Quarta-feira, 14 de dezembro de 2022 - 08h20
Na
antiguidade analógica, a boa informação era acessível por meio impresso pago.
As fake news vinham de graça pelo rádio, correio e boatos ao pé do ouvido. Com
a democratização da internet, quem quer qualidade também paga por ela e os ingênuos
continuam vítimas de pegadinhas das tias do Zap, passando vergonha ao repassar mentiras
logo desmoralizadas. A multiplicação das fontes de notícias e sua baixa
confiabilidade em tempos de redes sociais obriga a obter informações seguras junto
a empresas especializadas em notícias em geral ou setorizadas: área pública,
economia, ciência, estatísticas etc.
Um
balanço do confronto entre informação confiável e fake news referentes à
Amazônia no curso de 2022 corre o risco de se contaminar pelo clima de
polarização, mas prevalece a impressão de que o governo Bolsonaro chega ao fim
assegurando novamente à Amazônia o topo nas preocupações mundiais, depois de
ficar em segundo plano nos primeiros anos da pandemia e início da guerra na
Ucrânia.
Nem
a ameaça de conflito nuclear, que no caso dos mísseis em Cuba em 1962 deixou o
mundo perto do fim, mudou a situação. Em 2023, portanto, a Amazônia continuará
a ser o principal assunto do planeta, mesmo com a nova onda de Covid e a guerra
completando um ano. O mínimo a esperar é que a preocupação se traduza em
recursos para financiar os serviços ambientais.
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Desastres naturais
Todo
final do ano o Brasil sofre com desastres naturais seja com desabamentos de
morros, enchentes, rodovias bloqueadas pelos lamaçais surgem centenas de
desabrigados. No entanto, nos orçamentos da União e dos estados os
parlamentares estaduais e federais esquecem de destinar recursos para atender
as situações de calamidade. Existem situações previsíveis em alguns estados e
mesmo assim vigora a falta de planejamento. Rondônia que teve a cheia histórica
em 2014 até agora não foi atendida em tantas promessas firmadas pela a União.
Na época Porto Velho e seus distritos foram abandonadas a própria sorte.
Pelas creches
Nas
eleições de 2 de outubro Rondônia elegeu cinco deputadas estaduais e duas
federais. Espera-se que com este contingente de políticas eleitas a classe se
volte a um dos maiores pleitos da mulherada no estado: a implantação de creches
para atender as mulheres trabalhadoras, esquecidas e invisíveis para a
política. Existem pelo menos 20 creches inacabadas e abandonadas na capital e
nas principais cidades rondonienses que precisam ser concluídas. Seria o primeiro
passo para resgatar esta dívida social com a população feminina.
Orçamentos gordos
Em
vista da boa performance da economia de Porto Velho e do estado de Rondônia,
tanto o prefeito da capital Hildon Chaves, como o governador reeleito Marcos
Rocha terão no próximo ano orçamentos gordos, com os cofres recheados para
cumprir suas promessas de campanha. Que não esqueçam, como os demais prefeitos
e governadores da implantação do sistema de água e esgoto de Porto Velho, uma
das capitais mais carentes do Brasil neste segmento. Um primeiro passo foi dado
com as discussões em audiências públicas
para um plano de saneamento.
Pires na mão
De pires nas mãos, os
prefeitos rondonienses já procuram os deputados estaduais e federais, eleitos e
reeleitos para clamar por recursos de emendas aos orçamentos estadual e da
União. Diante da escassez de recursos para obras de infraestrutura, a procura deverá
se acentuar a partir de janeiro com a posse os novos mandatários na Assembleia Legislativa
e na Câmara dos Deputados. Lembrando
que em março, o municipalismo terá mais uma marcha para Brasília para apresentar
suas reivindicações ao presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva,
principalmente clamando pelo aumento dos índices do rateio do FPM.
Com prestigio
Bem votada na recente eleição a Câmara dos Deputados
em Rondônia, a ex-senadora Fátima Cleide é cotada para assumir um cargo importante
no futuro governo Lula que começa em janeiro. Ela foi a principal coordenadora
da campanha do presidente eleito em Rondônia e raspou a trave para se eleger
deputada federal. Fatima tem prestigio com Lula e os petistas de asas crescidas,
pois no seu mandato de oito anos no Senado foi importante defensora das causas
de Lula e Dilma no Congresso Nacional. Por isto também será influente na distribuição
de cargos regionais.
Via Direta
*** Dos
atuais deputados federais rondonienses, com base em Porto Velho, a reeleição
mais difícil era do coronel Crisóstomo mas ele virou o jogo e deixou nomes
favoritos na peleja para trás, como Mauro Nazif e Expedito Neto *** Os
garimpeiros deram uma pausa na extração do ouro em alguns setores do Rio Madeira
neste final de ano, mas prometem voltar com força no ano que vem para poluir
sem dó e sem piedade o Madeirão com mercúrio *** Os lojistas estão eufóricos com as vendas neste final de ano. A
corrida para as compras de Natal já começou e os comerciantes já estão fazendo suas
contas sobre o faturamento pós pandemia *** Quem recorreu aos aeroportos
para viajar ao Nordeste e outras regiões do país ficaram perplexos com os preços
das passagens aéreas. As empresas estão metendo a faca.
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