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Carlos Sperança

Tambaqui + O planejamento + Osso do peito + Avenida Parque


Tambaqui + O planejamento + Osso do peito + Avenida Parque - Gente de Opinião

Tambaqui.2

Na autoajuda, criativas formulações procuram motivar os clientes a achar a melhor versão de si mesmos. A melhor, via de regra, é a versão que corrige os erros e aprimora as qualidades do indivíduo. No caso do tambaqui, saboroso peixe da Amazônia, quem o consome, aqui e lá fora, dificilmente consegue crer que ainda não é sua melhor versão.

Entre os brasileiros, dificilmente alguém achará algum defeito em um peixe tão apreciado. No entanto, o mercado acha que o tambaqui ainda não chegou à melhor versão de si mesmo, mas a ciência tem a resposta para esse desafio: ao contrário do salmão, um dos líderes das preferências mundiais, o tambaqui é um produto sustentável e técnicas de aperfeiçoamento genético podem lhe dar o topo das preferências no devido tempo.

Artigo publicado na revista Reviews in Aquaculture sugere ao tambaqui o princípio que faz o consumidor salivar diante do lombo suíno: o melhoramento genético, que reduziu a gordura e aumentou o lombo do porco. No tambaqui, o lombo, a banda e a costela podem ser maiores e melhores, segundo o pesquisador Alexandre Hilsdorf. Quando conseguir, o tambaqui terá potencial maior de ganhar novos consumidores e gerar renda. A tendência é estender o princípio a muitos outros produtos. Que também os governos consigam ser a melhor versão de si mesmos, privilegiando mais a ciência que boatos e crendices.

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O planejamento

O Brasil se depara mais uma vez diante da falta de planejamento para o enfrentamento dos desastres naturais. Tragédias seguidas, como ocorre em Petrópolis (RJ) tem sido recorrentes e só muda de estado ano após ano. Em 2014 Porto Velho vivenciou seu maior desastre natural com a grande cheia do Rio Madeira e as lições decorrentes não foram apreendidas. A orientação do alteamento das ruas e avenidas da capital rondoniense que foram inundadas, bem como da construção de barragens de contenção não foram aplicadas pelas autoridades municipais, estaduais e federais.

Osso do peito

A cheia histórica de 2014 acabou prejudicando o projeto de reeleição do prefeito Mauro Nazif (PSB). Diante da falta de apoio das esferas estaduais e federais, ele se viu obrigado a utilizar todos os recursos da municipalidade para atender as demandas. Enfrentou a parada no osso do peito e até chegou a planejar a reconstrução dos Distritos de Calama e São Carlos, cujos projetos teriam amplo apoio do governo federal, mas que passada a cheia abandonou tudo. Lamentavelmente o anuncio do apoio da esfera federal – seja de tucanos, petistas ou bolsonaristas – não vale nadica de nada. Jamais cumprem o do prometido.

Os ex-prefeitos

Muitos ex-prefeitos estão se arriscando nas urnas nas eleições de outubro. São os casos de Carlinhos Camurça (Porto Velho), possivelmente disputando uma cadeira a Assembleia Legislativa e Ernandes Amorim (Ariquemes) projetando eleição a Câmara dos Deputados. Foram prefeitos com boas avaliações nas suas administrações, mas com os adversários afirmando taxativamente que estão em decadência política. Ambos terão uma boa oportunidade de provar o contrário no pleito deste ano. Recursos não faltam para suas campanhas.

Com prudência

Prefeitas que marcaram época em Rondônia avaliam o cenário – e em alguns casos a inelegibilidade perante a justiça eleitoral – para voltar a ribalta em 2022. Cito casos de mandatárias eficientes, como Daniela Amorim (Ariquemes), Sueli Aragão (Cacoal), Milene Mota (Rolim de Moura), Inês Zanol (Pimenta Bueno), Rosane Donadon (Vilhena). O certo mesmo é que Rosaria Helena (ex-de Ouro Preto) dispute uma cadeira a Câmara dos Deputados. Ela já foi também deputada estadual nos anos 80. As mulheres agem com cautela. Ocorre que prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém...

Avenida Parque

A prefeitura de Porto Velho está iniciando as obras da Avenida Parque, na Estrada dos Periquitos, transformando aquela populosa região da zona Leste, onde vicejam bairros como Ulisses Guimarães, Marcos Freire e tantos conjuntos habitacionais criados nas últimas décadas. Uma avenida dotada de equipamentos modernos de lazer, num Espaço Alternativo genérico, numa extensão de quase 2 quilômetros, fruto de recursos de emendas parlamentares da deputada Mariana Carvalho (PSDB), a parlamentar campeã de destinação de recursos para a capital nos últimos anos.

Via Direta

*** Impressiona o número de creches inacabadas e com as obras paralisadas em Porto Velho. É preciso as esferas municipais e estaduais se unirem em torno desta bandeira tão importante para a sociedade *** Já são pelo menos 20 milhões de pessoas com créditos esquecidos nas agências bancárias. Quem se habilita a reaver os valores? Teremos uma nova repescagem no próximo mês de maio *** Os golpes se multiplicam pelo País. Golpe do suadouro, das frutas, da venda de tratores, mas os maiores casos são de vítimas através do pix, que mais atormenta os brasileiros *** Os condomínios de luxos têm crescido absurdamente em Porto Velho nos últimos dois anos *** Tanto o Ecoville, como o Verana (onde reside o governador Marcos Rocha) estão repletos de casas suntuosas. E vem aí novos lançamentos.   

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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