Terça-feira, 3 de outubro de 2023 - 08h15
Os
militares foram trapaceados várias vezes. No passado, pela proclamação da
República sem povo. Depois, pela tecnocracia e seus falhos planos nacionais de
desenvolvimento. Mais recentemente, pelo golpismo oportunista dos radicais, que
dividiram forças cuja maior qualidade deveria ser a coesão.
Depois
da lavagem de roupa suja da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante
de ordens de Jair Bolsonaro, as FFAA sairão finalmente coesas, vacinadas contra
o vírus destrutivo já advertido pelo general Peri Bevilacqua: “Quando a
política entra no quartel por uma porta, a disciplina sai pela outra”. Os civis
também sempre foram trapaceados: cada governante que entra alega “reconstruir”
o que o antecessor destruiu e reanima o vírus da descontinuidade administrativa.
Como
Sísifo, condenado a empurrar uma pedra até o alto de uma montanha, ao chegar
perto do topo a pedra rola de volta para baixo, invalidando todo o esforço – e
orçamento – aplicado. Sem trapacear nem militares nem civis, a Coreia do Sul
partiu de uma situação similar à do Brasil nos anos 1960 para o estágio
próspero de hoje. Há pouco, o Pacto Global da ONU lançou o movimento Impacto
Amazônia, uma espécie de pedra a ser empurrada para o topo da montanha. Se não
houver mais trapaças para causar indisciplina e desunião, desta vez a montanha
da sustentabilidade bioeconômica será conquistada.
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Eleições 2024
As
eleições municipais de 2024 vem aí e os comunicadores, pastores evangélicos e
militares já com as garras afiadas para conquistar as prefeituras e as cadeiras
de vereadores. Tratando-se de Rondônia a expectativa é que os conservadores
sigam levando vantagem, como já tem ocorrido nos últimos pleitos. O bolsonarismo
segue forte na maioria das regiões do estado, onde os partidos de Direita têm
levado vantagens sobre o PT, PSB, PC do B e outras legendas de esquerda. O PT
do presidente Lula foi praticamente reduzido a pó em Rondônia, com apenas uma parlamentar
na Assembleia Legislativa das 24 cadeiras existentes.
Ponte binacional
Depois
dos esforços da bancada federal rondoniense, o presidente Lula se acertou com o
governo boliviano para tocar adiante a construção da ponte binacional sobre o
Rio Mamoré na fronteira. Mas com a suspensão da licitação da obra feita pelo
Dnitt a coisa deverá demorar em vista da adequação dos projetos técnicos ao
gosto dos parceiros bolivianos. O Brasil tentou colocar seu plano goela abaixo,
sem consultar o pais vizinho e acabou se trumbicando com o desgaste provocado
pelo adiamento da obra que representa muito para a região de fronteira.
Seca na Amazonia
Uma
situação alarmante constatada pelas últimas pesquisas hidrológicas. Neste
contexto, o município de Porto Velho, capital de Rondônia, atravessa uma seca excepcional.
Rio Branco, a capital do Acre, e Manaus, a capital amazonense, num estágio pior
ainda, de seca severa. Muitos municípios padecendo com a longa estiagem, como
Tabatinga, Barcelos, São Gabriel da Cachoeira. Porto Velho numa situação precária,
já que é abastecido pelo Rio Madeira sabidamente contaminado por mercúrio e elevando
as estatísticas de câncer na região. E ainda tem a paralisação das turbinas da
Usina de Santo Antônio pela escassez de água.
A peregrinação
Inelegível
até 2030, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro começou sua peregrinação pelas
capitais para apoiar aliados nas disputas municipais do ano que vem. A jornada
começou por Fortaleza no último final de semana e a curiosidade fica por conta
de Porto Velho, já que por aqui temos uma penca de candidatos bolsonaristas
para disputar a sucessão do prefeito Hildon Chaves. Quem ele estaria inclinado
a dar suas bênçãos por aqui? Fernando Máximo (União Brasil), Cristiane Lopes
(União Brasil), coronel Crisóstomo (PL), Leo Moraes (Podemos), Marcelo Cruz
(Patriota), maria Carvalho (Republicanos).
Pacote anticrime
Tendo
como seu calcanhar de Aquiles a segurança pública, o governo Lula se espicha
para todos os lados para conter a violência que assola o País, com graves
incidências no Rio de Janeiro, Bahia e nos estados da região fronteiriços com a
Bolívia, Peru e Colômbia, que são o Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amazonas. Na região
Sudeste e na Bahia, a esfera federal se vê diante das facções organizadas que
tomaram conta. Na Amazonia o problema é o narcotráfico com os carteis ampliando
seus tentáculos e as penitenciárias superlotadas com crimes relacionados ao tráfico
de drogas.
Via Direta
*** Um absurdo o que está ocorrendo em Rondônia.
Em pouco mais de 90 dias foram cinco mil voos cancelados e não existe uma solução
para a suspensão dos voos pelas empresas aéreas *** O programa Prato
Fácil funciona bem em Porto Velho. Ainda cedo os beneficiados chegam aos restaurantes
conveniados para receber o marmitex de cada dia *** As secretarias de segurança de Rondônia, Acre e Amazonas aguardam
com ansiedade recursos do Ministério da Defesa para combater a criminalidade,
principalmente o narcotráfico na região de fronteira *** A estiagem no Rio Madeira
já prejudica o abastecimento de Manaus e por lá até o arroz subiu de preço *** Cada vez mais frequente os ladrões
carregando portões de ferro e fiação elétrica nas costas pelas madrugadas....
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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