Segunda-feira, 9 de janeiro de 2023 - 08h30
Artista
multimídia, Joyce Cursino, de origem quilombola, aproveita seus dons de comunicação
para defender a superação dos problemas da Amazônia por meio de seu próprio
povo. Com razão, ela concluiu que o Brasil não conhece a Amazônia – conceito
que remete à ideia de que “o Brazil não conhece o Brasil”, de Aldir Blanc e
Mauricio Tapajós.
Com
o anúncio do ministério da gestão Lula 3, soube-se também que em consequência
da nomeação de uma indígena para comandar o Ministério dos Povos Indígenas,
Sônia Guajajara, também a Funai e a Secretaria Especial de Saúde Indígena
(Sesai) serão dirigidas por índios. É possível que a volta por cima da ministra
Marina Silva e esse novo enfoque desfaçam a memória das reações negativas
provocadas por um antigo deslize de Lula, que ao se render à tecnocracia
instalada nos porões palacianos, sem consultar as populações afetadas,
sinalizou em 2006 a intenção de passar a boiada nas preocupações
socioambientais, que qualificou de “entraves”.
Sofreu
na época a reação firme de 51 organizações sociais. Elas alertaram que não são
os índios, quilombolas, ambientalistas e o Ministério Público que entravam o
desenvolvimento do País: o nó está na prevaricação dentro do próprio governo e
na cumplicidade com interesses corruptos externos. Há um passado tenebroso a
superar.
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Apagão e omissão
As
invasões nos edifícios do Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e Palácio
do Planalto em Brasília no domingo por fanáticos bolsonaristas circulou pelo
mundo todo, lembrando as cenas dantescas do capitólio americano invadido em
Washington há dois anos. Contribuíram para o evento, a cumplicidade do governo
do Distrito Federal – a PM ao invés de barrar a turba escoltou os fanáticos com
viaturas para as depredações - vacilo do Ministro Flavio Dino no alinhamento
com o governo bolsonarista do DF – o auxílio de militares do Exército e a
omissão da própria Policia Federal ainda aparelhada pelo governo Bolsonaro.
Digitais do Mito
A
nova tentativa de golpe teve todas as digitais do ex-presidente Jair Bolsonaro,
a partir de Orlando, onde está residindo. Impôs ao governo do Distrito Federal
seu ex-ministro da Justiça Anderson Torres na Secretaria de Segurança de Brasília
e coube ele a tarefa suja de facilitar a
organização dos atos terroristas e de se omitir na tarefa de salvaguardar a
capital federal. Para buscar álibi para
a tragédia, Anderson viajou para os Estados Unidos para encontrar com o chefe e
talvez festejar a desgraceira. Entre complôs bolsonaristas e vacilos distritais
e federais, a horda da extrema direita vicejou.
Obras paradas
Chama
atenção as obras paralisadas no governo federal anterior na esfera da educação.
Conforme o Tribunal de Contas da União são quase 4 mil, sendo delas 38 no
Estado de Rondônia. Não devem ter sido contabilizadas as creches rondonienses
inacabadas, pois só em Porto Velho são quase uma dúzia. Concluir tudo isto é um
desafio para o governo Lula, já que também o setor rodoviário tem um passivo
enorme para ser coberto. A rodovias 364, que liga Rondônia ao Acre, pelo Norte
e ao sul, passando por Vilhena atingindo Cuiabá e a BR 319 que liga PVH a
Manaus são obras prioritárias.
Grandes perdas
No
ciclo das usinas, Rondônia ganhou mais de 100 mil novos habitantes e passado o
tempo das vacas gordas das usinas de Santo Antônio e Jirau, mais a peste da covid
que se prolonga por dois anos, se constata que o estado de Rondônia perdeu mais
de 100 mil habitantes conforme o Censo 2022, embora sua economia siga pujante.
No que tange a migração paranaense, a maior ocorrida em Rondônia se constata
pelo aumento da população do Paraná, uma grande revoada de migrantes que vieram
para cá nos anos 80 e 90. A fartura de empregos por lá segue a tendência de uma
seguida diáspora de rondonienses para a terra das Araucárias
Censo polêmico
Mesmo
com resultados parciais –ainda tem todo mês de janeiro para desenrolar as
atividades atrasadas – o IBGE enviou relatórios aos Tribunais de Contas sobre o
Censo 2022 e com isto causando prejuízos para pelo menos 40 por cento dos
municípios brasileiros que tiveram suas populações reduzidas. Como é com base nos
desempenhos demográficos mais recentes a distribuição do Fundo de Participação
dos Municípios-FPM a grita dos prefeitos brasileiros é enorme. Em Rondônia a
Associação dos alcaides ameaça judicializar os resultados do Censo
.
Via Direta
*** A crise climática se espalha pelo
mundo todo com tempestades, secas e estiagens, enchentes, tornados etc. *** No Brasil, enquanto
chove muito no Rio de Janeiro e Minas Gerais, o Rio Grande do Sul vivencia uma
das suas maiores secas causando graves prejuízos na agricultura *** Em Rondônia também choveu menos.
Tivemos um dezembro de 2022 com um dos menores índices pluviométricos da
história *** Em pleno recesso, os presidentes da Câmara dos Deputados
Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) trabalhavam suas
reeleições. Mas com as invasões e depredações em Brasilita terão que ocupar na
restauração do Congresso *** Já, em Rondônia
fala-se que já está tudo acertado para a presidência da Assembleia Legislativa tendo Marcelo Cruz na presidência no primeiro
biênio e Alex Redano no segundo biênio. Será?
Muitos petistas prestigiando a posse do novo prefeito em busca de alguma boquinha
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