Quarta-feira, 30 de agosto de 2017 - 15h25
Lendo nos jornais e ouvindo de empresários, lideranças e populares aqui em nossa capital sobre queimadas, resolvi escrever hoje, no finalzinho desse mês quente de agosto essas poucas linhas.para uma melhor reflexão do poder constituído.
Apesar da fiscalização recorrente, dois pontos territoriais em nosso estado se destacam de novo, pelo quarto ano consecutivo como o estado de maiores focos de queimada da Amazonia. E digamos que chovendo no molhado: essa posição no hanking não nos traz nenhum beneficio.
As duas regiões que preocupam hoje a todos são: as áreas de desmatamento para a expansão da agropecuária, sendo essas as regiões de Ponta do Abunã e Vilhena que juntas infelizmente concentram quase que a totalidade das queimadas esse ano.
Julho e agora o findo mês de agosto traduz-se como os sessenta dias mais agravantes, com relação as queimadas.
A região sul do Estado, região de Vilhena concentra a abertura de novas áreas para o plantio de soja e a queima para renovação de pastagem revelaram nesses primeiros 14 dias de julho, um número assustador de queimadas. De acordo com o Instituto Nacional de Pequisas Espaciais(INPE), mais de 40 focos de queimadas foram registrados no chamado Cone Sul de Rondônia que registra de acordo com a IDARON um rebanho expressivo de gado de corte e produção de grãos e leite.
Olhando para o outro ponto estratégico do desenvolvimento em foco no Estado: A região da Ponta do Abunã. Segundo dados também do INPE, o desmatamento ficou 40% mais limpo nos últimos dois anos, com relação às áreas de derrubada.
As queimadas registradas dão conta de como anda acelerado o desmatamento na região que ao imitar o cone sul desde o ano de 2013 vem apostando muito da expansão da criação do gado de corte e leite e também na produção de grãos, especialmente pela proximidade do complexo portuário que promete redução de despesas com as operações próprias da produção. sem intervenção dos órgãos de fiscalização de imediato.
Aguçando a nossa análise e vislumbrando as posições estratégicas para o desenvolvimento do estado de Rondônia que registrou nos 10 primeiros dias do mês de agosto 1.110 focos de incêndio ativos no estado, segundo dados do monitoramento de queimadas e incêndios do (Inpe), devemos repensar sempre no primeiro semestre de todo ano o formato dessa fiscalização e da educação continuada que precisamos providenciar para que a saúde pública e possíveis desastres rurais e urbanos deixem de ocorrer.
Parece mesmo que está ausente no planejamento dos órgãos governamentais a participação do povo em audiências públicas que possam promover uma aproximação dos que prejudicam e os prejudicados, afinal a qualidade do ar compromete a saúde e avida de todas as famílias, não apenas dos ricos ou pobres, ou dos urbanos ou rurais.
Para frisar o problema, colhi a seguinte informação que preocupa e que não está sendo debatida, mesmo com o mês de setembro esteja batendo às portas e as crianças e idosos estejam ocupando 70% dos atendimentos nas unidades públicas e privadas de saúde.
Em julho, foram confirmados 969 focos de queimadas em todo o estado.
NOTA: A capital Porto Velho tem sido um dos municípios com maior número de queimadas, tanto urbanas quanto rural. Em três dias, de 8 a 10 de agosto, a capital registrou 787 focos de incêndio, segundo dados do sistema do Núcleo de Pesquisa e Monitoramento do Ibama/Prevfogo, disponível na página oficial do Inpe. Esse sistema de monitoramento registra os focos de calor, mas não confirma a existência de todos. Em seguida vem Nova Mamoré, que foi flagrada pelo satélite de monitoramento com 456 focos de calor.
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