Sexta-feira, 8 de dezembro de 2023 - 08h05
Com
o STF dando curso a mais um retrocesso na democracia brasileira, aceitando que
a imprensa seja culpabilizada por declarações feitas por seus entrevistados,
seria culpa também da imprensa divulgar que o ex-presidente Jair Bolsonaro
qualificou a epidemia de Covid como “gripezinha”. Cria-se um pântano para os
veículos de comunicação. Atacado por golpistas, o STF se arrisca agora a ser
atacado também por setores democráticos.
Nesse
caso, cresce a dúvida quanto a publicar notícias que possam trazer perturbações
e prejuízos no futuro, por imposição de autocensura, caso a usina
antidemocrática prossiga com a operação de cerco à imprensa. Há pouco houve o
caso do potássio, elemento que compõe fertilizantes. Sua exploração é importante
para que o Brasil reduza a enorme dependência que nosso agronegócio tem desses
insumos essenciais à produção.
A
imprensa publicou com destaque a notícia de que o governador do Amazonas,
Wilson Lima, declarou que os moradores da terra indígena Lago do Soares e
Urucurituba consentiram com a exploração de potássio em sua área. A informação
do governador era falsa, mas não seria justo responsabilizar a imprensa por
isso. O que cabe à imprensa é noticiar que não havia autorização dos moradores.
Se tiver que ser responsabilizada pelo que o governador disse, melhor será
ocupar o noticiário com receitas de cozinha, como no tempo da ditadura.
.........................................................................................
Jogo de estratégia
Com
Renan Filho no Ministério dos Transportes e o senador Confúcio Moura na Comissão
de Infraestrutura do Senado, o MDB se transformou num grande protagonista nas
obras federais em Rondônia. Em todas as obras já anunciadas até agora no Estado,
desde a duplicação da BR-364 em Itapuã do Oeste, a construção da ponte
binacional em Guajará Mirim na divisa com a Bolívia, como no viaduto da intersecção
das rodovias no Cone Sul rondoniense. A base aliada do presidente Lula trata de
criar um candidato competitivo ao governo estadual em 2026, num estado bolsonarista.
Origem da guerra
Depois
de Rondônia que elevou seu percentual de ICMS para 19,5 por cento se vê a mesma
guerra travada pelos governos dos estados do Rio Grande do Sul e do Paraná com
projetos idênticos em suas respectivas assembleias legislativas. A briga é travada
pelos deputados e associações comerciais com a machadinha de guerra empunhada
contra os governadores. A origem das pelejas é o impacto da lei complementar
194 de 2022 que reduziu a capacidade dos estados de gerar receitas especialmente
no setor de energia e a PEC 45/2019 aprovada recentemente no Senado que reduz a
autonomia tributária dos estados e municípios.
As reclamações
Portanto
a reclamação generalizada sobre a situação tributaria nos estados devem ser
encaminhadas também ao governo federal que provocou esta situação nos estados.
Em 2022 com a lei complementar do então presidente Jair Bolsonaro e agora em
novembro com a PEC aprovada no Senado no atual governo Lula. Não cabem os
impropérios somente para os governadores e deputados estaduais, porque se este
reajuste não fosse efetivado as gestões dos estados teriam sérios problemas até
para colocar as contas em dia. E em Rondônia, que depende da indústria do contracheque
a coisa seria mesmo de lascar.
Ainda as rachadinhas
Durante
a semana o cara leitor acompanhou o caso de um vereador de Ariquemes afastado
pela prática das rachadinhas, aquelas em que os irmãos Bolsonaro efetuavam no
Rio de Janeiro e não foram punidos até agora, quando o servidor é obrigado a
dividir seu salário com os políticos. O vereador ariquemense deve se sentir
injustiçado por ele ser o único punido, porque a pratica das rachadinhas é
comum em todos os estados e quase todos vereadores e deputados estaduais e
federais de todo País fazem a mesma coisa há décadas, sejam da direita ou da
esquerda, gregos e troianos.
Nos Diretórios
As
rachadinhas com o tempo também se estenderam aos diretórios municipais e estaduais
dos partidos políticos. Os dirigentes indicam funcionários para as prefeituras
municipais e governos estaduais e os indicados se veem obrigados a devolver a
metade dos seus vencimentos para o dirigente partidário. Como justificativa, os
políticos de plantão dizem que os recursos são para o partido, mas a agremiação
já tem um fundão eleitoral milionário. Na verdade, os dirigentes embolsam o
produto da rachadinha. Portanto se é para se fazer justiça teremos que afastar
ou prender milhares de vereadores e deputados pelo Brasil afora, além dos
dirigentes partidários. É coisa de louco!
Via Direta
*** O PT prepara a deputada estadual
Claudia de Jesus para disputar a prefeitura de Ji-Paraná. Ex-vereadora, a parlamentar
tem sido um dos destaques do legislativo estadual nesta temporada *** Cão de guarda do bolsonarismo,
o deputado delegado Camargo tem despontado bem aquinhoado nas pesquisas para disputar
a prefeitura de Ariquemes em oposição à atual prefeita Carla Redano. Ele deverá
se se aliar ao líder popular Rafael Fera ***
Em Candeias do Jamari, com tantos prefeitos cassados, o município está inviável
para ser administrado e muitas lideranças cobram uma intervenção estadual ***
A municipalidade local está juntando trocados para não atrasar o pagamento do
funcionalismo.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri