para outra, mas há cientistas e filantropos supondo que os homens que conseguem
enriquecer até em pandemias poderiam reinventar o mundo e torná-lo mais justo.
Relatório
da FAO em 2015 alertava que a eliminação da fome crônica no mundo iria requerer
investimentos de US$ 267 bilhões por ano daquele ano até 2030, mero 0,3% do PIB
mundial. Já que os programas de combate à fome no Brasil somam ao redor de 0,5%
do PIB não parece difícil fazer. No entanto, o máximo que a ONU faz é
recomendar ações, pois sua participação direta nelas é limitada por legislações
internas e resoluções que os países poderosos refugam ou boicotam.
Com
a impossibilidade de mudar já o planeta, fala-se em “reinventar o Brasil”.
Piorado pela birrenta e infantil briga de cuspe entre as instituições, o país
vê a democracia e a economia em risco. Até a eleição, faltará comida e sobrará
cuspe. Regionalmente, quando se fala em “reinventar a Amazônia”, os olhos se
voltam para a Zona Franca de Manaus e o impasse se instala. Na impossibilidade
de superá-lo, o jeito é deixar de lado a reinvenção e tentar uma agenda mínima contra
a miséria.
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Só na convenção
O
candidato ao Senado Jayme Bagatolli – que já alvo de missas encomendadas pela
concorrência –resolveu peitar o senador Marcos Rogério, presidente estadual do
PL na questão da homologação do nome ao Senado pelo partido cujo embate só será
resolvido na convenção do meio do ano. MRogério não esconde a preferência por
seu aliado Expedito Junior, bem postado nas sondagens eleitorais no interior e
não conseguindo sacramentar este acordo vai buscar Jaqueline Cassol. Bagatolli
diz que tem apoio dos irmãos Bolsonaro, mas Flávio já está fechado com Mariana
Carvalho (Podemos).
Chapa bolsonarista
Por
sua vez, a chapa do governador Marcos Rocha (União Brasil), que toca seu projeto
de reeleição já tem sua dobradinha ao Senado firmada. Trata-se da deputada federal,
a ex-tucana Mariana Carvalho (Porto Velho), que se transferiu para o
Progressistas. Rocha tem uma boa estratégia para encarar o favoritismo de Leo Moraes
(Podemos) na capital. Além do pix, ele já conta com o apoio do prefeito Hildon
Chaves (PSDB), tem na sua chapa a federais Cristiane Lopes (União Brasil), que
obteve cerca de 100 mil votos nas eleições municipais. No papel é uma baita aliança,
vamos ver nas urnas.
Com favoritismo
Na
largada pela corrida sucessória estadual em Porto Velho temos na dianteira o
deputado federal Leo Moraes (Podemos) e ao Senado a deputada federal Mariana
Carvalho (Republicanos). No caso de Mariana, ela irá enfrentar candidatos bem
postados no interior como Jayme Bagatoli (Vilhena), Expedito Junior (Rolim de
Moura), não estando descartada ainda a presença do ex-governador Valdir Raupp
(MDB) nesta peleja. E como Mariana ao Senado, Leo carece de bases fortes no
interior rondoniense para enfrentar a concorrência ao CPA.
E no MDB?
Ainda se tratando da eleição ao governo estadual
e ao Senado, para efeito de consumo externo, o ex-governador Valdir Raupp (MDB
–Rolim de Moura) não é candidato ao Senado e tampouco o senador Confúcio Moura
(Ariquemes) é postulante ao Palácio Rio Madeira. Nos bastidores do partido se
fala que a coisa só será decidida na convenção em junho e se os dois se
entenderem, ambos vão à luta. Como sabe, Confúcio e Raupp estão rompidos desde
as convenções estaduais de 2018 do MDB que afundaram a campanha de Maurão de
Carvalho ao CPA.
Corrida a Portugal
Impressiona
a nova corrida imigratória para Portugal, havendo uma verdadeira febre neste
sentido em vários quadrantes do estado de Rondônia. Neste momento na corrida
aos passaportes para a mudança se
destacam moradores das regiões de e Ji-Paraná, Ouro Preto, Cacoal, Vilhena e
Porto Velho. Do interior rondoniense são notadamente operários da construção
civil, empregadas domesticas, motoristas, pintores, azulejistas. No caso da capital
também muitos funcionários públicos aposentados buscando sossego e mais
segurança.
Via Direta
*** Com a saúde precária e uma segurança
caótica em Rondônia era de se esperar governador e o prefeito da capital em
maus lençóis em termos de popularidade *** No entanto, o prefeito Hildon Chaves ganhou a eleição em Porto Velho
e sua imagem passou fortalecida ante a estas questões e a das alagações em 2020
*** E o que se vê atualmente é o governador
Marcos Rocha também levando pedradas pelas questões de saúde e segurança, mas
se for levada em conta as reeleições de
Ivo Cassol e Confúcio Moura com os mesmos problemas, ele passará também incólume***
Rocha tem a poção da reeleição herdada dos antecessores: pagamento rigorosamente
em dia do funcionalismo e dos fornecedores, economia e PIB crescentes, além de
iludir o eleitorado com obras importantes que talvez nem sejam concluídas,
casos do Hospital Heuro e da rodoviária da capital.
Quem manda no país é o Congresso Nacional, com seus deputados federais e senadores
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