Segunda-feira, 12 de dezembro de 2022 - 15h02
Para onde fugir?
Por
ingenuidade, malícia ou ignorância, há negacionistas que diante de um inverno
rigoroso perguntam: “Que aquecimento global é esse, com tanto frio? ” A
resposta da ciência é que o aquecimento afeta as correntes atmosféricas, aumentando
a tendência aos rigores extremos de calor ou frio. É a mesma relação entre a
seca insuportável à qual se segue uma inundação desastrosa: “Que seca é essa,
se depois vem uma chuva incessante?” A lógica simplória de opor fenômenos
distintos como se um anulasse o outro não desfaz a destruição causada.
Quem
estiver em meio a uma chuva torrencial e incomum na Amazônia talvez ache motivo
para rir em um estudo da Universidade de Exeter (Inglaterra) segundo o
qual a Amazônia está secando. Além do desmatamento, os modelos climáticos
projetam uma imensa mortandade de árvores. Como há regiões distantes que sofrem
muito frio ou muito calor, na imensidão amazônica também a mortandade de
árvores pela seca não será parelha: vai acontecer antes em algumas áreas que em
outras.
Para
quem gosta de rir quando chove e pode fugir da seca para Bariloche, Paul
Ritchie, especialista em Estatística da Exeter, diria que “a Amazônia está
secando consistentemente há mais de cem anos”. Longe ainda de secar, Bariloche
acaba de sofrer um deslizamento de terras que matou três turistas. Se o mundo sofrer o
inferno, não haverá lugar fresco e seguro para onde fugir.
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Herói ou vilão?
De
herói nos tempos do garimpo da cassiterita, quando levou tanta pancada da Polícia
em defesa dos pobres e oprimidos, Ernandes Amorim décadas depois teria se
tornado num capitalista selvagem sendo acusado de se voltar contra parceleiros
na região de Ariquemes e no Vale do Jamari. Segundo o que corre na região
pequenos agricultores se queixam que Amorim virou a casaca, e de defensores das
causas dos mais humildes se transformou num malvado capitão do mato.
Recentemente o caudilho ariquemense se queixou que uma das suas fazendas foi
invadida e o caso está na justiça. E então, Amorim é herói ou vilão?
Cidade de mutilados
Daqui
a pouco Porto Velho vai ter mais motos circulando nas ruas do que habitantes.
Pela manhã se constata milhares delas procedentes da Zona Leste e da Zona Sul
em direção ao centro da cidade, onde estão localizados os tribunais, Centro Administrativo,
prefeitura da capital e tantos outros órgãos públicos e com tantas motos circulando,
os acidentes aumentaram geometricamente de um ano para outro. Como consequência
temos centenas de mutilados recorrendo as próteses e os hospitais lotados de
pacientes aguardando serem operados. Uma situação extremamente difícil também
no interior já que até na roça os cavalos estão sendo substituídos pelas motocicletas.
Os
Rondônia
encerra 2022 com um verdadeiro recorde de feminicídios. Seja em Porto Velho, a
violenta capital rondoniense, ou no pujante interior do estado, o ano foi
marcado pelos crimes praticados contra as mulheres. Verdadeiras atrocidades sem
explicação e um banho de sangue mesmo sobre as mulheres que contavam com
medidas protetivas decretadas pela justiça. Não existem explicações para tantas
barbaridades e em alguns casos além das mulheres, filhos também são executados
nos momentos de fúria de homens que não aceitam serem rejeitados. Aonde vamos
parar?
Sucessão na ALE
Mesmo
antes da posse da nova legislatura da Assembleia Legislativa de Rondônia já se
desenvolvem as negociações para a eleição da sua nova mesa diretora. O cargo de
presidente é o mais ambicionado e por isto os contatos já foram iniciados com
vários nomes cogitados, desde o atual presidente Alex Redano
(Progressistas-Ariquemes), a Ieda Chaves (União Brasil-Porto Velho) a Laerte
Gomes (PSD-Ji-Paraná), o parlamentar mais votado na eleição de outubro e que já
foi presidente da casa de leis. As apostas já estão rolando e inclusive zebras
sendo citadas, como um certo pupilo do ex-presidente Maurão de Carvalho.
A interiorização
Outro
dia citei a supremacia da eleição de governadores, senadores e deputados
estaduais e federais eleitos pelo interior do estado, também é o caso da presidência
da Assembleia Legislativa de Rondônia, onde a capital, Porto Velho, raramente
consegue emplacar um presidente na casa de Leis. Desde a primeira eleição com
José Bianco (Ji-Paraná), o interior tem emplacado majoritariamente os
mandatários posteriormente a Bianco. Oswaldo Piana, Amizael Silva e Valter
Araujo foram algumas exceções e ultimamente só tem dado o interior na cabeça
Via Direta
*** A partir de agora Porto Velho para
de uma vez e o movimento na rodoviária e no aeroporto da capital devem explodir
de vez depois de dois anos de pandemia *** Tanto a prefeitura de Porto Velho como o
governo do estado, tribunais e outros órgãos púbicos paralisam as atividades
num recesso que vai até as festividades de Natal e Ano Novo *** E o noticiário político local que já
estava mixuruca – estou apelando para retrospectivas eleitorais – vai se
limitar a transição do presidente Lula com o noticiário nacional mais presente
em vista do anuncio de novos ministros *** A curiosidade fica pela
indicação de cargos regionais e quem serão os nossos políticos prestigiados.
Até o MDB de Lucio Mosquini que apoiou Bolsonaro terá seu quinhão em Rondônia
tamanha a aliança praticada pelo novo presidente.
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