Quinta-feira, 3 de julho de 2008 - 14h57
Está completando um ano que uma grande discussão aconteceu por conta do lançamento de um livro, que tinha como objetivo registrar de maneira solitária o centenário de criação da cidade de Porto Velho.
Uma grande festividade estava sendo programada, mais com o objetivo de promover o livro do que realmente de comemorar o imaginável centenário ou as homenagens que seriam prestadas às pessoas que, diga-se de passagem, mereciam ser lembradas.
Fui a única voz discordante, entre tantos historiadores e professores que escrevem e se dizem interessados pela história da nossa terra, mas, meus argumentos chegaram a ser tão convincentes, que consegui junto ao órgão encarregado de promover as festividades, o cancelamento das comemorações, e angariar para mim uma saraivada de agressões e contestações, todas elas sem fundamentação histórica.
Foi cancelada a festividade e promovido um seminário no qual se esperava que o assunto fosse discutido, pois, era interesse da fundação Iaripuna, promotora do evento, publicar um livro com todas as palestras apresentadas, e promover, após o seminário, uma série de reuniões nas quais se faria um reestudo da história de Porto Velho.
Com relação ao centenário de Porto Velho, que eu considero ter acontecido a partir de Janeiro de 2008, tenho provas documentais, inclusive apresentadas através da imprensa local, para não deixar dúvidas com relação àquilo que afirmo.
Foi dito na época, preconceituosamente, que eu era apenas um poeta, e não devia discordar de uma lista de quase vinte professores e historiadores que até então pensavam diferente de mim, sem que fosse apresentado o que eles pensavam ou o registro desses pensamentos.
Hoje, um ano depois, as reuniões idealizadas pela Fundação Iaripuna não aconteceram, o livro, promessa da fundação, não foi publicado porque, convenientemente, os participantes foram convencidos a não apresentarem as palestras, e um silêncio sepulcral caiu sobre o assunto certamente com a determinação de fazer os meus argumentos caírem no esquecimento e desprestigiar as minhas pesquisas.
Dizem alguns que o assunto é de somenos importância para que se perca tempo com ele; dizem outros que eu só vou angariar inimigos se continuar batendo nessa tecla. Há ainda aqueles que se auto-proclamam, dizendo que nós, os historiadores, resolvemos não discutir mais esse assunto".
Mas, que historiadores são esses que não aceitam discutir um fato histórico que eu afirmo estar errado, simplesmente porque eu sou poeta (o que se há de convir é muita coisa) ou porque preferem que um engano repetido por todos, continue como verdadeiro para não ferir os brios de quem até hoje se considera inerrante?
Quem envereda pelos caminhos da pesquisa histórica sabe que a última descoberta, a verdade absoluta e o ponto final, são coisas que não devem satisfazer a um historiador. Por isso faço tanta questão que se abra uma discussão em torno desse e de tantos outros assuntos relacionados à nossa história, até aqui tão descuidadamente escrita, mesmo porque, de repente, alguém pode provar que estou errado...
Fonte: Antônio Cândido da Silva
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