Segunda-feira, 6 de dezembro de 2021 - 09h53
A
Amazônia, por amor ou dor, é uma grande professora e seus ensinamentos são mais
que diários: brotam a cada instante da visão aguda dos satélites, dos estudos
antropológicos que valorizam o conhecimento dos povos da floresta e se projetam
para o futuro com milhares de pesquisas científicas em curso.
Há
pouco foi descoberto algo que nem se desconfiava: o manakin-de-coroa-branca,
pássaro comum na Amazônia, não é uma espécie única, mas apenas uma de um
conjunto que pode ir de oito a 17 espécies diferentes. A descoberta projeta uma
série de questões fundamentais: se a cada minuto descobrimos algo sobre a
Amazônia que sequer nossos melhores especialistas tinham noção, o que mais a
floresta ainda esconde?
Não
há como imaginar, mesmo de longe, tudo que ainda poderá ser descoberto com o
potencial de enriquecer os povos da floresta. Só será possível saber
estimulando a ciência a avançar rapidamente, pois é impossível ignorar o temor
de que segredos importantes vão se perder se a devastação não for contida com
urgência, pelo clima na Terra e pela saúde humana.
Buscar
o novo, o surpreendente e o funcional está na base de todo estudo, pesquisa e
investigação. Isso, porém, requer cientistas bem preparados, que não nascem em
ninhos de manakins. Vêm de escolas nas quais o professor não é o inimigo
ideológico, mas o guia para a experimentação e a prática.
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A garimpagem
Aproveitando
a ideia dos amazonenses que começaram a debater em audiências públicas a
questão da garimpagem, a Assembleia Legislativa de Rondônia realiza evento
nesta quarta-feira. No Amazonas as audiências começaram por Humaitá e segue nos
municípios da calha do Madeira onde ocorreu um verdadeiro boom de balsas no Rio
Madeira, lembrando os velhos tempos de Porto Velho nas décadas de 80 e 90, onde
milhares de garimpeiros desembarcaram em Rondônia, numa espécie de Serra Pelada
fluvial poluindo terrivelmente as águas do rio e deixando um rastro de
destruição ambiental.
Janela aberta
A
janela da infidelidade partidária, que será aberta em março projeta um verdadeiro
troca-troca de partidos a partir de abril no Congresso Nacional. O instrumento
permite a mudança de sigla sem as punições estipuladas pela atual legislação eleitoral
que os parlamentares aprovaram em recentes alterações e que depois se arrependeram
criando uma brecha para a saída das agremiações sem caírem na chamada infidelidade
partidária. É mais um retrocesso criado no parlamento beneficiando os deputados
estaduais e federais em futuras acomodações.
Farejando predador
Não
resta dúvidas de que o presidente Jair Bolsonaro tem bom faro para identificar
possíveis predadores e assim que os fareja coloca seu exército de robôs no
bombardeio. O ex-ministro Mandeta e o governador de São Paulo João Dória foram alguns
que sofreram na unha dos bolsominiuns. A bola da vez é o ex-juiz da Lava Jato, Sergio
Moro, que começa a decolar como terceira via e entrando fortemente na seara dos
votos a direita, até então pertencente exclusivamente ao atual presidente. Como
em política ninguém chuta cachorro morto, tampouco acende vela para defunto
ruim, já se vê Moro causando preocupações aos adversários.
Um empurrãozinho
Tido
como um medalhão, aquele poderoso candidato a Assembleia Legislativa, o ex-presidente
da Assembleia Legislativa Maurão de Carvalho (MDB-Ministro Andreazza) está
sendo estimulado a sair na disputar o Senado, deputado federal ou até um eventual
candidato a vice governador como tem sido propalado, principalmente para
beneficiar candidatos a estaduais evangélicos a reeleição e tantos outros do
interior com interesse que Maurão deixe a disputa a ALE. Se Maurão vai cair
nesta são outros quinhentos, mas o movimento de candidatos ao Legislativo
estadual para que ele deixe a área livre tem chegado ao Diretório estadual.
É coisa de louco!
O
prefeito de Porto Velho HIldon Chaves e os vereadores da capital se reuniram no
final de semana para, segundo o alcaide “tratar das demandas da capital”. Pense
se algum vereador criticou as feiras livres realizadas ao lado de canais de
esgotos? Da necessidade da construção de uma nova rodoviária? Se algum deles
por acaso indagou sobre a inauguração definitiva da revitalização da estrada
Madeira Mamoré, aberta parcialmente só para o Natal? E nem se sabe e nem lhe
foi perguntado se a revisão do plano diretor foi concluída depois de tantas
audiências públicas.
Via Direta
*** Mais um ano de paralisações na
Rodovia 319 que liga Porto Velho a Manaus e famílias isoladas em atoleiros. Com
o inverno amazônico se intensificando voltaram os lamaçais pela estrada cuja pavimentação
segue enrolada por entraves ambientais *** No chamado “meião” da estrada, um trecho
pantanoso que precisa de alteamento, as dificuldades são cada vez maiores para
quem trafega para Manaus *** O recuo do agronegócio
no final do ano preocupa a economia brasileira. Felizmente a China está
ampliando a compra da soja brasileira e voltando a importar carne bovina ***
O lado ruim disto tudo é que a ração para o gado que é derivada da soja e milho
voltam a subir no mercado com a demanda dos chineses *** Todo cuidado é pouco. Estão circulando notas falsas de R$ 100,00 na
região e por isto os caixas de supermercados andam em alerta.
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