Quarta-feira, 6 de novembro de 2024 - 11h53
Depois
de causar intensos debates com seu livro Ascensão e queda das nações, o
experiente banqueiro Ruchir Sharma volta a sacudir os meios econômicos mundiais
com sua nova obra, intitulada por uma pergunta explosiva: O que deu errado com
o capitalismo? Não chega a ser um spoiler responder aqui um dos fatores
principais que levaram a erros porque todos os profissionais do setor
diariamente acossados por essa questão já sabem que foi o descuido com o
planejamento.
É
falsa a presunção de que o planejamento seja uma prática “comunista” só porque
a China desenvolve planos quinquenais de sucesso, pois a economia lá toda
capitalista. Não faz sentido supor que exista alguma competição entre
capitalismo e socialismo: é tudo capitalismo, embora nem sempre de boa
qualidade.
Os
problemas em geral tendem a piorar com a falta de um bom planejamento. A médica
Sandra Hacon, da Fiocruz, depois de longa pesquisa sobre os efeitos da fumaça
das queimadas em seres humanos, animais e na vegetação, observou que as temperaturas
elevadas fazem crescer o risco de doenças e de óbito por “estresse térmico”,
principalmente em regiões Norte e Nordeste do país.
As queimadas
na floresta, além de causar inflamação e estresse oxidativo, danificam material
genético e causam a morte de células pulmonares, via câncer. Sem planejamento
intersetorial adequado será impossível superar esse quadro doentio.
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Repleto de desafios
O
prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) que trata desde o início da semana da transição
administrativa entre a gestão do atual prefeito Hildon Chaves com sua futura
gestão, terá desafios hercúleos para tratar desde os primeiros dias de janeiro,
quando tomará posse. Acompanho as gestões municipais desde os anos 80 e
participei diretamente de duas delas, com o prefeito Chiquilito Erse, e em
todas os maiores problemas foram de alagações. Prefeitos populares como Chico e
Hildão não escaparam de desgastes neste período. O outro grave obstáculo que
gera enorme prejuízo aos gestores é a esfera da saúde. Leo que prepare o lombo
para eventuais chibatadas da opinião pública.
Tantas promessas
Eu
deveria estar contente, com a boca cheia de dentes, como dizia Raul Seixas na
década de 70. São tantas as promessas das esferas federais para Rondônia,
tantas obras anunciadas, que era para esturrar de felicidade. Tem a ponte
binacional em Guajará Mirim na fronteira com a Bolívia, temos anunciada a Usina
Hidrelétrica de Tabajara em Machadinho do Oeste (Vale do Jamari), vem aí a
completa restauração e duplicação da BR 364, de Porto Velho a Vilhena, temos garantida
a completa dragagem do Rio Madeira para estruturar a hidrovia e ainda se acena
com a BR- 319, como estrada parque, pavimentada, de Porto Velho a Manaus.
Como acreditar?
Acreditar
nas esferas governamentais é que são elas. Até hoje os compromissos assumidos
pela União com a tragédia climática das enchentes em Porto Velho não foram
cumpridos e tampouco serão, porque é típico dos políticos prometerem durante os
eventos climáticos e depois esquecerem. Eu me sinto, enganado com as promessas,
como aqueles aldeões da idade média, quando os barões, condes, viscondes, duques,
reis e vices reis tomavam as colheitas do povaréu e ainda levavam as esposas e
filhas dos súditos para se divertirem em seus castelos. Eram como os políticos
de hoje. Só trocarem os nomes dos fidalgos, os políticos querem mesmo – de vereador
a presidente – é rapinar o País.
Episódios históricos
O
jornalista Lucio Albuquerque que vivenciou o auge do jornalismo impresso nos
jornais A Tribuna, Estadão e Alto Madeira última os preparativos para o
lançamento de um livro com episódios históricos da política rondoniense,
tratando dos primórdios do lançamento de candidaturas para as primeiras eleições
gerais do estado de Rondônia em 1982. Desde então se empunhavam os punhais da
traição na política rondoniense. Residente em Rondônia desde 1976, Lúcio que se
tornou um dos mais importantes historiadores do estado, promete entregar uma
obra esmerada para os rondonienses. Estou na expectativa sobre o lançamento da
obra.
Hidrovia do Madeira
Em
discussão, já se projetando licitação, a exploração da Hidrovia do Madeira que
promete remover obstáculos e baratear os custos de transportes entre Rondônia e
o Amazonas, a estruturação de pelo menos seis portos neste trajeto, sendo três
em Porto Velho e seus distritos. Me pergunto até que ponto virão estes
benefícios, se o porto hidroviário da capital, desde que foi implantado cada
vez que fraqueja demora um tempão para se recuperar. E se a Antag não dá conta
de manter um porto, dará conta de alavancar a manutenção de seis? E a dragagem
que sempre é feita apenas pela metade e que nunca acaba? Falta credibilidade a
Antag até para combater o fenômeno das terras caídas.
O faro de Expedito
Satisfeito
com o crescimento do PSD no cenário nacional e na ascensão do partido constatada
em Rondônia nas eleições de 2024, o ex-senador Expedito Junior, o maior descobridor
de talentos no estado – foi ele como futurólogo que lançou Ivo Cassol, e Hildon
Chaves na política – agora se volta ao lançamento de um novo pupilo, nova
personagem na política estadual, o atual prefeito Adailton Fúria, de Cacoal, reeleito
com mais de 80 por cento dos votos naquela municipalidade. Expedito tem faro
para grandes lançamentos e existem alguns motivos para Fúria emplacar o CPA.
Veja abaixo:
A opção Fúria
Além
de contar com Expedito na articulação de uma campanha ao governo estadual, Fúria
tem ao seu lado em Ji-Paraná o deputado estadual mais votado de Rondônia, que é
Laerte Gomes. Mais importante do que isto é o sentimento de Cacoal e da Região
do Café em eleger um governador, o que somente municípios do interior como
Rolim de Moura, Ji-Paraná e Ariquemes conseguiram com Valdir Raupp, José
Bianco, Ivo Cassol e Confúcio Moura, eleitos pelo voto direto. Também Vilhena já
teve um governador, Ângelo Angelim nomeado. E quando Cacoal, a Região do Café e
Rolim de Moura, Zona da Mata, se unem, dá um governador na cabeça. Por último
tem o bairrismo sulista no interior, que se espicha até Vilhena. Fúria é um
candidato promissor.
Via Direta
*** Temos rombos a vista em alguns institutos
de previdência nos municípios em Rondônia e já existem denúncias a respeito. Aí
vem muitos casos para serem desvendados pelas autoridades *** Com criatividade e
investindo em propaganda as empreiteiras e as imobiliárias esperam alavancar o
mercado imobiliário neste final do ano na capital *** Mercado existe, os problemas criados para as transações imobiliárias
foram as restrições anunciadas aos mutuários pela Caixa Econômica Federal. E faltam
recursos para atender toda a demanda *** O inverno amazônico sinalizando
com seus temporais um período sofrido para a população de Rondônia. Todo mundo
já preparando seus telhados para evitar as goteiras indesejáveis.
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