Quarta-feira, 4 de janeiro de 2023 - 08h25
Politicamente,
a vitória definitiva do agronegócio sobre o entulho autoritário da ditadura
sepultada pela Carta Magna de 1988 se deu somente em 1995, tempo em que as
mobilizações ruralistas eram motivadas por interesses democráticos superiores,
que iam além dos interesses imediatos do segmento.
A
vitória decorreu do avanço da consciência política do setor, que deixou de ser
a “âncora verde” para ser um dos principais motores da economia nacional, mas
teve uma base fundamental: a qualidade da assistência técnica, que permitiu ao
setor acumular ganhos rápidos não apenas por conta da conjuntura mundial, mas
pela capacidade de atender aos interesses do mercado interno. Até 1973, quando
foi criada a Embrapa, os agricultores sofriam a influência dos clubes 4S, de
inspiração estadunidense. Com ela, o salto do agro brasileiro foi de
espetacular a milagroso.
A
vitória da bioeconomia como caminho brasileiro para o desenvolvimento também terá
a Embrapa como uma de suas armas principais. É o que se deduz do projeto Inova
Amazônia (Inovações para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Brasileira),
a cargo de suas equipes nos estados de Rondônia, Acre, Amapá, Roraima,
Maranhão, Pará e Amazonas. Sua finalidade é melhorar a renda dos povos tradicionais
por meio da sustentabilidade. Por artes da multiplicação econômica, melhorar a
vida dos pequenos vai melhorar também a vida de todos.
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Mais prestigio
Tradicionalmente
os petistas acreanos tem revelado mais prestigio que os petistas rondonienses
junto a Lula e Dilma e tanto é verdade que Marina Silva já foi ministra do Meio
Ambiente. Os irmãos Vianas também ocuparam cargos do primeiro escalão e no novo
governo do presidente Lula, o ex-governador e ex-senador Jorge Viana estará à
frente de um cargo importante na esfera federal tratando das exportações
brasileiras, a APEX. Por sua vez, Marina Silva volta ao Ministério do Meio
Ambiente, mas desta vez como deputada federal eleita e representando São Paulo.
Os herdeiros
As
avaliações nos próprios meios bolsonaristas é que o presidente Jair Bolsonaro,
que se mandou para os Estados Unidos com medo de alguma retaliação dos petistas
ficará inelegível para o pleito de 2026. Por isto seus herdeiros começam a
disputar espaço, no caso o senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente e os governadores
de São Paulo Tarcísio de Freitas e de Minas Gerais Romeu Zema. Todos evitam o
bolsonarismo raiz, diga-se posições de extrema direita e tem seus discursos bem
azeitados para buscar popularidade a direita. Lá nos Estados Unidos Bolsonaro e
filhos não estão gostando do rumo das coisas.
Criando asas
Com
a derrota do senador Marcos Rogério (PL-RO), que recentemente entrou em licença
do cargo no Senado, cria asas no bolsonarismo rondoniense como provável candidato
ao governo do estado em 2026, pelo segmento, o senador eleito com base em
Vilhena Jaime Bagatolli (PL-RO). Ele fez mais de 30 por cento dos votos no
estado e já tem sido convocado pela militância bolsonarista para disputar o Centro
Administrativo em 2026. Com certeza terá pela frente, o possível candidato
chapa branca, Hildon Chaves, prefeito de Porto Velho, com dobradinha com o
atual governador Marcos Rocha ao Senado.
A chiadeira
Tem
dois fatores que podem desgastar o prefeito Hildon Chaves, eleito e reeleito,
com excelente performance frente ao Prédio do Relógio: a elevada tarifa dos transportes
coletivos –a maior do pais inclusive de capitais com bairros distantes 50 quilômetros
do centro – e o recente projeto que reajusta os valores do Imposto Territorial
e Predial Urbano -IPTU. São coisas que fazem diferença principalmente no orçamento
da classe trabalhadora. Como não existem nem deputados da capital e tampouco
vereadores da cidade para reclamar, apela-se para o bom senso do alcaide para rever
estas decisões.
Olho vivo
E
na falta de deputados e vereadores de Porto Velho para reclamar e cobrar
benefícios para a população, apela-se para vereadores e deputados de outras cidades
do interior para ajudarem o povo de Porto Velho. Não podemos contar com os vereadores
a capital, já que eles aprovaram os projetos do prefeito e os deputados eleitos
pela capital que se comportam como avestruzes diante dos problemas da capital
rondoniense. Temos aí um espaço para os representantes do interior ampliar suas
bases ocupando lacunas abertas pela omissão dos vereadores e deputados com base
na capital.
Via Direta
*** No final do governo Bolsonaro o estado
do Acre foi aquinhoado com recursos de R$ 60 milhões destinados a obras de restauração
das rodovias 364 e 317 *** Caberá ao Dnitt administrar os recursos. As rodovias acreanas
estão bem avariadas com a estação das chuvas*** O governo Lula extinguiu a FUNASA, destinada a obras de saneamento
no País. Muitos prefeitos estão se queixando com a medida fruto de uma decisão
da Comissão de Transição do governo Lula *** O ano começa e a população constata
que nada mudou com a troca da guarda. Segue o auxílio do bolsa família a R$ 600,00
não haverá aumento dos combustíveis, etc, etc. Lula não é nem doido em mexer em
ninho de cabas *** Abandonados, desiludidos
e frustrados e como pardais sem ninho os bolsonaristas deixaram os quartéis
onde fincaram pé por mais de dois meses clamando pela anulação da eleição de
Lula.
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