No inicio desta semana, o fato de o presidente da República ter declarado que faria veto nos valores relacionados com o orçamento deliberado pelos parlamentares federais para seus partidos interessados nas campanhas de 2020, fez o milagre da economia de mais de 1,8 bilhões de reais sumirem das propostas e das discussões nas bocas dos referidos congressistas; mais uma vez nota-se que em temas de interesses da classe politica, o Congresso brasileiro é quase uníssono.
Mas o que me deixa pasmo é que a sociedade civil, movimentos sociais, sindicados, associações de magistrados, MP, clubes de vereadores, cooperativas, trabalhadores, universidades e outros possíveis núcleos coletivos que também representam a sociedade: calam desde 2018 sobre este assunto.
Gente, minha doce e amada gente, são bilhões de reais de arrecadação que são transferidos automaticamente para as contas de 32 organizações que não prestam as devidas contas.
São dinheiros suados de todos os brasileiros e que, assim como nas contas de gestores públicos da União, Estados e municípios deveriam ser auditadas anualmente e cobrados os devidos resultados.
Particularmente eu acredito que não deveria haver patrocínio público para interesses privados de luta e competição pelo poder.
Uma coisa muito interessante seria que o Brasil todo pudesse acordar para a seguinte discussão: os dinheiros que são colocados para ações de saúde complementar, educação complementar, atividades esportivas, politicas públicas alternativas e complementares, entre outras no meio social, dirigidas pelas organizações do terceiro setor são dificultadas por uma estrutura governista que deixa à beira do ataque dos nervos os dirigentes de toda a sorte de associações, fundações privadas e institutos no meio urbano e no meio rural.
Tudo é complicado para o terceiro setor receber os parcos recursos públicos para realizar suas ações que, em muito complementa as politicas públicas obrigatórias.
Coisas de governo e de uma cultura estatizante arraigada em milhares de servidores públicos, aqueles temporários e os chamados concursados.
Agora para os partidos políticos (e são muitos) a coisa parece ser mais fácil.
Possivelmente, e eu estou dizendo... possivelmente os recursos repassados do erário para os partidos são destinados para as ações apenas de manutenção de inúmeros escritórios políticos e também para os gastos de campanhas que são concentrados atualmente no segundo semestre.
Recursos públicos para pouca efetividade, diga-se de passagem e destinados para poucos.
Basta verificar com muita atenção as regras criadas para as repartições milionárias.
É preciso rever isso também.
URGENTE.
Todo mundo que conhece de orçamento público fala o mantra de que o cobertor é curto para tanto corpo, de fato.
O Estado precisa reduzir este corpo.
A boa dica é mesmo cortar este e outros cem números de privilégios que vemos nos três poderes.
Abraços a todos.
Boas reflexões.
Graça e Paz.
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)