Segunda-feira, 21 de outubro de 2019 - 16h51
Você, caro amigo e amiga; que lê essas minhas escassas
e despretensiosas linhas sendo servidor publico, trabalhador privado, micro ou
pequeno empresário, político, empresário, artista, profissional liberal ou
aposentado seguramente já viu o grau de dificuldade que temos em lhe dar com o
universo complexo e controverso das leis, e, mui especialmente das leis
relacionadas com a malha de tributos; são federais, estaduais, municipais, de
autarquias, centros de pesquisa, DETRAN, Agências reguladoras e outras chamadas
unidades orçamentárias.
Olha só esse informação: Desde a Constituição
Federal (1988) para cá, segundo um estudo realizado no ano de 2017, pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e
Tributação (IBPT) o país já editou mais de 5,75 milhões de normas - eu aqui
já somei as normas de 2017, 2018 e desse ano, de acordo com a média apresentada
pelo referido estudo técnico.
Deus seja louvado, o pessoal é frenético neste tipo
de produção: normas.
Especificamente sobre matéria tributária, o
levantamento mostrou que, no período, o estudo foi divulgado no meio do ano de
2017 - foram editadas mais de 363
mil normas. Dessas, 31.221 são normas tributárias federais; 110.610 são
estaduais e 221.948 das cidades. Esse total representa média de 1,88 regras
tributárias por hora em um dia útil.
Eu não conheço muitos tributaristas generalistas,
dado a quantidade de material que o profissional deveria dominar para dizer que
detém o melhor aconselhamento, por exemplo, para um empresário ou um agente
público e para o bom funcionamento de sua escrituração contábil.
No meio de tantas alíquotas, tabelas, taxas, normas
federais, estaduais, municipais, sobra confusão e vendedores de inúmeras
facilidades.
Porque
facilitar a vida do contribuinte e do empreendedor parece que é proibido no
setor público, posto que este é o detentor do condão criador dessa teia de
emaranhados normativos insanos e sem fim.
Abaixo uma tabela
interessante:
Normas editadas |
Gerais |
Tributárias |
Federal |
163.129 |
31.221 |
Estadual |
1.460.985 |
110.610 |
Municipal |
3.847.866 |
221.948 |
Total |
5.471.980 |
363.779 |
Agora
uma sugestão minha que é simples, e que incomoda a muitos desde 2010 quando,
pela primeira vez, eu defendi este pensamento; foi nas reuniões do Conselho
Federal de Economia - COFECON e também em reuniões conjuntas com a Confederação Nacional das
Profissões Liberais – CNPL.
A proposta é bastante simples, o Brasil passasse a
ter apenas e tão somente os seguintes impostos:
a) Imposto sobre a industrialização -
alíquota simplificada de 7,5% para todo e qualquer produto;
b) Imposto sobre a circulação de mercadorias
- alíquota de 8,5%
c) Imposto sobre serviços de qualquer natureza
- alíquota de 5.00%
d) Imposto sobre serviços de natureza
estratégica - alíquota de 17.00%
d) Imposto sobre a comercialização no atacado
- alíquota simples de 7.5%
e) Imposto sobre a comercialização no varejo
- 7.5%
f) Imposto sobre a importação ou exportação
- alíquota de 10%
g) Imposto sobre a Renda da pessoa física -
alíquota de 15% para rendimentos mensais superiores a 04 (quatro) pisos
nacionais de salário e sem deduções e sem calendário de devolução
h) Imposto sobre o Lucro da pessoa jurídica
- alíquota simplificada de 11% para empresas de receita anual bruta superior
a R$ 1,35 milhões de Reais
i) Imposto sobre a produção intelectual agregada
na forma de variação cultural, esportiva, artística ou tecnológica –
Alíquota de 17%
Certamente que revogando esse emaranhado atual e
substituindo por apenas 10 (dez) impostos com suas alíquotas simples e
transparentes, em apenas 24 meses a nação sai desse fosso negro de sonegação e
de vendas subliminares de facilidades que oneram o setor produtivo e que,
muitas vezes causam processos judiciais demorados e onerosos, os quais reduzem
a propensão a cultura do empreendedorismo e a elevação do emprego e da renda
das famílias brasileiras.
Mas, cá entre nós, quem dos operadores políticos,
juristas, empresários e até mesmo os tributaristas, desejam realmente que as
coisas se tornem mais simples e mais transparentes?
Enquanto não sabemos, ou não recebemos uma resposta
ao questionamento: Deus Salve o Brasil.
Graça e Paz.
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