Domingo, 27 de abril de 2008 - 17h35
Antônio Cândido da Silva
Um dia Rondônia conquistou a condição de estado, e com isso, ele e os seus municípios passaram a ter o direito de ostentar os seus símbolos (Hino, Bandeira e Brasão).
No caso de Porto Velho, tudo aconteceu no ano de 1983, por iniciativa do prefeito Sebastão Valadares que criou o concurso e uma comissão do mais alto nível para escolher os melhores trabalhos.
Tive a satisfação de ver o meu trabalho (Bandeira e Brasão) ser escolhidos e, depois, através da Lei n. 249 de 11 de outubro de 1983, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Porto Velho, passar oficialmente à condição de símbolos do Município.
As três Caixas-d'Àgua, instaladas no bairro Caiari pelos americanos quando construíam a ferrovia Madeira-Mamoré, passaram à condição de símbolos de Porto Velho, por fazerem parte do conjunto heráldico da bandeira e do brasão municipal.
Foto autor não identificado |
Foto Autor desconhecido |
Ora, em 1949, Porto Velho era parte de um Território Federal e, portanto, o nosso Jardim de Infância, edificado em terras da União. No prédio, posteriormente, foi instalado o Ensino Supletivo, trabalho do Padre Moretti, que mais tarde deu nome ao colégio que hoje abriga o curso.
Por último, foi construída na parte frontal as instalações da Teleron e o prédio passou a abrigar uma parte do Tribunal de Justiça, o que é feito até hoje.
Com a privatização da Teleron o prédio foi demolido e agora particulares querem construir um edifício em um terreno que é da União ou, no mínimo, patrimônio do Estado.
Desculpem-me não estou entendendo mais nada. Porém, nessa briga não pretendo me envolver. O que me interessa é a questão histórica, a tradição e o respeito àquilo que é nosso.
Confesso, a culpa é minha. Eu não devia ter dado ouvidos ao Cláudio Feitosa e participado daquele concurso, e escolhido justamente as Caixas-d'Água para representar a resistência dos nossos antepassados, por ter sido o único objeto da Madeira-Mamoré que ninguém conseguiu destruir.
Se isso não tivesse acontecido, provavelmente as Três Caixas-d'Água teriam sido vendidas ao ferro velho como pretendiam na época do desmonte da ferrovia, e o prédio estaria construído sem nenhum problema.
Por isso entendo que a culpa é minha pelo que está acontecendo, mas não me cobrem desculpas...
Vi na entrevista pela televisão que um dos interessados foi identificado com o sobrenome "Baú". Aliás, parece que a palavra Baú está predestinada a destruir as nossas tradições. Um certo Baú conseguiu mudar o nome da nossa praça Mal. Rondon para "Praça do Baú", agora outro Baú pretende esconder atrás de um prédio um pedaço da nossa história que foi transformado no símbolo maior de Porto Velho.
Fonte: Antônio Cândido
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