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Carlos Sperança

Rodoviária de Porto Velho e a menina dos olhos de Hildon Chaves


Rodoviária de Porto Velho e a menina dos olhos de Hildon Chaves - Gente de Opinião

A lição de casa

A guerra na Ucrânia vai para dois anos de duração e o conflito no Oriente Médio, marcado por crimes de guerra tanto do Hamas quanto de Israel, trazem consternação a quem sabe ser a paz o melhor ambiente para a resolução de problemas comuns. O Brasil, que preserva a paz desde a desastrosa Guerra do Paraguai, vive um estado de terror deflagrado pelo desequilíbrio climático: de um lado, morte, doenças e desabrigo por conta da seca; de outro, as chuvas e enchentes causando perdas nas cidades e campos.

Por mais que a economia esteja se protegendo contra os problemas mundiais, será difícil vencer os prejuízos causados pela severa combinação de seca inclemente e inundações incessantes. As guerras em curso, com seu passivo de medo e luto, e as tragédias climáticas brasileiras, com as altas perdas que representam para a sociedade brasileira, revelam, em sua crueza e horror, quanto é vazia e infantil a polarização política.

Mantê-la passará um atestado de intolerância a quem se aferrar a rancores e violências. Brigas eleitorais, já está claro, não levam a nada, até porque há duas tendências sem volta: primeira, os golpistas que atentarem contra a Constituição vão sofrer pesadas condenações; segunda, a alternância no poder é uma realidade mundial e todo governo que não fizer a lição de casa será trocado pelos eleitores. É hora de unir o país para vencer os rigores climáticos e dar força e velocidade à estruturação da bioeconomia.

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Menina dos olhos

O novo terminal rodoviário de Porto Velho, em construção acelerada, é sem dúvidas a menina dos olhos do prefeito Hildon Chaves e da ex-deputada federal Mariana Carvalho responsável pelas emendas parlamentares que deram origem a obra. Toda semana Hildão inspeciona as obras o que ele designa de “visita técnica” levando consigo aliados para demonstrar que a coisa está andando mesmo e que a empreiteira que toca o serviço não é “parente” daquela que fracassou na construção do Heuro Hospital, lá na Zona Leste cuja licença de construção foi até cassada.

A polarização

A disputa pela prefeitura de Porto Velho, cuja eleição ocorre em 6 de outubro de 2026, abre polarizada entre duas candidaturas. A do deputado feral Fernando Máximo (União Brasil) e da ex-deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas) que foi a postulante mais votada ao Senado na capital no pleito passado. Máximo, com as bênçãos do governador Marcos Rocha, Mariana com todo apoio do prefeito Hildon Chaves (União Brasil). A minha primeira sondagem, mesmo com o prefeito Hildon Chaves bem mais popular que o governador apoiando Mariana, sinaliza Máximo na dianteira.

Só quebrando

Neste contexto inicial da peleja em Porto Velho, para uma terceira via ganhar alguma chance vai precisar quebrar esta polarização Máximo/Mariana que tende a se firmar. A tendência ainda, caso desponte, é surgir uma terceira via também bolsonarista, que poderia ser tanto o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) o atual presidente da Assembleia Legislativa   Marcelo Cruz (Patriota) ou a deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil). De Vinicius Miguel (PSB) nem se fala ainda, mas com apoio de Confúcio e de Lula pode até alcançar uma situação mais favorável adiante.

A transferência

Se Hildão conseguir transferir sua aprovação popular para Mariana na disputa pelo Prédio do Relógio a ex-tucaninha terá uma grande carta na peleja. Máximo, de asas crescidas, dificilmente vai obter uma vitória em primeiro turno, com tantas candidaturas postas e dividindo o eleitorado e ainda com o governador Rocha colado nas suas costas com os desgastes do ICMS, Heuro que não sai, segurança que não decola, etc, etc. Lembrando que Rocha e Máximo não ajudaram nem com uma ruela sequer na construção da rodoviária da capital. Se não fossem os recursos obtidos por Mariana o terminal nem sairia do chão.

Contas da esquerda

Nas minhas contas, o MDB, PT e seus puxadinhos estão longe de projetar candidaturas exequíveis na capital, mas nas contas da esquerda a coisa é diferente no enfrentamento com o conservadorismo vigente. As lideranças acreditam num grande desgaste do ex-presidente Bolsonaro (de fato, na capital o bolsonarismo é menos influente que no interior rondoniense) o que poderá atingir as candidaturas mais conservadoras na capital. Também constatam que o bolsonarismo está muito dividido em Rondônia e isto poderá afetar os candidatos ultraconservadores como já aconteceu com Eyder Brasil no pleito passado.

Via Direta

*** Não tarda e os pobres aldeões de Porto Velho se verão obrigados a instalar abrigos antiaéreos em suas residências *** Não, contra as carnificinas dos misseis do Hamas e de Israel, ou da Rússia ou da Ucrânia, mas sim pelas tempestades que vem se agravando e tendem a piorar nos próximos anos na região. É coisa de louco *** Aumenta a incidência de policias civis e militares envolvidos no tráfico de drogas em Rondônia. São os carteis de dragas se infiltrando *** Segue o drama das cirurgias eletivas em Rondônia. São centenas de pacientes com pernas quebradas esperando por cirurgias, algumas delas marcadas há mais de um ano. É um sofrimento terrível ocasionado pelos atrasos.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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