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Carlos Sperança

Trapaças históricas e o bolsonarismo segue forte para as eleições 2024


Trapaças históricas e o bolsonarismo segue forte para as eleições 2024 - Gente de Opinião

Trapaças históricas

Os militares foram trapaceados várias vezes. No passado, pela proclamação da República sem povo. Depois, pela tecnocracia e seus falhos planos nacionais de desenvolvimento. Mais recentemente, pelo golpismo oportunista dos radicais, que dividiram forças cuja maior qualidade deveria ser a coesão.

Depois da lavagem de roupa suja da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, as FFAA sairão finalmente coesas, vacinadas contra o vírus destrutivo já advertido pelo general Peri Bevilacqua: “Quando a política entra no quartel por uma porta, a disciplina sai pela outra”. Os civis também sempre foram trapaceados: cada governante que entra alega “reconstruir” o que o antecessor destruiu e reanima o vírus da descontinuidade administrativa.

Como Sísifo, condenado a empurrar uma pedra até o alto de uma montanha, ao chegar perto do topo a pedra rola de volta para baixo, invalidando todo o esforço – e orçamento – aplicado. Sem trapacear nem militares nem civis, a Coreia do Sul partiu de uma situação similar à do Brasil nos anos 1960 para o estágio próspero de hoje. Há pouco, o Pacto Global da ONU lançou o movimento Impacto Amazônia, uma espécie de pedra a ser empurrada para o topo da montanha. Se não houver mais trapaças para causar indisciplina e desunião, desta vez a montanha da sustentabilidade bioeconômica será conquistada.

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Eleições 2024

As eleições municipais de 2024 vem aí e os comunicadores, pastores evangélicos e militares já com as garras afiadas para conquistar as prefeituras e as cadeiras de vereadores. Tratando-se de Rondônia a expectativa é que os conservadores sigam levando vantagem, como já tem ocorrido nos últimos pleitos. O bolsonarismo segue forte na maioria das regiões do estado, onde os partidos de Direita têm levado vantagens sobre o PT, PSB, PC do B e outras legendas de esquerda. O PT do presidente Lula foi praticamente reduzido a pó em Rondônia, com apenas uma parlamentar na Assembleia Legislativa das 24 cadeiras existentes.

Ponte binacional

Depois dos esforços da bancada federal rondoniense, o presidente Lula se acertou com o governo boliviano para tocar adiante a construção da ponte binacional sobre o Rio Mamoré na fronteira. Mas com a suspensão da licitação da obra feita pelo Dnitt a coisa deverá demorar em vista da adequação dos projetos técnicos ao gosto dos parceiros bolivianos. O Brasil tentou colocar seu plano goela abaixo, sem consultar o pais vizinho e acabou se trumbicando com o desgaste provocado pelo adiamento da obra que representa muito para a região de fronteira.

Seca na Amazonia

Uma situação alarmante constatada pelas últimas pesquisas hidrológicas. Neste contexto, o município de Porto Velho, capital de Rondônia, atravessa uma seca excepcional. Rio Branco, a capital do Acre, e Manaus, a capital amazonense, num estágio pior ainda, de seca severa. Muitos municípios padecendo com a longa estiagem, como Tabatinga, Barcelos, São Gabriel da Cachoeira. Porto Velho numa situação precária, já que é abastecido pelo Rio Madeira sabidamente contaminado por mercúrio e elevando as estatísticas de câncer na região. E ainda tem a paralisação das turbinas da Usina de Santo Antônio pela escassez de água.

A peregrinação

Inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro começou sua peregrinação pelas capitais para apoiar aliados nas disputas municipais do ano que vem. A jornada começou por Fortaleza no último final de semana e a curiosidade fica por conta de Porto Velho, já que por aqui temos uma penca de candidatos bolsonaristas para disputar a sucessão do prefeito Hildon Chaves. Quem ele estaria inclinado a dar suas bênçãos por aqui? Fernando Máximo (União Brasil), Cristiane Lopes (União Brasil), coronel Crisóstomo (PL), Leo Moraes (Podemos), Marcelo Cruz (Patriota), maria Carvalho (Republicanos).

Pacote anticrime

Tendo como seu calcanhar de Aquiles a segurança pública, o governo Lula se espicha para todos os lados para conter a violência que assola o País, com graves incidências no Rio de Janeiro, Bahia e nos estados da região fronteiriços com a Bolívia, Peru e Colômbia, que são o Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amazonas. Na região Sudeste e na Bahia, a esfera federal se vê diante das facções organizadas que tomaram conta. Na Amazonia o problema é o narcotráfico com os carteis ampliando seus tentáculos e as penitenciárias superlotadas com crimes relacionados ao tráfico de drogas.

Via Direta

*** Um absurdo o que está ocorrendo em Rondônia. Em pouco mais de 90 dias foram cinco mil voos cancelados e não existe uma solução para a suspensão dos voos pelas empresas aéreas *** O programa Prato Fácil funciona bem em Porto Velho. Ainda cedo os beneficiados chegam aos restaurantes conveniados para receber o marmitex de cada dia *** As secretarias de segurança de Rondônia, Acre e Amazonas aguardam com ansiedade recursos do Ministério da Defesa para combater a criminalidade, principalmente o narcotráfico na região de fronteira *** A estiagem no Rio Madeira já prejudica o abastecimento de Manaus e por lá até o arroz subiu de preço *** Cada vez mais frequente os ladrões carregando portões de ferro e fiação elétrica nas costas pelas madrugadas....

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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