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Carlos Sperança

Repassar votos, através da sua imagem política, para ungidos e aliados é um verdadeiro desafio para os caciques


Repassar votos, através da sua imagem política, para ungidos e aliados é um verdadeiro desafio para os caciques - Gente de Opinião

Reindustrializar

No Brasil, a mesma obra ou conquista é anunciada festiva e triplamente na propaganda oficial quando recebe um nome engraçadinho, quando começa e ao inaugurar. A mesma obra é também apresentada por três “pais” diferentes: Município, Estado e União. É comum haver brigas sobre a paternidade da conquista, como o investimento de 11 bilhões de reais da Toyota na fábrica de Sorocaba, que os governos paulista e federal anunciam em separado, criando uma confusão infantil.

O governo brasileiro, por séculos a fio, peca por falta de planejamento, planejar mal ou executar mal, sempre anunciando obras com grande estardalhaço. Contrasta com a Guiana, que desenvolve uma ideia espetacular sem nenhuma propaganda: Silica City, uma cidade que nasce para ser perfeita, inteligente e movida a energia limpa, a ser financiada com a nova riqueza trazida pela exploração do petróleo.

Propostas encaminhadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial ao governo federal já no ato do recebimento foram anunciadas como a Nova Indústria Brasil (NIB). Mais um caso em que primeiro se faz a propaganda e depois se arranja um jeito de pôr a ideia em prática ou jogá-la no limbo das ideias geniais fracassadas. Só resta esperar que o debate em torno na NIB não repita a gritaria “ideológica” e se viabilize em breve, pois tem potencial para tirar o país do atraso. 

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A desconfiança

Nos meios políticos se tem como certo que o governador Marcos Rocha não completará seu segundo mandato, para se desincompatibilizar, deixando o cargo nas mãos do vice-governador Sergio Gonçalves, para disputar uma das duas cadeiras ao Senado nas eleições 2026. Também existe a desconfiança nos meios políticos que ele está preparando sua esposa, que pertence ao primeiro escalão do seu governo, Luana Rocha para disputar uma vaga a Câmara dos Deputados e isto está deixando os parlamentares federais da sua base aliada de cabelos em pé. Agindo assim, seguiria o caminho do ex-governador Valdir Raupp que elegeu a esposa Marinha a federal.

Repassando votos

Repassar votos, através da sua imagem política, para ungidos e aliados é um verdadeiro desafio para os caciques. Alguns conseguem a proeza, caso do prefeito Hildon Chaves, que emplacou sua esposa Ieda a Assembleia Legislativa e transferiu muitos votos para Mariana e Marcos Rocha em 2022. No entanto, a maioria dos políticos rondonienses tem dificuldades na gestação de herdeiros. Até   Teixeirão não conseguiu eleger seu filho a deputado federal. Vejam o caso do ex-governador Ivo Cassol que sempre teve dificuldades em eleger parentes e aliados. O sabichão Confúcio não conseguiu eleger sua mana a federal em Ariquemes.

Sem herdeiros

O fato é que políticos de estatura de Chiquilito Erse (já falecido), José Guedes, dos governadores Ângelo Angelim (já falecido), Oswaldo Piana Filho, José Bianco, do senador Odacir Soares (já falecido), de Amir Lando e tantos outros não deixaram herdeiros políticos. Isto demonstra que a tarefa de transferir prestígio para ungidos não é tarefa fácil perante o eleitorado. A maioria dos ex-prefeitos, diante de grande aprovação popular, casos de Melki em Vilhena, Amorim em Ariquemes e Raupp em Rolim de Moura são algumas exceções de políticos que elegeram familiares e aliados.

Apagão geral!

Bem-sucedido na área econômica, garantindo sucesso no crescimento do estado em patamares acima de outros estados, o governo Marcos Rocha, de Rondônia, sofre um apagão nos setores de saúde e na segurança pública. As queixas se multiplicam com centenas de pacientes à espera de cirurgias, padecendo com todas as dores na espera do atendimento devido. É uma situação realmente desconfortável. Na esfera da segurança púbica estamos perdendo a guerra contra o narcotráfico que tomou conta da região metropolitana. As disputas entre facções resultam na maioria dos homicídios em Porto Velho.

Somando esforços

É preciso somar esforços para enfrentar a dura batalha contra o jugo das empresas aéreas em Rondônia que submeteram a população principalmente da capital, Porto Velho, a um regime arroxado de voos e de preços de tarifas. Até agora só tomaram medidas efetivas contra as companhias, o prefeito Hildon Chaves e a OAB, que estão processando as aéreas. Falta mais musculatura nesta peleja, com o governador Marcos Rocha, com o presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz, com a bancada federal, com as poderosas associações e federações.  Precisamos de todos se juntando nesta cruzada  

 

Via Direta

*** A pouco mais de três meses das convenções que vão homologar as candidaturas a prefeitos, vices e vereadores e muita coisa segue indefinida no cenário político de Porto Velho *** Mas já se sabe que o bolsonarismo vem rachado em pelo menos três candidaturas a prefeito e a esquerda não se entende sobre uma coalizão para enfrentar as forças conservadoras na capital *** Trocando de focinho de porco para tomada, ao final do inverno amazônico, que é a nossa estação das chuvas, o Rio Madeira já está descendo rapidamente, como indicativo de mais uma seca dos infernos no verão 2024 *** Tem lojas fechando as portas no Shopping Rio Madeira, o maior da capital. Péssimo sinal para a economia local que enfrenta um apagão neste início de 2024.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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