Quinta-feira, 14 de abril de 2011 - 07h35
Acontece nesta quinta-feira o lançamento do livro Diaruí, a mais nova obra do escritor Antônio Cândido que usa como pano de fundo a saga do povo Karipuna à época da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. O evento está marcado para as 19 h na Casa de Cultura Ivan Marrocos. O livro que foi submetido à crítica de vários jornalistas, escritores e representantes de movimentos culturais tem sido bem recomendado.
“O escritor e acadêmico de letras Antônio Cândido da Silva transporta o leitor para um mundo sempre surpreendente, até na dor e nos mistérios. Fala da crença indígena, da simplicidade, do amor e da espiritualidade”, pontuou o jornalista Montezuma Cruz.
Em Diaruí, o autor leva o leitor às corredeiras e cachoeiras do rio Madeira, no trecho que vai de Santo Antônio até Guajará-Mirim, fronteira com a Bolívia, para nos contar a história de Diaruí.
Discorre sobre o povo Karipuna que por causa das brigas entre as tribos, no início do Século XIX, saiu da bacia do rio Tapajós em direção ao Oeste para habitar a bacia do rio Jaci Paraná, e nos leva ao contato desse povo com o homem branco no final do Século XIX, que fizera com que esses índios se deslocassem, no início do século seguinte, para as cabeceiras do rio Mutum Paraná.
Desses contatos o mais importante foi quando da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré que trouxe no seu rastro, de maneira definitiva, a acelerada exploração dos seringais e a decadência desse povo, uma vez que o trajeto da construção atravessava, principalmente, os domínios das tribos Karipuna.
Foi nesse cenário que aconteceu a história de Diaruí, encontrado pelos engenheiros da construção da ferrovia, com a perna necrosada, abandonado no “caminho do progresso”.
O narrador envereda por esse choque de culturas, crenças e mitos, chegando à dúvida do conflito psicológico de determinados personagens que chegam, às vezes, em não saberem mais no quê acredita.
Amor e ódio aparecem em determinados momentos com redobrado vigor e a vingança é o ingrediente que dá vida a essa narrativa, onde a sede de riqueza faz as pessoas passarem, sem escrúpulos, sobre o sofrimento dos oprimidos cujos gritos de socorro são abafados pela pujança da floresta Amazônica.
A obra é publicação da Editora Schoba e teve o apoio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Rondônia, da Livraria Exclusiva e da Hering Store. Diaruí vai concorrer ao Prêmio São Paulo de Literatura, um dos maiores prêmios literários do país. As categorias disputadas são as de Melhor livro do ano e Melhor livro do ano – Autor estreante, ambas correspondentes à obras do ano de 2011 .
Fonte: Luciana Oliveira
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