Terça-feira, 1 de abril de 2025 - 08h16
Quando
o interesse público e o privado coincidem, a situação parece ideal. Se uma
iniciativa interessa ao mesmo tempo a um particular e serve também ao conjunto
da sociedade, a oposição se esvai, sem argumentos para evitar o que se propõe.
O caso dos búfalos selvagens em Rondônia, entretanto, obriga a uma reflexão
necessária nestes tempos em que a “filosofia” da enganação, adotada pelo
presidente estadunidense Donald Trump, baseia-se em anunciar dezenas de coisas
em rápida sequência para deixar a população aturdida e sem capacidade imediata
de reação.
Deu-se
que no início da década de 1950, no antigo Território do Guaporé, atualmente
Estado de Rondônia, um projeto surgiu como um incentivo governamental ao
desenvolvimento da pecuária: consistia em importar cerca de 60 búfalos
asiáticos para criar na experimental Fazenda Pau D’Óleo, com a finalidade de
criar os animais para tração e abastecimento de carne e leite.
No
entanto, o projeto fracassou e foi abandonado. Com o passar das décadas, os
animais se multiplicaram irregularmente e hoje são um grave problema ambiental.
Já estimados em torno de cinco mil, os búfalos selvagens devastam a Reserva
Biológica Guaporé, unidade de conservação federal. A lição que se extrai do
episódio é que todo projeto, por melhor que pareça, precisa ser acompanhado
passo a passo para avaliar custo/benefício. Começar e não monitorar é má
política.
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Eleições 2026
Com
vários governadores conservadores se solidarizando com o ex-presidente Jair
Bolsonaro, já tornado inelegível até 2030, abre-se a corrida para conquistar
seu apoio para as eleições presidenciais do ano que vem. Tarcísio de Freitas
(SP) é citado como o nome mais provável para enfrentar Lula com apoio do mito.
Correm por fora na busca de um acordo para a peleja, os governadores Romeu Zema
(Novo - Minas Gerais), Ratinho Junior (PSD -Paraná), Ronaldo Caiado (União
Brasil -GO), entre outros nomes cogitados na base aliada bolsonarista.
Lembrando que filhos e esposa do capitão também estão nas paradas.
Em Rondônia
Em
Rondônia onde prevalecem os indecisos para as disputas ao governo estadual e as
duas cadeiras ao Senado, o que se sabe é que o vice-governador Sergio Gonçalves
(União Brasil) que vai assumir o restante do mandato do atual govenador Marcos Rocha
no ano que vem para o titular se desincompatibilizar e disputar o Senado, está
batendo o pé e sairá a reeleição. Por enquanto ele tem o controle do partido,
já que o mano, Juninho, está mantido na presidência da sua legenda. Tem como
concorrente no próprio partido o deputado federal Fernando Máximo, que espera
com a criação da federação com o PP, criar asas.
Os indecisos
É
enorme a relação dos indecisos para a eleição de Rondônia no ano que vem. E os
que desistirem da peleja pelo Palácio Rio Madeira, a sede do governo estadual,
provavelmente vão disputar as duas cadeiras ao Senado. São considerados
indecisos para a disputa estadual: 1-Senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) 2- Ex-prefeito
de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) 3-Deputado federal Fernando
Máximo (União Brasil-Porto Velho). Marcos Rogério afirma que por enquanto é postulante
a reeleição, mas sua base Ji-Paraná e região central, já tem dois candidatos: a
deputada federal Silvia Cristina e o pecuarista Bruno Scheidt, o ungido do
ex-presidente Jair Bolsonaro.
Oposição bolsonarista
Aos
amigos e aliados, o ex-governador e atual senador Confúcio Moura (MDB) vai
confirmando a disposição de disputar o governo estadual, porque considera a
peleja ao Senado extremamente difícil. Como um polvo careca, ele vai estendendo
seus tentáculos por todo o estado e com a disposição de um búfalo do Vale do
Guaporé, onipresente nos municípios. É o parlamentar mais atuante, é o representante
que mais obtém recursos para os municípios do estado e será o grande opositor aos
bolsonaristas, como um candidato de centro, mas com apoio também dos partidos
de esquerda em Rondônia. Aposta na divisão bolsonarista para chegar pelo menos
ao segundo turno.
Punhal da traição
O
ex-presidente Jair Bolsonaro, aplicando o punhal da traição aos candidatos
bolsonaristas ao Senado em Rondônia, como Marcos Rogério, Fenando Máximo,
Hildon Chaves e Silvia Cristina já anunciou o apoio ao pecuarista Bruno
Scheidt, um dos mobilizadores em Rondônia da campanha do mito clamando pela anulação
do pleito vencido por Lula. Rogério já foi sacrificado por Bolsonaro como um carneiro,
na disputa ao governo de Rondônia em 2022, quando se alinhou com o atual governador
Marcos Rocha. Ocorre que o mito acredita que elege até poste em Rondônia, Acre e
Santa Catarina, onde o conservadorismo tem sua maior força.
Via Direta
*** Rolando uma explosão de construção de
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segunda-feira o clã Gurgacz comemorou também os títulos de cidadãs honorarias as empresárias Nair Gurgacz e Ana Gurgacz na
Assembleia Legislativa *** As empresárias discursaram emocionadas em
agradecimento as homenagens *** Presente
ao evento, o senador Marcos Rogério que já foi funcionário das empresas de comunicação
do grupo Eucatur enfatizou a trajetória do clã Gurgacz e suas empresas no
estado ***Mais um pouco e as águas do Rio Madeira vão repetir os estragos
do desastre ambiental ocorrido em Porto velho em 2014. Todo mundo de cabelos em
pé.
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