Quarta-feira, 22 de maio de 2024 - 07h55
Só
aceito pela ficção, o conceito de multiverso supõe que além do universo em que
estamos existem outros, paralelos, nos quais também vivemos, mas de forma
diferente e simultânea. Nesse caso, pode ser que em um universo a ameaça de
apocalipse climático é respondida com medidas preventivas, enquanto em outro
prevalece o negacionismo, nada é feito e a destruição elimina a humanidade.
Como a vida e a humanidade não são objeto de aposta, é racional prevenir para
não ter que remediar.
Existe
a perspectiva de que apesar da insensatez de modelos econômicos baseados na
destruição ambiental o desenvolvimento da ciência e da tecnologia nos reservem
invenções surpreendentes e ainda inimagináveis para amenizar ou resolver os
problemas que agora parecem inevitáveis ou irreversíveis. Não se pode contar
demais com um futuro autorregulado, mas uma atitude sensata é ao mesmo tempo prevenir
catástrofes e apostar na ciência.
Está
em testes um equipamento capaz de clarear nuvens a ponto de torná-las espelhos
para refletir de volta parte dos raios solares, que não chegando ao solo
refrescariam a Terra. Quando o físico britânico John Latham deu a ideia, em
1990, parecia loucura. O governo dos EUA ainda não está convencido de que a
máquina do espelho vai funcionar e há quem suponha que alterar o clima traz
castigos. Em todos os casos, o melhor a fazer é prevenir e torcer para que os
cientistas tenham sucesso.
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Poder feminino
Nos
bastidores políticos se fala que o governador Marcos Rocha (União Brasil)
deverá disputar uma cadeira ao Senado em 2026, numa dobradinha com o atual prefeito
Hildon Chaves (PSDB) ao governo estadual num projeto que vai ganhar grande
força com a eleição da ex-deputada federal M\ariana Carvalho a prefeitura de
Porto Velho. Rocha também articula a candidatura da esposa Luana Rocha, atualmente
no primeiro escalão de seu governo, para disputar uma cadeira a Câmara dos Deputados. Luana tomou gosto pela
política e se transformou numa figura onipresente nos eventos políticos.
Difícil reeleição
Omissos
na fiscalização do Poder Executivo, mal afamados com tantos negócios
desencadeados pela política e pelo exagerado número de parentes e apaniguados
em cargos comissionados, os vereadores de Porto Velho – exceto dois ou três
inelegíveis – vão tentar a reeleição nesta temporada. Pelo desempenho pífio, muitos
legislando em causa própria, sequer lendo os projetos de lei emanados do Executivo,
poucos merecem a reeleição. No entanto com a estrutura montada, quase uma dúzia
terá condições de conquistar mais um mandato.
Pura precipitação
Os
adversários estão vendo como pura precipitação, o ex-governador Ivo Cassol (PP)
querer impor a antecipação do processo sucessório estadual nas eleições de
2026. Ele já avacalhou com o ex-governador Confúcio Moura (MDB) e agora caça
encrenca com o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB). Nenhum dos
atacados se manifestou ainda com relação as espinafradas do ex-governador e se
forem sapientes nem vão dar bola. Ivo nem está elegível ainda para cantar de
galo. Precisava pelo menos conquistar a elegibilidade para então buscar confusão
com os adversários.
Jogo de estratégia
O
prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) e o deputado federal Mauricio Carvalho
(União Brasil), principais artífices da candidatura de Mariana Carvalho (União
Brasil) a prefeitura de Porto Velho tem um baita desafio pela frente. A questão
é unir as lideranças desta grande coalizão com muitos com interesses dispares
para as eleições de 2026, para que a nau chapa branca não naufrague ao longo da
campanha. Nos bastidores, se sabe, que a ex-deputada foi imposta goela baixo no
União Brasil tomando a candidatura natural que seria do deputado federal
Fernando Máximo. O fato trouxe muitas ranhuras na aliança.
Voltando as lides
O
ex-governador Ivo Cassol (PP) está convencendo o ex-vereador e ex-deputado estadual
Everton Leoni a voltar as lides políticas e disputar cargo eletivo em 2026. Se
depender do ex-governador, Leoni, com uma trajetória brilhante na comunicação
desde os idos da Rádio Eldorado e Caiari nos anos 80, e agora como presidente
de uma verdadeira rede de rádio e televisão no estado, tem tudo para emplacar
novamente. Leoni está livre das amarras da justiça eleitoral, portanto
elegível. Reabilitado, ele disputaria uma cadeira a Assembleia Legislativa, mas
Ivo quer ele na nominata do seu partido Câmara dos Deputados em 2026. Everton
já está se animando.
Via Direta
*** Os petistas e bolsonaristas ficaram
decepcionados com a absolvição do senador Sergio Morto no Supremo. Já estavam
até lançando seus candidatos ao Senado no Paraná *** O pré-candidato a prefeito
pelo PDT em Porto Velho Célio Lopes ultima preparativos para a formação da
chapa de vereadores que será homologada nas convenções de julho. Ele também abriu
consultas para indicação do seu vice ***
A esquerda de Porto Velho conversa, confabula, teoriza, se farta de entendimentos
na mesa de negociações, mas não decide se unificar para enfrentar os
adversários bolsonaristas *** O segmento é desunido e presa fácil para a
direita da capital, com nomes pesos pesados para a disputa do Prédio do Relógio.
Os vereadores de Porto Velho estão acendendo uma vela para Leo Moraes e outra para Hildon Chaves
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