Sexta-feira, 13 de julho de 2012 - 08h08
Antônio Cândido da Silva
Já havia decidido a não tocar mais nessa história de “Velho Pimentel” e “4 de julho,” como data da fundação da cidade de Porto Velho. Mas, sempre existe alguém sem nenhum conhecimento e uns míseros neurônios ligados à interpretação de um texto, que vez por outra, se acha no direito de me ofender jogando a minha imagem contra a opinião pública.
Que a pessoa seja ignorante, concordo e entendo. Mas, nesse caso o colunista Zé Katraca que não sabe, sequer, que Catraca se escreve com “C,” além das deficiências citadas, também é teimoso como um jumento empacado. E lidar com alguém ignorante e teimoso nos leva a lugar nenhum, principalmente, quando esse alguém detém nas mãos o poder da mídia sem capacidade para utilizá-lo de maneira proveitosa e em benefício do povo.
O texto recomendado tão veementemente pelo jornalista, aos seus leitores, garanto-lhes, não resiste a uma análise crítica histórica. Um escreve o que o outro quer ler e os elogios são feitos sem nenhum critério, afirmando acontecimentos sem o respaldo de documentos ou a origem das citações.
Conheço apenas duas pessoas que afirmam a existência do Velho Pimentel, uma é o jornalista em questão porque “acha” essa história “romântica” e, por isso, mais verdadeira do que o fato historicamente comprovado, ligado à guerra do Paraguai que é o “Porto dos Militares”.
A segunda é outro teimoso que já ventilou a ideia de se mandar erguer um monumento em homenagem aos militares, citados por ele como “vindos do destacamento do Jamari,” quando nos diz a história que a ala de um pelotão da Guarda Nacional foi instalada em terras do Mato Grosso, a quem cabia a instalação, com o nome de “Posto Militar de Santo Antônio” e que, por várias razões, migrou para terras do Amazonas.
Mas, graças ao intrépido defensor da nossa história, finalmente, vamos ter a comprovação da sua afirmação porque ele dever ter uma foto desse velho para que possa ser feita a estátua que ele está empenhado em, iludindo os seus leitores, edificar nas barrancas do nosso Rio Madeira.
Alega o jornalista que possuo a “saga de destruidor de datas.” Ora, eu não tenho culpa (para ficar somente neste exemplo) se o seu recomendado historiador, em Porto Velho Conta a sua História. P. 81/82 escreveu que:
Pressionado pelos Estados Unidos da América e pela Inglaterra, o imperador D. Pedro II expediu o decreto-lei nº 5.024, de 15 de janeiro de 1873 através do qual permitiu aos navios mercantes de todas as nações subirem no Madeira.
Onde está o meu instinto de destruidor de datas quando digo que esta informação está errada?
Primeiramente, no tempo do Império não existia a figura do “Decreto-Lei.”
E, no caso, o Decreto nº 5024 não era do mês de Janeiro de 1873 e, sim, de 24 de julho de 1872.
Finalmente, não tem nada a ver com a navegação dos rios da Amazônia.
O Decreto “lei” que o historiador teve a intenção de citar é o Decreto nº 5204, de 25 (e não 15) de janeiro de 1873.
Depois disso gostaria que o Silvio, respondesse com sinceridade: quem é o destruidor de datas, eu ou o seu festejado historiador?
Como bom porto-velhense (sou cidadão honorário de Porto Velho) e não porto-velhaco porque não tenho o costume de enganar os outros, também faço questão de ver essas questões discutidas por pessoas que se dedicam ao estudo da nossa história, e que me seja dada a oportunidade de defender as minhas afirmações.
Eu não me arrependo do que fiz e, acredito o meu amigo Jucelis também não. Qualquer pessoa que fizer uma leitura do que tenho escrito a respeito do assunto, isenta de posição preconcebida, vai entender o que escrevo.
Estou tranquilo porque o tempo e a história me darão razão.
Muito cuidado jornalista com a bandeira que está levantando (ou ressuscitando) analise as consequências futuras do seu ato impensado, seja responsável com o poder que tem nas mãos. A imprensa é uma arma poderosa que deve ser usada com responsabilidade e competência.
Você pede uma “prancha” como prova de que existiu o Porto dos Militares, fala de relatos sem citar de quem, inventa o “Porto do Velho Lenhador” e tem a petulância de tentar diminuir os meus parcos conhecimentos.
Você nem sabe o que diz meu caro. Quando você escreve “É sabido também que uma das denominações era Porto do Velho Lenhador que fica no antigo local do Porto dos Militares,” não percebe que afirma que já existia o “Porto dos Militares” antes da suposta chegada dos lenhadores e que o local já era conhecido como “antigo Ponto dos Militares.”
Espero que Silvio Santos deixe esses assuntos para quem a eles se dedica. Depois, existem coisas mais importantes e atuais para serem pensadas e defendidas. Procurar “pranchas” ou o “machado do lenhador,” do Século passado, é tarefa para a arqueologia e, para isso, também, é necessário conhecimento e responsabilidade.
Não me lembro de lhe ter dado autorização para usar a minha imagem na sua coluna e ele sabe a besteira que fez, mas deixa pra lá... Afinal a única coisa que ele fez com competência foi a divulgação da minha beleza...
ASSASSINOS DA NOSSA HISTÓRIA - A ORIGEM
Estou escrevendo o meu sexto romance entre os meus treze livros já escritos e, “Nas terras do Até que Enfim,” retrata a ocupação do antigo Território,
Antônio Cândido da Silva. Na minha infância de menino pobre deixava meus pedidos na janela que eram feitos pra Papai Noel durante minhas noi
PORTO VELHO SETENTA ANOS DE CUMPLICIDADES
Antônio Cândido da Silva Estou a caminho de completar setenta anos que cheguei a Porto Velho, no distante ano de 1945. Vinha do Seringal Boa Hora,
CANHOTOS UNIDOS, JAMAIS SERÃO VENCIDOS!
Antônio Cândido da Silva Como estamos em tempos de igualdades, de reivindicações das minorias, de indenizações pelo que os nossos