Em favor de mais de 30 mil produtores rurais, as organizações associativas, sindicatos, empreendedores rurais e a Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia iniciam na semana que vem em Vilhena e findam em Porto Velho uma semana de discussões e debate nas cidades do eixo da BR 364 um movimento chamado GRITO DA PECUARIA 2016 para forçar os frigoríficos a negociarem uma elevação no preço atual da arroba do boi.
Isto se dá porque desde meados de 2015 observa-se na serie histórica do preço desse item da agropecuária que gera receitas bilionárias e emprega mais de 20 mil profissionais e produtores rurais em toda a Rondônia.
Aparentemente apenas AC e RO estão com os preços abaixo da média da inflação dos últimos 12 (doze) meses, pois ao observarmos a mesma série histórica do produto nos estados do PA, MT, MS. GO, SP e MG observamos que existem elevações minimas, mas configuram correção da inflação e até 9,45% acima, configurando uma proteção para Minas e São Paulo em detrimento de outros mercados produtores.
Rondônia e Acre estão na lanterna dos preços no momento em que o pecuarista vende seu produto ao abatedouro ou frigorifico. O mais curioso da observação econômica na métrica dos dados registrados mês a mês durante o ano de 2015 é que para RO os preços praticamente estagnaram, sendo importante revelar que os preços da arroba em dezembro passado eram de R$ 120,00 - o mesmo preço de outubro de 2014.
Incompreensível isso, pois a carne de Rondônia já é afamada desde 2008 como a melhor carne da amazônia e os insumos e os custos de produção, como todos sabem, aqui por essas paragens não são baixos, somemos a isso um fator de correção da inflação de 15 meses e teremos uma conta simples.
O preço da arroba do boi em RO jamais deveria ter iniciado o ano de 2016 menor que R$ 132,30.
Antes do natal as autoridades governamentais receberam do movimento organizado uma CARTA DO PECUARISTA discorrendo o problema e exigindo soluções, dentre as nove sugestões expressas no teor da carta que obteve assinaturas de produtores responsáveis como Adelio Barofaldi, Homero Cambraia, Mario Gonçalves, Adelino Folador, Helio Dias, Mauro de Carvalho, Eliseu Fernandes e Wesley Villaça, dentre outros.
É importante que os pecuaristas, agricultores e produtores rurais possam somam suas forças para que o minimo do preço justo possa ser pago pelos frigoríficos que não devem usar nosso povo e nosso capital empreendedor rural como manobra para regulação de preços; pior não devem e não podem usar um mercado pujante como o nosso para proteger os preços em outras paragens.
Fevereiro promete bons resultados.
FRANCISCO AROLDO VASCONCELOS DE OLIVEIRA
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)