Segunda-feira, 21 de janeiro de 2008 - 11h55
Li seu artigo, meu caro Nelson Townes, publicado no "O Estadão" de 18.01.08, e não consigo entender como um jornalista tão conceituado e competente como você, não consegue enxergar o óbvio.
Quando afirmo o surgimento de Porto Velho em 1908, o faço com a convicção de quem pesquisou, leu e analisou documentos e "lendas", antes de assumir a responsabilidade de divulgar o resultado dessas buscas.
Os seguidores da afirmação de que Porto Velho surgiu em 1907, volto a repetir, se baseiam na afirmação de Hugo Ferreira (note bem) publicado somente em setembro de 1969, não é como diz o nobre amigo, uma lenda, já que lenda é aquilo que faz parte da tradição de um povo e é a narração escrita ou oral de um fato histórico deformado pela imaginação popular.
Ora, meu caro jornalista, ninguém antes de Hugo Ferreira transmitiu a história do 4 de julho ou prego de prata de maneira escrita ou oral. Logo, em vez de lenda, isso não passa de pura invenção, considerando que Hugo Ferreira chegou a Porto Velho somente em 1913 e não foi testemunha de tal acontecimento.
Tenho a impressão de que os defensores de Hugo Ferreira não leram o seu livro e, principalmente, o artigo "A Madeira-Mamoré e suas lendas" ou teriam visto que a carta de Antonio Borges, solicitada para comprovar a sua afirmação, na realidade não cumpre a finalidade da requisição do escritor.
Você tem toda razão quando afirma que as lendas e os mitos devem servir como principais pistas que o investigador da história deve seguir na viagem para o passado. Aproveite o que você chama de "lenda" e investigue as reminiscências de Hugo Ferreira para encontrar a verdade.
Leia, por favor, (se não possuir eu posso dar-lhe cópia) a matéria de Hugo Ferreira, releia, analise, interprete e, aí então, veja se é possível dizer se estou errado nas minhas afirmações.
Pensar é o que diferencia os homens dos outros animais; liberdade e expressão do pensamento é uma conquista inestimável. Respeito o seu ponto de vista, não pensar nos privaria de muitas coisas boas que você escreve.
Não sou dono da verdade. A minha intenção sempre foi a de provocar uma discussão (sem conflito) dos pontos divergentes da nossa história que, não há negar, tem sido escrita de maneira descuidada e, muitas vezes, com a intenção única de ganhar dinheiro.
Sinto-me satisfeito em ver as minhas opiniões contestadas por tão nobre e conceituado jornalista, isso me leva até mesmo à vaidade tola de considerar-me um historiador.
No mais, agradeço a você, Nelson, por ter lido e comentado os meus escritos e aproveito para dizer que sou seu fã.
Antônio Cândido da Silva
Fonte - Antônio Cândido da Silva
Membro da Academia de Letras de Rondônia
Membro da União Brasileira de Escritores UBE RO.
CONTATO: a.candido.silva@hotmail.com
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