Quarta-feira, 14 de julho de 2021 - 08h20
As
mentiras, os exageros, distorções e negacionismo sobre a Amazônia continuam
causando prejuízos à imagem do país, embora já contornadas parcialmente com a
troca dos desastrados ministros das Relações Exteriores e do Meio Ambiente por
profissionais mais zelosos das respectivas áreas.
O
monturo de absurdos “ideológicos”, porém, trouxe algo positivo: exigiu dos
setores responsáveis da sociedade uma avaliação mais acurada sobre a realidade
amazônica. A primeira percepção é que a floresta é desconhecida em sua
amplitude. Até aqueles que melhor a conhecem revelam com sinceridade que ainda
sabem pouco e há muito a pesquisar, informar-se e descobrir, tanto atendendo às
visões particulares dos povos da floresta quanto à multiplicidade de olhares
científicos.
Os
fatos, ao prevalecer sobre as falsificações, dão maior relevo e importância ao
evento Entendendo a Amazônia, a se realizar de 19 a 22 deste mês. Nunca foi tão
necessário entendê-la. Como afirmou Eric Holtel, diretor da Agri-Rex, promotora
do evento, que aguarda mais de vinte mil participantes online de todo o mundo,
o desconhecimento e as notícias distorcidas geram a má imagem do país e da
Amazônia, cenário que “causa prejuízos socioeconômicos e ambiental, ao impedir
progresso em bases sólidas”. A solidez requer objetividade, impossível em clima
de antagonismos oportunistas com ideia fixa em eleições.
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A desconfiança
Diante
da desconfiança do presidente Jair Bolsonaro ingressar numa sigla sem o total
controle do Diretório Nacional, do fracasso na criação do partido Aliança Pelo
Brasil e perante lideranças insurrectas no Patriotas, o mandatário já busca
novas alternativas. E agora já aceitaria uma composição até com partidos do
Centrão tão condenados no pleito de 2018, como é o caso do PP. Neste caso, quem
poderia conquistar seu apoio em Rondônia seria o ex-governador Ivo Cassol,
donatário da legenda em nosso estado. Seria uma verdadeira reviravolta.
O entendimento
Com
a possível desistência do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) em
disputar o governo do estado melhoraram as relações institucionais da esfera
municipal com o governo do coronel Marcos Rocha, este franco candidato a
reeleição e já patrolando os adversários pela BR. Porto Velho só tem a ganhar
com o entendimento entre estas autoridades que estavam se bicando desde o início
do ano. Espera-se também que se entendam sobre outros tantos projetos de interesse
da população portovelhense já que nos últimos anos o projeto de esgotamento sanitário
pouco avançou.
Projeto arriscado?
Nos
meios políticos é considerado arriscado o projeto político do ex-senador e
ex-ministro da Previdência Amir Lando em disputar uma cadeira ao Senado em
2022, tendo em vista derrotas recentes à Câmara dos Deputados. Não pela falta
de qualidade deste ex-parlamentar, que é um grande tribuno, tem um enorme
trabalho em Rondônia desde a Constituição do Estado e no Congresso Nacional foi
uma das figuras marcantes. Ocorre que Lando se perdeu no tempo, perdeu suas
bases e reconquistar este espaço, diante do nascimento de novas lideranças é
uma tarefa penosa.
Mesmo acordo
O
mesmo acordo estipulado pelo então governador Confúcio Moura (MDB) com o então
prefeito de Porto Velho Mauro Nazif (PSB) depois de enrolação durante tantos
anos, foi firmado depois de tanto jogo de empurra entre o atual governador
Marcos Rocha (sem partido) e o atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) sobre a
construção da nova rodoviária da capital. O governo do estado fará o repasse
dos recursos e a municipalidade fará a administração do empreendimento. No
acordo anterior a coisa avançou até a elaboração de um projeto técnico e depois
ruiu tudo.
Tudo de novo?
Se
o processo da construção do novo terminal rodoviário de Porto Velho começar
hoje do zero, só a escolha da área e a liberação das licenças ambientais se
prolongarão no mínimo por uns dois anos. Com muito otimismo teremos a nova
rodoviária em quatro anos, se for com pouco otimismo o papo entre as
autoridades seguirá o mesmo rumo do que ocorreu com governadores e prefeitos
anteriores, ou seja necas de nada. Aproveitar o projeto técnico do governo Confúcio
inspirado nos terminais de Cuiabá e Rio Branco poderia acelerar o processo, em
caso de bom senso ao meio de rivalidades tribais dos mandatários.
Via Direta
*** Algumas boas notícias da semana: o
Rio Grande do Sul cancelou as aposentadorias vitalícias dos seus
ex-governadores ***
O Estado de Rondônia segue liderando o ranking de vacinação indígena pelo País
com quase 100 por cento da indiarada imunizada com a primeira dose contra o
coronavirus *** A Câmara dos Deputados
aprovou projeto de lei que combate os supersalários do funcionalismo público.
Existiam verdadeiros abusos em Brasília e nos estados *** Trocando de saco
para mala, o verão chegou, haja calor, fumaça e poeira nas estradas vicinais e
coletoras. Até outubro é nesta toada ***
A primeira dama de Porto Velho Yeda Chaves já está se movimentando em campanha
para 2022. A loira é afável e carismática. Seria postulante a Câmara dos
Deputados? Vice-governadora de Marcos Rogério?
Retaliações ao ex-prefeito Hildon Chaves é uma perda de tempo
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