Terça-feira, 13 de dezembro de 2022 - 08h16
O
mundo ferve com guerra, economias destroçadas, embates sangrentos entre seitas
políticas e supostamente religiosas, doenças que reaparecem com variantes
traiçoeiras e riscos de apocalipse nuclear ou climático. Só mentalidades
estreitas poderiam supor que manter a polarização eleitoral nessa quadra tão
única e complexa da humanidade poderia levar a bom porto.
Ao
final de mais um ciclo governamental no Brasil, cada brasileiro levará suas
próprias saudades ou decepções a relatar em sua história, mas para a história
do Brasil e do mundo o novo governo será o da reconciliação nacional ou o da paralisia
geral. Fora disso, se o Executivo forçar e o Legislativo engrossar, é a Justiça
que vai tomar a decisão. É falta de bom senso forçar crises entre os poderes na
ingênua (e ilegal) crença de que algum “poder moderador” vindo do espaço ou do
túmulo do Império vai substituir o STF na definição final das demandas.
Já
passando para a história, o governo em fim de feira ficará sendo aquele em que
múltiplas investigações desnudaram a vasta amplitude dos crimes ambientais e a
bioeconomia saltou à frente como unanimidade apesar da encrenqueira polarização.
Há chances para a união nacional. Se o país se reconciliar e os crimes
ambientais forem combatidos com eficiência pelas nações amazônicas, a floresta
renderá muito mais em favor de seus povos, além de entregar ao mundo um bom clima.
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O terrorismo
O
ressurgimento do terrorista de direita no Brasil chegou ao ápice no início da
semana, no dia da solenidade de diplomação do presidente eleito Lula. Carros e
ônibus queimados em Brasília e em Rondônia, tentativa de invasões em órgãos
públicos e nem a Policia Federal ficou a salvo dos manifestantes ligados a
extrema direita. Como o atual governo se omite no combate das atividades
terroristas deste segmento, caberá ao próximo mandatário tomar providências
para que esta situação não perdure no País, já que em alguns estados os
bloqueios de rodovias continuaram. Rondônia é uma das situações aflitivas.
Duas semanas
Teremos
mais duas semanas sob o manto da impunidade dos golpistas até a posse de Lula.
Eles permanecem incólumes defronte os quarteis sob a permissão do Exército e
sabe-se lá o que Bolsonaro e seus seguidores ainda serão capazes de fazer até a
entronização do novo presidente. O atual Manda-Chuva brasileiro segue a
cartilha do ex-presidente americano Donald Trump, como mal perdedor e esculhambando
tudo que pode depois da derrota em 2 de outubro. E deixará uma herança pesada
para a próxima gestão de coalizão que começa dar seus primeiros passos com a
aprovação do orçamento 2023.
Senha liberada
Acredita-se
nos meios bolsonaristas que o que aconteceu na segunda-feira pode ser uma senha
liberada pelo atual presidente para uma tentativa de golpe no próximo dia 1º,
durante a posse do novo presidente. Verdade ou não temos ainda alguns dias
incertos pela frente mesmo com os avanços para a formação de Frente Ampla, que
na verdade é um verdadeiro governo de coalizão para os próximos quatro anos. O
antipetismo ainda é forte no País, como também é o antibolsonarismo. Numa
polarização tão forte como foi estabelecida, o novo governo vai precisar de
muita habilidade para levar a cabo a necessária pacificação.
Que sortilégio?
Vocês
já viram um vice-governador de Rondônia criar asas e conseguir se eleger
governador em Rondônia? Orestes Muniz em 90, até tentou se eleger, mais foi
derrotado por Oswaldo Piana. Assis Canuto, vice de Piana nem tentou, como também
não arriscou Aparício Carvalho vice de Valdir Raupp. João Cahula (vice de
Cassol) e Daniel Pereira (vice de Confúcio) também tentaram a titularidade e
levaram pau. Alguns vices buscaram cadeiras na Assembleia Legislativa e também
não deu certo. Miguel de Souza, vice de Bianco foi deputado federal.
Os piores do ano
Todo
final do ano divulgo uma lista dos “Piores do Ano” fruto de pesquisa da
performance dos políticos da terrinha. Não tenho dúvidas que o campeão deste
quesito neste ano foi deputado estadual já cassado, o encrenqueiro Geraldo da
Rondônia (PSC-Ariquemes). Protagonizou cenas lamentáveis, toda sorte de escândalos
e até de assédio sexual, além de encrencas em órgãos públicos e só foi afastado
por insistente intervenção da justiça, já que contou com a cumplicidade da Comissão
de Ética da Assembleia Legislativa para permanecer mais tempo no poleiro. No
quesito vexame eleitoral, o troféu vai para o vice-governador Zé Jordan com sua
votação pífia a ALE. O restante vem na última edição do ano.
Via Direta
*** A bandidagem se infiltrou nas
manifestações dos patriotas bolsonaristas aproveitando o movimento para tocar o
terror em Rondônia. Em vários municípios foram identificados pilantras de toda
espécie ***
Concluídas a quase um ano as reformas do Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré
ainda não foram inauguradas pela prefeitura de Porto Velho ***E pelo que se vê a coisa vai longe ainda, tendo em vista as
licitações para escolha de lojas nas dependências
da obra histórica *** Com isto a revitalização do centro histórico e o
fomento ao turismo local foram para o saco durante 2022 *** A
novela do orçamento 2023 do governo de Rondônia
deve estar à espera das convocações extraordinárias para a ALE para
reforçar o caixa do Natal dos deputados
estaduais.
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