Quinta-feira, 27 de junho de 2024 - 07h50
Em
tempos de individualismo, a paixão pelo futebol remonta à profunda necessidade
que as pessoas têm de pertencer a um grupo especial que se relaciona
saudavelmente na comemoração das vitórias, extraindo delas o máximo de
satisfação, e na aceitação das derrotas, aprendendo as lições que elas trazem.
A
ciência explica esse sentimento por uma parte do lobo frontal do cérebro,
situado logo atrás da testa. É, portanto, um sentimento físico e mental. O amor
pelos esportes olímpicos vai além, entendendo que o ranking é uma vitória a
cada passo e não há derrotas, apenas superações. Quando o amor ao esporte se
une ao amor à natureza há um ganho superior tanto em pertencimento quanto em
cidadania. É o caso do projeto Floresta Olímpica do Brasil, lançado pelo Comitê
Olímpico do Brasil (COB), que apoia e participa do reflorestamento em
comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas da Amazônia.
Tendo
por madrinha a jovem Rayssa Leal, a Fadinha do Skate, importante ícone para a
juventude pelo exemplo de sua dedicação ao esporte e às causas sociais, o
projeto certamente alcançará visibilidade. Rayssa, aliás, é a embaixadora de
sustentabilidade do COB, ora em preparo para as Olimpíadas, que se realizarão entre
julho e agosto na França. Serão as primeiras Olimpíadas da era moderna 100%
sustentáveis, com política de redução de carbono pela metade em comparação com as
anteriores. Ótimos exemplos.
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Grandes desafios
Apesar
de duas boas administrações seguidas do atual prefeito Hildon Chaves (PSDB), o
próximo prefeito de Porto Velho, a ser eleito em outubro, terá grandes desafios
pela frente. A começar pelo sistema de água esgoto, com percentuais de
atendimento precários, a revitalização do centro histórico, numa situação caótica,
a questão da drenagem nos bairros mais baixos, que nas temporadas das chuvas
ficam alagados. Temos inúmeras creches que precisam ser concluídas, que ficaram
pela metade desde gestões anteriores, a situação fundiária que precisa avançar,
entre outros problemas também relacionados a mobilidade urbana.
Boas gestões
O
falecido prefeito Chiquilito Erse, sempre lembrava que seriam necessárias três
boas administrações seguidas para colocar Porto Velho em ordem. Na sua época,
no final da década de 80, a cidade crescia a 11 por cento ao ano (uma Jaru por
ano) ficando praticamente impossível atender as demandas. Mas numa parceria com
os então governadores do MDB como Jeronimo Santana e Valdir Raupp, Chiquilito
conseguiu realizar grandes obras na época, como as avenidas Jorge Teixeira e
Rio Madeira (que hoje leva o seu nome), um plano diretor exequível elaborado
pela USP, Parque Ecológico etc. Deixou um bom legado.
Cidade dividida
Por
ser uma cidade dividida, colonizada por tantas etnias desde a construção da Estrada
de Ferro Madeira Mamoré, prefeitos e governadores sofreram horrores com a
oposição, seja com calunias terríveis, até feitiços contras os mandatários,
caso do prefeito Chiquilito na década de 80, alvo de missa negra nas escadarias
do então Palácio Tancredo Neves, sede do executivo municipal. Governadores,
como Teixeirão acusado pela oposição pelo assassinato de Agenor de Carvalho, o
que foi totalmente desmentido pelas investigações, penaram na mão dos oposicionistas.
Os oposicionistas quando assumiam o governo também eram igualmente massacrados
e sabotados.
É recorrente
Esta
historinha das empreiteiras não cumprirem o acordado, usarem a alegação da
necessidade de corrigir valores para fugir dos seus compromissos e dar cano nas
prefeituras e governos estaduais é muito recorrente em Rondônia. Agora mesmo
assistimos à encenação daquela empresa tão elogiada pelo cronograma de obras na
nova rodoviária e que teve problemas em Rio Branco e Florianópolis, para
ampliar os privilégios de um contrato que ameaça não cumprir. E a rodoviária
tão esperada para setembro já não tem mais nem data definida para inauguração. Sempre
alertei sobre as empreiteiras e suas falácias. É preciso investigar o passado
dos pilantras antes de celebrar contratos. É básico.
As dificuldades
Os
partidos da esquerda e centro-esquerda de Porto Velho tem dificuldades em
acertar uma chapa de consenso e as negociações seguem rolando nos bastidores.
Como as convenções partidárias já começam na próxima semana, o tempo é exíguo
para Fatima Cleide, da Federação Brasil Esperança (PT, PC do B e Partido Verde),
Vinicius Miguel (PSB), Célio Lopes (PDT) e Samuel Costa da federação Rede/PSOL
se acertarem. Mas é imperativo para a esquerda lançar candidatura única para se
tornar mais competitiva no enfrentamento com o bolsonarismo.
Via Direta
*** Desde que foi anunciado o nome de
Leo Moraes (Podemos) na disputa pela prefeitura de Porto Velho outras
candidaturas despencaram de vez, menos a de Mariana, ainda a favorita na peleja
*** Está
difícil para se quebrar a polarização já firmada entre os ex-deputados federais
Mariana Carvalho (União Brasil) e o próprio Leo Moraes. Mas a ex-juíza Euma
Tourinho já tomou posse da figura da “terceira via” na campanha 2024 e com
baita potencial de crescimento *** Por
outro lado é bem provável que o deputado Marcelo Cruz, presidente da Assembleia
Legislativa acabe compondo na mesa de negociações com Mariana ou Leo Moraes. É
só uma questão de tempo.
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