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Carlos Sperança

Tudo tem consequências + Amorim x Lando + Rosani x Padovani + Dança dos favoritos


Tudo tem consequências + Amorim x Lando + Rosani x Padovani + Dança dos favoritos - Gente de Opinião

Tudo tem consequências

Desde o início do governo são sempre tensas as relações entre a Amazônia e o ministro Paulo Guedes, da Economia. Toda vez que ele se refere à região os líderes amazônicos põem um pé atrás e perguntam qual é o truque. Pelo visto, o truque é sempre o mesmo: passar uma borracha na Zona Franca de Manaus ou a descaracterizar até que ninguém mais tente defendê-la.

Desta vez o pé atrás se armou para chute no caso de um “pênalti”: a reedição do decreto do IPI prorrogando a redução da alíquota em até 25% transformava 30 dias explícitos em 120 dias de angústia para as empresas da ZF. A matemática que transforma 30 dias em quatro meses vem do cipoal de regras fora do decreto. Para alguns, Guedes complica para driblar o presidente. Se ninguém perceber, a boiada passa. Só que também desta vez não passou. A reação foi imediata e houve uma correria dentro e fora do governo para contornar o problema.

O episódio lembra o início do governo, quando Guedes falava abertamente em dar fim à ZF. Depois veio a armadilha do Plano Dubai, também desmontada, e agora a bronca do IPI. Por que as decisões são tomadas sem pensar nas consequências imediatas ou futuras? Até crianças que aprendem a jogar xadrez sabem que se não pensarem com cuidado nos próximos lances o rei vai ficar em xeque. Decretar é fácil, mas corrigir as más consequências de um decreto apressado raramente é tarefa simples.

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Amorim x Lando

Vai se repetir em 2022 o grande duelo entre os ex-senadores Ernandes Amorim (Ariquemes) e Amir Lando (Porto Velho) que aconteceu nas eleições de 1994. Um ano onde o grande favorito para uma das duas cadeiras ao Senado era o senador Amir Lando, cantado em prosa e verso pela imprensa nacional, como um dos artífices da cassação do então presidente Fernando Collor de Melo, um dos gurus do atual presidente Jair Bolsonaro. (O outro é Michel Temer). Naquela oportunidade, Amorim levou a melhor, numa aliança com Chiquilito Erse (que disputou o governo de Rondônia) e José Bianco que se elegeu também ao Senado, sendo o mais votado na época.

Dança dos favoritos

Naquela eleição de 1994, dançaram os grandes favoritos. Ao governo, o prefeito de Porto Velho Chiquilito Erse, liderando a nau “Rondônia com Fé” que foi derrotado por Valdir Raupp. Ao Senado Amorim desbancou Amir Lando que só voltaria ao Congresso em 1998. Tudo para dizer que é recorrente   a derrota dos favoritos nas eleições estaduais e em Porto Velho e os exemplos são os mais claros possíveis. Sem querer voduzar ninguém, os favoritos da temporada são o governador Marcos Rocha (União Brasil) e Expedito Junior (PSD) ao Senado. Mas também não será surpresa se tubularem gloriosamente.

Rosani x Padovani

Um dos confrontos a Câmara dos Deputados mais interessantes em Rondônia nas eleições de outubro será travado em Vilhena e no Cone Sul rondoniense que não elege federais desde os tempos de Arnaldo Lopes Martins e Natan Donadon. Será a peleja entre a ex-prefeita Rosani Donadon contra o ex-secretário da Agricultura Evandro Padovani, se digladiando os clãs Donadons e Goebels diretamente por acesso ao Congresso Nacional. Rosani foi uma prefeita eficiente, Evandro um dos melhores secretários estaduais da pasta da agricultura. Mas tem gente entrando na seara deles: um filho do deputado estadual Ezequiel Neiva sai a federal e Mauricio Carvalho que tem boa estrutura na região.

Só nas convenções

Com os fakes já pulando pelo estado constato que as definições das candidaturas ao governo estadual só estarão realmente fechadas nas convenções do meio do ano. Isto, porque se propala na volta a peleja do ex-governador Confúcio Moura e neste caso seria um nome forte e que traria em seu bojo também o seu ex-vice Daniel Pereira, que entraria nesta composição. Do outro lado também existe a possibilidade do presidente Bolsonaro e filhos determinar a Marcos Rogério sair das paradas para beneficiar Marcos Rocha, ou até apoiá-lo, já que o senador exerce uma fidelidade extrema ao Palácio do Planalto. Enfim, um mar incertezas no tabuleiro sucessório.

Apoio disputado

Nos bastidores se tem uma corrida na busca do apoio do ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho caso ele pendure as chuteiras e não dispute cargos eletivos em 2022. Acredita-se que a deputado estadual ele deverá apoiar o projeto de reeleição do ex-petista Lazinho da Fetagro, agora filiado ao PSB de Mauro Nazif. No entanto nenhum nome foi ventilado de apoio a Câmara dos Deputados. Os entendimentos seguem. A presidência, Sobrinho, que tem um eleitorado fiel na capital e foi um dos únicos prefeitos reeleitos com votação expressiva e em primeiro turno, está fechado com Lula.

Via Direta

*** Com a volta às aulas presenciais as prefeituras e o governo do estado de Rondônia deveriam reorganizar a patrulha escolar dando segurança aos alunos e professores combatendo os traficantes que se instalam nas proximidades dos estabelecimentos escolares *** Depois de anos as autoridades resolveram combater a cracolândia da rodoviária fechando pontos de vendas de drogas e prostituição e acabando com as tendas dos drogados acampados na Av. Jorge Teixeira em Porto Velho *** Lembrando que temos outras cracolandias instaladas na capital que ainda funcionam a pleno vapor *** O governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves estão mais unidos do que nunca e concedendo entrevistas com louvaminhas reciprocas *** Mas sobre a construção da nova rodoviária em Porto Velho só promessas até agora. Nenhuma estaca fincada... 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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