Sexta-feira, 27 de junho de 2014 - 14h20
Amanhã será o quarto jogo da seleção brasileira, partida em que nossos irmãos enfrentam o Chile, vizinho de América do Sul e primos de colonização. Curioso como a cultura popular sobressai com os sentimentos previsíveis do senso comum em relação a placar. Pergunto a todos os amigos desde ontem sobre placares e sempre são positivos ao Brasil, sempre com dois ou três gols de diferença a maior, claro. Parece que com a economia em ano de eleição e copa nossas autoridades em Brasilia acompanham o senso comum e deixam mesmo para "a mão invisível" do mercado a solução de problemas que são de ordem interna. Estamos fechando o semestre com indicadores pouco satisfatórios para o desempenho da economia e parece mesmo que a cúpula do poder apenas vislumbra composições, conchavos e o processo eleitoral que se aproxima - cuidemos de nós, primeiro. Os incentivos fiscais, os projetos de leis que se arrastam no Congresso, matérias importantes como a construção de ferrovias, oleodutos, gasodutos e reconstrução de cidades inundadas ficarão para depois do recesso parlamentar, nesse ínterim, bom para a classe política e para as viagens, curiosamente será quando a copa do mundo caminhará para seu desfecho. Parece mesmo que os bons ventos sempre são favoráveis a quem mais tem. enquanto isso, o restante da América, os asiáticos e a Europa combinam como resolver os seus problemas de caixa e o mercado se prepara para 2015. De quatro em quatro anos vemos o mais do mesmo. Eleições, copa, carnaval, feriados, mais do mesmo. Seria muita sorte se houvessem mudanças politicas e fiscais que ajustassem nosso calendário nacional para que as disputas eleitorais fossem gerais de cinco em cinco anos e que os tributos caíssem pela metade, dando vazão ao espírito da produção e da produtividade, latentes no povo brasileiro desde as capitanias hereditárias, mas que a cúpula do poder sempre nega às camadas sociais que idealizam e promovem o progresso. Dia desses vi no facebook que por aqui, no Brasil, temos a competência de separar a ordem do progresso e parece que a ordem (classe politica que tem o poder) e o progresso (o cidadão) pensam muitas vezes diametralmente opostos aos interesses de um programa de nação e de Estado. Consolida-se a cada quatro anos o pensamento de varejo e imediatismo em detrimento de programas decenais de desenvolvimento. Pare bem da verdade, esse sistema de pensamento é antigo, mas consolidou-se como prática e se instalou no governo central desde meados do exercício de 2002. Sob essa perspectiva, cabe-nos aguardar o inicio desse próspero semestre para conferir os resultados do PIB e dos nossos indicadores sociais em ano de copa e de eleição. Pensamento positivo e muita figa.
Francisco Aroldo Vasconcelos de Oliveira
Gerente de Fomento ao 3º Setor
Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos - S.E.A.E
Governo do Estado de Rondônia
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