Sexta-feira, 15 de março de 2024 - 08h00
De
um lado, os negacionistas, que não se importam com o risco de epidemias ainda
piores que a Covid decorrentes da devastação da Amazônia. De outro, profetas
apocalípticos que anunciam um futuro atroz para a floresta projetando os
malefícios da continuidade do desmatamento criminoso, o desrespeito aos povos
da região e a falta de planejamento para garantir um futuro saudável e rico
para o país. A atitude mais sensata é não escolher uma dessas duas posições e
excluir a outra.
A
primeira é desumana e ignora o fato de que proteger a floresta significa
proteger o futuro e as novas gerações. Embarcar no bloco da destruição levará a
mais desastres. A segunda seduz, mas deve ser evitada por levar água ao moinho
dos destruidores propagando a tese errônea de que não há mais saída, o ponto de
retorno já veio e o futuro será de sangue, suor e lágrimas para os amazônidas.
Isolando
os negacionistas radicais, que já fizeram a escolha pelo inferno na Terra e não
sabem discutir nada, a não ser aos berros e insultos, prática irracional, é
também preciso isolar os catastrofistas que dão o apocalipse climático como
inevitável. Insultos irracionais e profecias apressadas à parte, o debate sério
sobre o futuro da Amazônia implica reduzir riscos e maximizar possibilidades. A
principal ferramenta para isso é a ciência. Ela não nega nada e duvida de tudo,
o que a coloca acima dos berros negacionistas e das assustadoras profecias
catastróficas.
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Coisa esquentando
Com
o União Brasil meio dividido no apoio ao deputado federal Fernando Máximo para disputar
a prefeitura de Porto Velho, as coisas ameaçam a esquentar no partido. O
parlamentar teria recorrido ao Diretório
Nacional para confirmação de candidatura própria na capital do estado, neste
caso ele mesmo, cujas primeiras sondagens lhe dão a ponteira na peleja pelo Prédio
do Relógio. Sendo confirmada candidatura própria do UB nas capitais, como Máximo
pretende, Mariana Carvalho (Progressistas) seria prejudicada num possível acordo
de coalizão tirando Máximo do páreo.
Predador chegando
O
ex-governador Ivo Cassol deu a primeira mostra que está voltando a cena polícia
ao reassumir a presidência do Diretório Estadual do PP. A partir de agora, por
uma questão de estratégia política, começará a se distanciar do governo de
Marcos Rocha, onde mantém uma secretaria com seu cunhado Luís Paulo. Em
condições de elegibilidade para 2026, Cassol vai atrapalhar os planos de outros
possíveis pretendentes ao CPA, como o ex-governador e atual senador Confúcio
Moura, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, o vice-governador Sergio
Gonçalves, entre outros nomes
Tucanos costuram
Em Brasília,
pelo lado do União Brasil, o deputado federal Mauricio Carvalho lidera o
movimento para o atrelamento do seu partido na postulação da sua mana, Mariana
Carvalho (Progressistas) a prefeitura da capital rondoniense. Em Porto Velho, o
prefeito Hildon Chaves, que assumiu novamente o comando do PSDB, alinhava
acordos de apoio a postulação da sua ungida Mariana, enquanto conspira para que
o deputado federal Fernando Máximo seja relegado pelo União Brasil. Caros
tucanos, se não vier Máximo vem coisa mais pesada ainda no pleito de outubro:
Leo Moraes com apoio de Máximo vira uma candidatura vitaminada para a peleja
2024.
Mudança de lugar
A
cheia histórica no Rio Madeira em Porto Velho foi tão forte em 2014, que
naquele ano o governo federal chegou a cogitar a mudança de lugar dos Distritos
de Calama e São Carlos, na zona ribeirinha num processo de reconstrução. Foi um
desastre natural em igual proporção ao que aconteceu neste ano no Acre com a intenção
inicial da população de Brasileia de buscar uma área mais apropriada para se
instalar, depois de padecer as águas dos Rios Acre e Juruá. No caso de Rondônia,
passada as agruras da cheia de 2014, as populações ribeirinhas resolveram
permanecer nos distritos num processo de reconstrução que as arrasta até os
dias de hoje.
Frente de esquerda
Com
as decisões dos diretórios nacionais do PT e do PSB lançarem candidaturas
próprias nas capitais, fica descartada de vez a formação da Frente Rondônia
Popular, de esquerda, para enfrentar as poderosas candidaturas bolsonaristas
conservadoras em Porto Velho. Não havendo acordo, o PT escala a ex-senadora Fatima
Cleide para disputar o Prédio do Relógio e o PSB, o professor universitário
Vinicius Miguel, inicialmente considerados pesas fáceis para Fernando Máximo, Mariana
e Leo Moraes. Falo inicialmente, porque sempre vejo favoritos quebrando a cara nestas
bandas.
Via Direta
*** Agora a coisa anda: ficou marcado
para o final de abril a reabertura do Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré,
mesmo que em ritmo meia boca *** Os comerciantes da Av. Sete de Setembro no
centro histórico agradecem a novidade, pois as lojas estavam as moscas *** Por falar no centro antigo também a Loja
Marisa está abrindo o bico e as Americanas anda pelo mesmo caminho em Porto
Velho. Aonde vamos parar? ***Na segunda colocação no ranking nacional de
feminicidios no País, Rondônia segue com muitos indicativos negativos nos
últimos anos ***Escapamos de uma cheia e
começa a desembarcar uma estiagem dos infernos com grave ameaça aos recursos
hídricos no interior do estado.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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