Domingo, 8 de agosto de 2010 - 08h57
Antônio Cândido da Silva
Pai! Só agora, depois de já crescido,
só agora depois de já ser pai,
eu consigo encontrar-te nos caminhos
onde adulto me vejo a percorrer.
Descobri afinal o pai que foste
e o motivo de ser o pai que sou.
Hoje volto nas asas da saudade
ao tempo da criança que já fui,
para aprender contigo que o exemplo
é o mais eficaz ensinamento.
E te encontro em silêncio, pensativo,
no aconchego do dever cumprido
quando eras meu pai e meu herói.
Tomo tua mão, e volto a ser criança,
na magia da brisa matinal.
E sob o sol da manhã dominical
voltamos juntos ao caminho antigo
onde a nadar eu aprendi contigo
nas águas frias dos igarapés.
Tu me ensinaste todos os caminhos
mesmo não tendo frequentado escolas,
porque sabias que para ser pai
bastava ter o amor dentro do peito
como o mais importante mandamento
e deixar o exemplo por herança
como a mais preciosa das lições.
Hoje eu sei meu pai, que pra ser pai,
é preciso também ser sonhador
e conjugar durante toda a vida
aqueles verbos que, por coincidência,
conseguem rima com o verbo amar.
É preciso aprender a se doar
para ensinar, depois, a caminhar.
É necessário entender a vida
e que ser pai é para a vida toda
porque os filhos nunca vão crescer.
Aprendi que ser pai
é educar, vibrar, incentivar,
apoiar, sonhar, acalentar,
amparar, caminhar, renunciar
e acima de tudo perdoar.
Que o pai deve ser aquele amigo,
sempre a dizer presente o tempo inteiro,
ser a pedra angular onde a família
encontra a paz, a força, amparo e luz.
É receber depois de longa espera
contente o filho pródigo que volta.
É ser como pastor da história de Jesus.
Ser pai, depois de tudo,
é não morrer e sim virar saudade.
É morar num cantinho da lembrança,
para um dia qualquer virar histórias
que o filho contará para os seus netos
lembrando do seu tempo de criança...
À memória de meu pai ARTUR
Poesia do livro “Da janela por onde o tempo passa”
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