Quarta-feira, 20 de março de 2024 - 07h56
No
Brasil, a mesma obra ou conquista é anunciada festiva e triplamente na
propaganda oficial quando recebe um nome engraçadinho, quando começa e ao inaugurar.
A mesma obra é também apresentada por três “pais” diferentes: Município, Estado
e União. É comum haver brigas sobre a paternidade da conquista, como o investimento
de 11 bilhões de reais da Toyota na fábrica de Sorocaba, que os governos
paulista e federal anunciam em separado, criando uma confusão infantil.
O
governo brasileiro, por séculos a fio, peca por falta de planejamento, planejar
mal ou executar mal, sempre anunciando obras com grande estardalhaço. Contrasta
com a Guiana, que desenvolve uma ideia espetacular sem nenhuma propaganda: Silica
City, uma cidade que nasce para ser perfeita, inteligente e movida a energia
limpa, a ser financiada com a nova riqueza trazida pela exploração do petróleo.
Propostas
encaminhadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial ao governo
federal já no ato do recebimento foram anunciadas como a Nova Indústria Brasil
(NIB). Mais um caso em que primeiro se faz a propaganda e depois se arranja um
jeito de pôr a ideia em prática ou jogá-la no limbo das ideias geniais
fracassadas. Só resta esperar que o debate em torno na NIB não repita a
gritaria “ideológica” e se viabilize em breve, pois tem potencial para tirar o
país do atraso.
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A desconfiança
Nos
meios políticos se tem como certo que o governador Marcos Rocha não completará
seu segundo mandato, para se desincompatibilizar, deixando o cargo nas mãos do
vice-governador Sergio Gonçalves, para disputar uma das duas cadeiras ao Senado
nas eleições 2026. Também existe a desconfiança nos meios políticos que ele está
preparando sua esposa, que pertence ao primeiro escalão do seu governo, Luana
Rocha para disputar uma vaga a Câmara dos Deputados e isto está deixando os parlamentares
federais da sua base aliada de cabelos em pé. Agindo assim, seguiria o caminho
do ex-governador Valdir Raupp que elegeu a esposa Marinha a federal.
Repassando votos
Repassar
votos, através da sua imagem política, para ungidos e aliados é um verdadeiro desafio
para os caciques. Alguns conseguem a proeza, caso do prefeito Hildon Chaves,
que emplacou sua esposa Ieda a Assembleia Legislativa e transferiu muitos votos
para Mariana e Marcos Rocha em 2022. No entanto, a maioria dos políticos
rondonienses tem dificuldades na gestação de herdeiros. Até Teixeirão não conseguiu eleger seu filho a
deputado federal. Vejam o caso do ex-governador Ivo Cassol que sempre teve
dificuldades em eleger parentes e aliados. O sabichão Confúcio não conseguiu eleger
sua mana a federal em Ariquemes.
Sem herdeiros
O
fato é que políticos de estatura de Chiquilito Erse (já falecido), José Guedes,
dos governadores Ângelo Angelim (já falecido), Oswaldo Piana Filho, José
Bianco, do senador Odacir Soares (já falecido), de Amir Lando e tantos outros não
deixaram herdeiros políticos. Isto demonstra que a tarefa de transferir prestígio
para ungidos não é tarefa fácil perante o eleitorado. A maioria dos
ex-prefeitos, diante de grande aprovação popular, casos de Melki em Vilhena,
Amorim em Ariquemes e Raupp em Rolim de Moura são algumas exceções de políticos
que elegeram familiares e aliados.
Apagão geral!
Bem-sucedido
na área econômica, garantindo sucesso no crescimento do estado em patamares
acima de outros estados, o governo Marcos Rocha, de Rondônia, sofre um apagão nos
setores de saúde e na segurança pública. As queixas se multiplicam com centenas
de pacientes à espera de cirurgias, padecendo com todas as dores na espera do
atendimento devido. É uma situação realmente desconfortável. Na esfera da
segurança púbica estamos perdendo a guerra contra o narcotráfico que tomou conta
da região metropolitana. As disputas entre facções resultam na maioria dos homicídios
em Porto Velho.
Somando esforços
É preciso
somar esforços para enfrentar a dura batalha contra o jugo das empresas aéreas em
Rondônia que submeteram a população principalmente da capital, Porto Velho, a
um regime arroxado de voos e de preços de tarifas. Até agora só tomaram medidas
efetivas contra as companhias, o prefeito Hildon Chaves e a OAB, que estão processando
as aéreas. Falta mais musculatura nesta peleja, com o governador Marcos Rocha,
com o presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz, com a bancada federal,
com as poderosas associações e federações. Precisamos de todos se juntando nesta cruzada
Via Direta
*** A pouco mais de três meses das
convenções que vão homologar as candidaturas a prefeitos, vices e vereadores e
muita coisa segue indefinida no cenário político de Porto Velho *** Mas já se sabe que
o bolsonarismo vem rachado em pelo menos três candidaturas a prefeito e a
esquerda não se entende sobre uma coalizão para enfrentar as forças
conservadoras na capital *** Trocando de
focinho de porco para tomada, ao final do inverno amazônico, que é a nossa estação
das chuvas, o Rio Madeira já está descendo rapidamente, como indicativo de mais
uma seca dos infernos no verão 2024 *** Tem lojas fechando as portas no
Shopping Rio Madeira, o maior da capital. Péssimo sinal para a economia local
que enfrenta um apagão neste início de 2024.
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