Quarta-feira, 29 de janeiro de 2025 - 07h24
Se
nas demais regiões as estradas são as veias por onde corre o sangue da
economia, na Amazônia são os rios que cumprem esse papel. Não é preciso perder
tempo, nesse caso, para salientar a importância do projeto de criar o Plano
Rios Livres da Amazônia, apresentado no Congresso Nacional pelo senador acreano
Sérgio Petecão. Promover a navegabilidade e a preservação dos corpos de água na
região é dever de casa. Tão importante quanto o plano, em si, é o debate que o
projeto sugere em torno do assunto.
Ao
contrário das estradas, intervenção humana que agride a floresta de formas
variadas, os rios já estão prontos e são eles que podem ser agredidos tanto
pelos fenômenos extremos, caso da seca persistente, quanto pelo mau uso por parte
dos usuários. Por conta disso o plano tem elementos importantes de benefício
para quem se serve deles, mas também sistematiza o cerco aos que interferem na
qualidade das águas e afetam a fauna aquática.
O plano
se baseia nos princípios de precaução, prevenção, poluidor-pagador (quem polui
deve responder pelo prejuízo ao meio ambiente), desenvolvimento sustentável e
participação social. Nota-se o cuidado do legislador em antecipar no corpo do
projeto possíveis emendas a ser apresentadas por seus pares. É possível que algumas
propostas adicionais completem o plano, mas é indiscutível que já começou a
tramitar trazendo o melhor a fazer para proteger e utilizar melhor nossos
recursos fluviais.
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Em pé de guerra
Um
grupo de deputados estaduais quer colocar o governo Marcos Rocha de joelhos e
instalar secretários estaduais de sua confiança para o restante do mandato.
Também estão enciumados com o crescimento do nome de Sandro Rocha, atual
diretor do Detran para disputar uma cadeira a Assembleia Legislativa. Tudo isto
acontecendo num momento em que o CPA anda fragilizado por conta do caos na
segurança pública e o colapso na saúde. As conversações seguem e algumas
cabeças importantes devem rolar em favor da “governabilidade”.
O triste retorno
Algemados
e acorrentados como criminosos da pior espécie, aos poucos estão voltando os
imigrantes ilegais rondonienses expulsos pelo presidente Donald Trump, dos Estados
Unidos. Como andorinhas cansadas, com as asas quebradas e cheias de dor, os
rondonienses que chegaram relatam suas epopeias que redundaram em fracasso na
busca do sonho americano. Informam que milhares de rondonienses ilegais estão
espalhados, desde a Flórida até Boston e trabalham com serviços braçais na construção
civil ou na limpeza de casas e apartamentos em serviços domésticos.
A crise na saúde
´E
gravíssima a crise na saúde em Porto Velho e isto não é de hoje, vem desde a
década passada e a situação é reconhecida pelo próprio secretário da saúde e
pelo prefeito Leo Moraes que pegaram uma herança que passa de prefeito a
prefeito e o próximo vai também e queixar. Uma situação que apenas a prefeitura
de Porto Velho não tem condições de enfrentar e necessita de apoio do governo
estadual e da União. Mais do que isto, necessita das emendas parlamentares dos
deputados estaduais e federais para que o atendimento melhore. Não será da
noite para o dia que a saúde da capital seja colocada em dia. São milhares de
consultas e operações atrasadas para serem atendidas.
Sérios entraves
Existem
sérios entraves para a rodovia 319, que conecta Porto Velho - Manaus, volte a
operar dentro da normalidade como ocorria na década de 80. Além do chamado
“meião”, um trecho de mais de 400 quilômetros que vai exigir alteamento do
leito da estrada, para não ser interrompido o tráfego durante o inverno
amazônico com enormes lamaçais, tem a questão das pontes que desmoronaram nos
rios Curuçá e Autaz Mirim, cujas obras nem foram iniciadas pelo Dnitt. A
chiadeira é grande entre os amazonenses e moradores das localidades do Careiro
e Castanho, sendo que os moradores alertam sobre a possibilidade do desmoronamento
de outras pontes na região.
Pix, o antidoto!
Os
parlamentares bolsonaristas estão animados com a possibilidade de aplicar um
impeachment no presidente Lula, como ocorreu na década passada com Dilma
Roussef. Lula vivencia o pior momento da sua gestão que até agora não engrenou
e particularmente em Rondônia, mesmo com obras significativas no passado e
tantas já andamento em 2025, ele não desfruta do carinho dos empresários do
agronegócio e até mesmo do eleitorado. Lula não acredita que a pauta chegue ao
plenário, mas tem um forte antídoto contra este ovo da serpente: muito pix! Os
bolsonaristas amam pix. Os parlamentares do centrão são devotos do pix. E Lula é
macaco velho nas suas relações com o Congresso.
Via Direta
*** Ainda na ativa, os ex-prefeitos de Porto Velho Sebastião Valadares e José Guedes não manifestam desejo de disputar cargos eletivos nas eleições de 2026 *** Valadares foi o último prefeito nomeado na Era Teixeirão. Com o governador Angelim o primeiro prefeito nomeado com apoio do MDB em meados dos anos 80 *** Com a expulsão de imigrantes rondonienses ilegais nos Estados Unidos, os chamados “coiotes”, que também operam como recrutadores de mão de obra em Rondônia para a construção civil estadunidense se deram mal ***Os trabalhadores optam agora pelo recrutamento de empresas dos estados do Paraná e Santa Catarina, com grande oferta de empregos nas construtoras, cooperativas e laticínios.
É realmente assustadora a situação da saúde pública em Porto Velho
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