Quinta-feira, 28 de abril de 2022 - 08h15
Mesmo
que isso já fosse possível, nas incertas condições do Brasil e do mundo, o que
aconteceria se a indústria nacional saísse da depressão e sinalizasse para um
rápido surto de progresso? Nas atuais condições, poderia acontecer de imediato um
pipocar de apagões energéticos. Como tudo que não dá voto hoje é cortado ou
fica para depois, a infraestrutura sofre, pois as obras fundamentais só serão
inauguradas em próximos governos.
Sem
planejamento eficaz, entregue ao deus-dará, o problema energético fica em
banho-maria, com socorros pontuais (e caros). Com sua captura conhecida desde 1897,
a energia solar ganhou em 2000, por ação da ONU e do Conselho Mundial de
Energia, um estudo sobre potencial que em duas décadas já deveria exibir um
grau de aproveitamento mais expressivo, especialmente na Amazônia, dona de um
sol invejável.
É
um crime não aproveitar a energia solar, considerando que as gigantescas
hidrelétricas construídas em rios daqui não priorizam a região. A alternativa
em grande parte da floresta é o recurso ao caro e poluente gerador a diesel, um
ávido devorador de combustível. O crime salta ainda mais à vista quando se sabe
que no Brasil há cerca de um milhão de pessoas sem nenhum acesso à energia
elétrica e 99% delas vivem na Amazônia Legal. Onde há sol e gente é
incompreensível não haver energia para integrar as comunidades e aproveitar bem
as riquezas da floresta.
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Nau dos náufragos
Lembram
daquela aliança idealizada pelo ex-deputado federal Nilton Capixaba (PTB-Cacoal),
reunindo no mesmo balaio dúzias de candidatos derrotados a Câmara dos Deputados
nas eleições de 2018? Os eleitos ajudariam os perdedores sendo contratados com
salários polpudos no Congresso. Pois é, torcida brasileira, a tentativa falhou
e os derrotados no último pleito se espalharam por diversos partidos
governistas, Garçom de um lado, Valadares de outro, Luiz Claudio acolá.
Capixaba, certamente não contava com o pix do poder que dizimou a nau dos
náufragos.
Tempo de promessas
Em
temporada de eleições vem as promessas, as pedras fundamentais de grandes empreendimentos
públicos e obras vultosas. Vejam algumas rolando no pedaço: Em Candeias do Jamari,
um Centro Administrativo, em Jaru uma nova ponte na BR 364, em Porto Velho um
novo Heuro capaz de atender as demandas da saúde rondoniense. Enfim, no horário
gratuito vindouro teremos dezenas de promessas e quase todas não serão
cumpridas pelos candidatos, sendo a grande maioria dos políticos ocupados em
engabelar o pobre eleitorado rondoniense. Somos cerca de 1.200.000 mil patos,
digo eleitores.
Pé no Lando
Com
o ex-governador Valdir Raupp (Rolim de Moura) reabilitado da sua condenação na
Operação Lava Jato, tem tudo para ser o candidato ao Senado do MDB em Rondônia.
Com isto, o ex-senador Amir Lando (Porto Velho) deverá levar um pé. Certamente
ele não contava com a absolvição de Raupp, pois já estava em campanha pelo
interior do estado. Restará a Lando reforçar a nominata do partido a Câmara dos
Deputados servindo de escada para a reeleição do bolsonarista Lucio Mosquini, atual presidente
regional do MDB. A última esperança de Lando é a convenção do MDB, lá tudo pode
acontecer. Mas é preciso caprichar no pix.
A terceira via
No
plano nacional, com a nau da terceira via a pique, os partidos alinhados União
Brasil, MDB, PSDB não se entendem e rejeitam acordo com o PDT e vão às urnas em
outubro com as asas avariadas. Ocorre que nenhum dos candidatos dos partidos do
chamado centro democrático –Simone Tebet, Luciano Bivar e João Dória – estão
dispostos a renunciar a cabeça de chapa. E muito menos o pedetista Ciro Gomes
se entrar nesta aliança fadada ao fracasso desde já contras as poderosas candidaturas
polarizadoras dos presidenciáveis Lula e do atual presidente Jair Bolsonaro.
Conspirações
Na
verdade, nem Lula, tampouco Bolsonaro estão preocupados nesta altura do
campeonato com um candidato da terceira via. Quem eles temiam já está fora do páreo,
que é o ex-ministro Sérgio Moro, combatido ferozmente pelos robôs petistas e
bolsonaristas até ser colocado fora de combate. Petistas e bolsonaristas nem precisam
se preocupar com os rivais da terceira via, já que eles próprios, com suas
fogueiras de vaidades estão se destruindo e se encaminhando para as convenções
do meio do ano desunidos e sem votos para ameaçar os favoritos para o previsível
segundo turno, conforme atestam as pesquisas mais recentes.
Via Direta
*** É coisa de louco! Mais um Donadon
foi condenado lá pelas bandas de Vilhena, agora o ex-secretário de Obras do município
Josué Donadon. Só falta agora os pagagaios, cães e gatos domésticos do clã se
encrencarem com a justiça *** Os deputados estaduais Lebrão (São Francisco) e
Anderson Pereira (Porto Velho) resolveram disputar cadeiras a Câmara dos Deputados
na eleição 2022, enfrentando paradas duríssimas. A concorrência é enorme *** Final de abril e ainda chove em Porto Velho,
apesar de dias alternados ensolarados com um calor infernal. São os efeitos das
mudanças climáticas *** Os ex-deputados estaduais Herminio Coelho (Porto
Velho), Só na Bença (Pimenta Bueno), Glaucioni Nery (Cacoal), Ayrton Gurgacz
(Ji-Paraná) já estão no trecho buscando voltar ao pódio, retomando suas cadeiras
na Assembleia Legislativa.
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