Quinta-feira, 12 de novembro de 2020 - 08h19
Neste
novembro, as eleições municipais no Brasil e gerais nos EUA trazem lições
importantes. Em uma democracia liberal, o líder vai à eleição encarnando um
programa partidário. Na polarização inflada pelo populismo, o líder cria ou usa
uma sigla qualquer e apresenta uma sopa de ideias desconexas mas cativantes
para diversos grupos de apoiadores que se unem para combater um inimigo útil,
preferencialmente alienígena.
Os
adversários são acusados de estar ligados a esse hipotético inimigo e assim não
é preciso apresentar propostas efetivas ou um programa político: basta combater
com raiva. A substituição da política liberal pelo populismo acaba de ser vista
nas eleições dos EUA. Devido à polarização, os concorrentes não fizeram
propostas, limitando-se a atacar raivosamente o adversário.
O
resultado da eleição polarizada é a comunidade dividida. Nos EUA, já no dia 4
se constatou o virtual empate entre Democratas e Republicanos no Congresso. Nesse
caso, ou o presidente negocia com o outro lado ou instaura uma ditadura, pondo
fim à democracia. No Brasil, também efeito da polarização, o presidente Jair
Bolsonaro se viu na obrigação de compor com o Centrão, vários governadores têm problemas
de governabilidade e muitos prefeitos precisam entregar meia prefeitura a
vereadores sem ideias, mas muito apetite, para ter maioria e passar leis de
interesse da população.
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Jogo de estratégia
O
cara-pálida leitor deve estar se perguntando em Porto Velho: Os candidatos
Hildon Chaves (PSDB) e Vinicius Miguel (Cidadania) não se atacam, como é comum
numa eleição a prefeito na capital, principalmente entre aqueles que lideram a
peleja e devem desembarcar no segundo turno? A explicação é simples: não que
sejam bonzinhos e tenham bom coração: trata-se de jogo de estratégia dos dois
candidatos. Como assim? Os tucanos consideram Vinicius Miguel jovem e
inexperiente e por isto citado intramuros uma presa fácil no segundo turno.
Na torcida!
Já
no quartel general de Vinicius Miguel e dos demais postulantes da oposição a
conta é a mesma entre eles: quem chegar no segundo turno contra o candidato
tucano vai ao pódio. Seja ele, Vinicius, ou Cristiane, já pintada em cores de
zebra, leva a parada. Consideram que o alcaide tem um teto até 30 por cento de
intenções de votos e com isto tem 70 por cento contra ele para trabalhar no
segundo turno e por conseguinte Hildon Chaves, leva pau. E Vinicius, como os
demais oposicionistas, torcem para pegar o tucano no segundo turno.
Muita brigarada
Aversos
aos jogos de estratégias dos possíveis favoritos ao segundo turno, os demais
candidatos em Porto Velho não estão para brincadeira, mesmo porque acreditam em
surpresas, efeito manada, voto útil – e até Boi Tatá! – e com isto mudanças de última
hora como já ocorreram em eleições anteriores. Então o pau vai cantar mais
forte em Hildon Chaves, Vinicius Miguel e Cristiane nas últimas horas de campanha numa
tentativa de equilibrar as coisas. Vinicius foi o mais atacado nos últimos dias.
Na imprensa
O Covid
atacou forte, além da formiguinhas, nos meios da imprensa em Rondônia e muitos
colegas sofreram muito. Desde Everton Leoni (TV Candelária), Leo Ladeia (Rede
TV), Cristiane Lopes (SBT), Marcelo Freire (ex-Diário), Fábio (TV Rondônia),
Sérgio Pires (TV Candelária), Acir Gurgacz (SGC). Muitas redações de jornais,
sites, emissoras de rádio e televisão foram atingidas, desde a telefonista até
os proprietários. Uma pandemia que está chegando numa segunda onda e com Porto
Velho seriamente afetada. Salve-se quem puder!
A condenação
Ao
longo dos anos fui crítico do ex-governador Valdir Raupp, condenado agora a 7
anos e tanto de prisão. Não vejo a condenação injusta, pelo conjunto da obra
lavajatista, mas comparada com o que Renan Calheiros, Michel Temer, Collor, Sarney,
Serra, Aécio Neves e dirigentes petistas roubaram (e todo mundo solto...)
entendo que pegaram o nosso barbudo queixada para bode expiatório. Alguém tinha
que pagar o pato, pular o cadafalso, numa resposta a sociedade. Puniram um bagre
de um estado do baixo clero, deixaram os tubarões de fora. É lamentável.
Via Direta
*** Lembram da zebra que eu falava desde
o início da campanha que ia aparecer na capital? Pis [e, ela finalmente deu as
caras ***
O senador Confúcio Moura (MDB) aposta suas fichas em Porto Velho no candidato
Williames Pimentel *** Elegendo Pimentel
na capital, o partido poderá projetar melhores perspectivas para o lançamento
do seu candidato ao governo em 2022, o deputado federal Lucio Mosquini ***
Já os caciques do PSDB, Expedito Junior e dos Democratas Marcos Rogério pugnam
pela reeleição do prefeito Hildon Chaves em Porto Velho já vislumbrando uma dobradinha
de seus partidos para 2022 ao governo e ao Senado *** Caro eleitor de Porto Velho,
a eleição está chegando. Diga não nas urnas aos candidatos dos traficantes! ***
Vamos melhorar e qualificar já nossa representatividade.
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