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Carlos Sperança

Sinais do céu + Deslanchando + Dias infernais + 3 mil famílias são objeto de expulsão


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Sinais do céu

Um dos assuntos mais importantes do planeta, a Amazônia saiu do topo quando a variante indiana preencheu as preocupações mundiais, superando o trauma da cepa denunciada anteriormente na floresta sul-americana. Com a vacinação se ampliando pelo mundo, embora lenta demais no Brasil, contrariando seu passado de recordes anteriores em imunização, o desafio do clima assumiu o topo das preocupações.

Na região, as enchentes além da conta chamam à reflexão sobre a necessidade de medidas preventivas. Os sinais do céu indicam que as enchentes deixarão de ser fenômenos esporádicos, bianuais ou distantes entre ocorrências, para ser o novo normal depois que a marca dos 30 metros for ultrapassada.

Há pouco, um influente “profeta” do clima, o norte-americano Al Gore, próximo do presidente Joe Biden, alertou o Brasil para as consequências do desequilíbrio hídrico, que sem um freio, controle ou compensações tende a afetar de formas imprevisíveis a produção agropecuária. Causou assombro a temperatura acima de 41ºC que matou 50 mil aves em uma granja de Bastos (SP).

Mesmo quem não se sensibiliza com a tese de que é preciso parar a devastação em áreas indígenas porque 80% da biodiversidade está ali, começa a sentir que as enchentes mais frequentes no Norte e as secas mais extensas no Sul e são sinais do céu em busca de limites.

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Um apelo

O Secretário de Estado da Saúde Fernando Máximo voltou a formular apelo aos prefeitos e secretários municipais de saúde para entrarem em campo para acelerar o Plano Nacional de Imunização em Rondônia. Como se sabe. Tantos prefeitos e secretários nos finais de semana e nos feriados somem do mapa, vão veranear, abandonando o programa de vacinação em seus municípios. Com isto acontecendo a vacinação é muito lenta nosso estado  que acabou na lanterninha no ranking de vacinados no País. É coisa de louco!

Deslanchando

A regularização fundiária que começou lenta na primeira administração do prefeito Hildon Chaves (PSDB) e aos poucos foi se firmando deslanchou de vez. Seja na sede, em Porto Velho, ou nos principais distritos a titulação das propriedades foi intensificada. Problemas de décadas, como dos bairros da “figura A”, aqueles situados as margens do Rio Madeira já estão encaminhados. O alcaide tucano vai se firmando como um baita administrador em condições de entrar na disputa ao governo do estado no ano que vem com expressivos índices de aprovação.

Dias infernais

Já vivemos dias infernais com o calor típico do verão rondoniense. Mas o que preocupa nesta temporada são as consequências do elevado índice de desmatamento na região que, com certeza vai redundar em poucos dias em fogaréu intenso com grossas camadas de fumaça sobre os céus rondonienses. Para piorar as coisas a fumaceira do Acre, da Bolívia, dos vizinhos Mato Grosso e do sul do Amazonas também se juntam por aqui. É o cenário do inferno de Dante e com tantas doenças respiratórias agravando-se também a peste da covid.

Porto Cristo 

Na capital, cerca de 3 mil famílias são objeto de expulsão de suas propriedades nos bairros Porto Cristo e Renascer, fruto de invasões que já se vão há quase 10 anos. Estão sendo desalojadas e não sabem para onde ir, depois que o processo de desocupação foi decretado pelo Tribunal de Justiça. Os bairros ficam na Zona Leste, circundados pela Vila Mariana, São Francisco e Marcos Freire, uma das regiões mais populosas da capital. Em busca de uma solução a Câmara de Vereadores de Porto Velho começa a discutir este drama. Sustar a desocupação é preciso.

A mobilização

Nem a confirmação das condenações e a consequente inelegibilidade para os próximos anos desmobilizaram as forças cassolistas para as eleições do ano que vem. O ex-governador Ivo Cassol tem a expectativa de reverter esta situação no supremo e por isto sua equipe jurídica trabalha de um lado e a de marketing de outro, já efetuando as primeiras pesquisas estudando as ações que serão desencadeadas a partir do final de 2021. Se nada mudar, ele tem a opção ainda de disputar o CPA sub-judice, mas é uma baita fria, mesmo para um favorito como ele.

Via Direta

*** É inexplicável como um estado tão bolsonarista – falo da classe política engajada nas bandeiras do presidente –Rondônia seja tão desprestigiada em comparação com os estados vizinhos *** Até  no rateio da distribuição das vacinas levamos cano do Ministério da Saúde cujo ministro esteve em Rondônia na semana passada de mãos abanando e não explicou os disparates que aconteceram *** Agrava-se a crise hídrica nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul com grandes prejuízos as lavouras e criações *** Trata-se de dois estados que estavam absorvendo operários desempregados de Rondônia nos seus frigoríficos. Centenas deles se transferiram para o sul nos últimos dois anos. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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