Terça-feira, 12 de abril de 2022 - 07h51
Desde
o início do governo são sempre tensas as relações entre a Amazônia e o ministro
Paulo Guedes, da Economia. Toda vez que ele se refere à região os líderes
amazônicos põem um pé atrás e perguntam qual é o truque. Pelo visto, o truque é
sempre o mesmo: passar uma borracha na Zona Franca de Manaus ou a
descaracterizar até que ninguém mais tente defendê-la.
Desta
vez o pé atrás se armou para chute no caso de um “pênalti”: a reedição do decreto
do IPI prorrogando a redução da alíquota em até 25% transformava 30 dias
explícitos em 120 dias de angústia para as empresas da ZF. A matemática que
transforma 30 dias em quatro meses vem do cipoal de regras fora do decreto.
Para alguns, Guedes complica para driblar o presidente. Se ninguém perceber, a
boiada passa. Só que também desta vez não passou. A reação foi imediata e houve
uma correria dentro e fora do governo para contornar o problema.
O
episódio lembra o início do governo, quando Guedes falava abertamente em dar
fim à ZF. Depois veio a armadilha do Plano Dubai, também desmontada, e agora a
bronca do IPI. Por que as decisões são tomadas sem pensar nas consequências
imediatas ou futuras? Até crianças que aprendem a jogar xadrez sabem que se não
pensarem com cuidado nos próximos lances o rei vai ficar em xeque. Decretar é
fácil, mas corrigir as más consequências de um decreto apressado raramente é
tarefa simples.
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Amorim x Lando
Vai
se repetir em 2022 o grande duelo entre os ex-senadores Ernandes Amorim (Ariquemes)
e Amir Lando (Porto Velho) que aconteceu nas eleições de 1994. Um ano onde o
grande favorito para uma das duas cadeiras ao Senado era o senador Amir Lando,
cantado em prosa e verso pela imprensa nacional, como um dos artífices da
cassação do então presidente Fernando Collor de Melo, um dos gurus do atual presidente
Jair Bolsonaro. (O outro é Michel Temer). Naquela oportunidade, Amorim levou a
melhor, numa aliança com Chiquilito Erse (que disputou o governo de Rondônia) e
José Bianco que se elegeu também ao Senado, sendo o mais votado na época.
Dança dos favoritos
Naquela
eleição de 1994, dançaram os grandes favoritos. Ao governo, o prefeito de Porto
Velho Chiquilito Erse, liderando a nau “Rondônia com Fé” que foi derrotado por Valdir
Raupp. Ao Senado Amorim desbancou Amir Lando que só voltaria ao Congresso em
1998. Tudo para dizer que é recorrente a derrota dos favoritos nas eleições estaduais
e em Porto Velho e os exemplos são os mais claros possíveis. Sem querer voduzar
ninguém, os favoritos da temporada são o governador Marcos Rocha (União Brasil)
e Expedito Junior (PSD) ao Senado. Mas também não será surpresa se tubularem
gloriosamente.
Rosani x Padovani
Um
dos confrontos a Câmara dos Deputados mais interessantes em Rondônia nas eleições
de outubro será travado em Vilhena e no Cone Sul rondoniense que não elege federais
desde os tempos de Arnaldo Lopes Martins e Natan Donadon. Será a peleja entre a
ex-prefeita Rosani Donadon contra o ex-secretário da Agricultura Evandro
Padovani, se digladiando os clãs Donadons e Goebels diretamente por acesso ao
Congresso Nacional. Rosani foi uma prefeita eficiente, Evandro um dos melhores secretários
estaduais da pasta da agricultura. Mas tem gente entrando na seara deles: um
filho do deputado estadual Ezequiel Neiva sai a federal e Mauricio Carvalho que
tem boa estrutura na região.
Só nas convenções
Com
os fakes já pulando pelo estado constato que as definições das candidaturas ao
governo estadual só estarão realmente fechadas nas convenções do meio do ano.
Isto, porque se propala na volta a peleja do ex-governador Confúcio Moura e
neste caso seria um nome forte e que traria em seu bojo também o seu ex-vice
Daniel Pereira, que entraria nesta composição. Do outro lado também existe a
possibilidade do presidente Bolsonaro e filhos determinar a Marcos Rogério sair
das paradas para beneficiar Marcos Rocha, ou até apoiá-lo, já que o senador
exerce uma fidelidade extrema ao Palácio do Planalto. Enfim, um mar incertezas
no tabuleiro sucessório.
Apoio disputado
Nos
bastidores se tem uma corrida na busca do apoio do ex-prefeito de Porto Velho
Roberto Sobrinho caso ele pendure as chuteiras e não dispute cargos eletivos em
2022. Acredita-se que a deputado estadual ele deverá apoiar o projeto de
reeleição do ex-petista Lazinho da Fetagro, agora filiado ao PSB de Mauro Nazif.
No entanto nenhum nome foi ventilado de apoio a Câmara dos Deputados. Os
entendimentos seguem. A presidência, Sobrinho, que tem um eleitorado fiel na capital
e foi um dos únicos prefeitos reeleitos com votação expressiva e em primeiro
turno, está fechado com Lula.
Via Direta
*** Com a volta às aulas presenciais as
prefeituras e o governo do estado de Rondônia deveriam reorganizar a patrulha escolar
dando segurança aos alunos e professores combatendo os traficantes que se instalam
nas proximidades dos estabelecimentos escolares *** Depois de anos as
autoridades resolveram combater a cracolândia da rodoviária fechando pontos de
vendas de drogas e prostituição e acabando com as tendas dos drogados acampados
na Av. Jorge Teixeira em Porto Velho ***
Lembrando que temos outras cracolandias instaladas na capital que ainda
funcionam a pleno vapor *** O governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon
Chaves estão mais unidos do que nunca e concedendo entrevistas com louvaminhas
reciprocas *** Mas sobre a construção da
nova rodoviária em Porto Velho só promessas até agora. Nenhuma estaca fincada...
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