Quarta-feira, 24 de julho de 2024 - 07h50
Parte
do mundo vive em guerra. No Oriente Médio e na Ucrânia, o dia das pessoas
transcorre com a certeza de que não haverá vencedores nem há uma agenda para
apontar o fim. Aqui, há pouco, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, avisou
que há previsões “muito alarmantes” quanto à seca no Pantanal e na Amazônia:
ela pode se arrastar até o fim do ano. É uma agenda.
Se
assim for, e em 2025 já seja possível viver um clima com menor impacto sobre o
meio ambiente, a economia e as vidas dos amazônidas e pantaneiros, será um
tempo sofrido, sem dúvida, mas permitirá confiança na melhora. Nas regiões de
guerra, infelizmente, a expectativa de uma solução favorável se esvai ano após
ano, e outros conflitos se desenham no horizonte.
Os
brasileiros escolheram a paz depois da vitória de Pirro na Guerra do Paraguai,
cujo resultado foi o país vizinho destroçado social e economicamente e o Brasil
afundado em dívida, e, portanto, não sofrem mais os horrores das guerras. Mas é
preciso impedir que o temor da seca eterna e dos incêndios insanáveis e sem
agendas se estabeleça no cotidiano dos povos da floresta.
Todo
esforço necessário deve ser feito para que a sociedade brasileira não fique
dividida entre crentes no apocalipse e negacionistas que não enxergam o crime
resultante do descuido com as tragédias. Um mundo com clima ameno e em paz é
possível, mas terá que ser construído pela ação humana objetiva.
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As candidaturas
Com
as convenções partidárias seguindo neste final de semana está desenhado este
quadro de candidaturas a prefeitura de Porto Velho. 1-Mariana Carvalho (União
Brasil) 2 –Leo Moraes (Podemos) 3 –Euma Tourinho (MDB) 4- Célio Lopes do PDT e
Frente Rondônia Democrática 4-Vinicius Miguel (PSB) 5 –Benedito Alves (Solidariedade)
6-Samuel Costa (Rede) 7-Ricardo Frota (Novo). Na lista já está computada a
desistência de Valdir Vargas (PP) que optou por compor com a candidata Mariana Carvalho,
que pilota uma poderosa coalizão chapa branca.
Esquerda rachada
Se
vê diante dos últimos acontecimentos uma esquerda rachada, com três candidatos:
1-Celio Lopes (PDT/PT/PSOL/PV) e sua aliança Rondônia Democrática, 2- Vinicius
Miguel (PSB) 3- Samuel Costa (Rede). Unida, a coalizão de esquerda teria mais
chances de galgar uma vaga no previsível segundo turno, desunida terá chances reduzidas
de seguir em frente. Mas a direita também está fragmentada em várias
postulações, com Mariana Carvalho, Leo Moraes, Euma Tourinho. Lula e cia
estarão fechados com o pedetista Célio Lopes, Bolsonaro com Mariana.
Primeiro turno
Não
é à toa que os alquimistas da candidatura de Mariana Carvalho (União Brasil),
apostam numa vitória em primeiro turno da sua candidata. Ela tem consigo uma dúzia
de siglas partidárias ao seu lado, o apoio sincero do prefeito Hildon Chaves e
o respaldo hesitante do governador Marcos Rocha, um exército de 240 candidatos
a vereadores. E Bolsonaro vem aí, ao seu lado. Para a construção desta candidatura,
tivemos também uma rasteira em Fernando
Máximo, a cooptação de candidatos evangélicos Cristiane e Marcelo Cruz) e a
tentativa de cooptação da mana Euma Tourinho (MDB).
A polarização
A
campanha de Mariana se mostra eficiente na articulação, mas já enfrenta polarização
com o candidato Leo Moraes (Podemos). Se de um lado, é favorita para chegar em
primeiro lugar no primeiro turno, por outro lado terá dificuldades em ratificar
sua vitória no segundo turno. Na oposição existe a convicção que o candidato
que duelar com a primogênita do clã Carvalho, orgulho do patriarca Aparício e
de Rondônia – nome limpo, foi excelente vereadora e destacada deputada federal
– vai levar a melhor. Consideram que ela tem elevada rejeição e fraqueja muito
no eleitorado evangélico, mesmo com os reforços conquistados no segmento.
Leoa faminta
Entre
os obstáculos para Mariana conquistar uma vitória em primeiro turno, além dos
caciques regionais voduzando sua campanha, com interesse em fragilizar o
prefeito Hildon Chaves, está a candidata mana Euma. Os chapas- brancas já tentaram
cooptá-la para si e nos bastidores se fala que houve uma tentativa de rasteira (aquela
que foi praticada contra Fernando Máximo) no MDB nacional para impedir sua
postulação. Verdade ou mentira, é que mana Euma está avançando no eleitorado de
Mariana como uma leoa faminta, já se tornou uma terceira via e sua presença no
mínimo serve para arrastar esta peleja para o segundo turno.
Via Direta
*** Vejam os maiores eleitores, aqueles
que mais ajudam e até podem decidir as pelejas municipais em Rondônia a seus apadrinhados na modesta opinião deste
colunista ***
Em Porto Velho, o prefeito Hildon Chaves (PSDB), que apoia Mariana em Ariquemes
o deputado federal Thiago Flores, alinhado com a atual prefeita Carla Redano,
em Ji-Paraná o melhor eleitor é o ex-prefeito Jesualdo Pires (PSB) *** Em Cacoal o apoio do ex-prefeito Divino Cardoso, em Vilhena,
do ex-prefeito Melki Donadon e em Jaru o atual prefeito Joãozinho Gonçalves, é
o cara *** Lembrando que em Candeias
o Jamari, o melhor eleitor e ele mesmo, o prefeito tampão Lindomar Garçon.
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