Inversão de valores, mal uso das instituições e caos democrático.
Por Francisco Aroldo, Economista.
Hoje definitivamente é o ultimo dia do primeiro mês deste ano histórico de 2018, calma, não é o William Bonner, é o seu articulista do Gente de Opinião que mais uma vez busca promover uma discussão hipotética com os leitores dessas escassas linhas.
Não quero me deter em pontos negativos ou mergulhar no farto material que ronda os nossos computadores e as midias sociais desde meados de 2014, ano da ultima eleição presidencial no Brasil; quero apenas mais uma vez colidir pensamentos gerais sobre a anacrônica torre de babel em que está se transformando nesse ínterim a nossa nação.
Eu mesmo em breve estarei no rol dos cinquentões e em razão disso vivi os anos 70, 80 e 90 como criança, adolescente, estudante, profissional e algumas vezes já nessa primeira década do terceiro milênio, como pesquisador, administrador, técnico e professor. Viajei por todo o Brasil, coordenei projetos, programas e empreendimentos e em razão de trabalho angariei amigos e amigas em quase todas as capitais com os quais mantenho contato e diálogo profícuo.
O Brasil anda mergulhado em muita escuridão.
As pessoas digladiam por ideologia, partidos, times, bônus, promoção, dinheiro, religião, pensamentos filosóficos e pelos sistemas de produção.
Este meu é o melhor, aquele dela ou dele não funciona, é enganação é fraude é comunista, ou é capitalista - são os gritos e os escritos que temos visto.
Uma sodoma; uma babel; uma tristeza.
Que legado esses primeiros vinte anos do terceiro milênio será realmente deixado para os nossos filhos e netos - essa é uma questão importante.
Os argumentos de A e de B fazem uma profusão, uma confusão.
Isso está afetando muito as relações humanas, familiares, empresariais, de trabalho, de renda e de vida.
Uma sociedade sem conceitos formais, sem norte institucional, com pessoas de todas as matizes em posições de poder social, publico e privado (econômico) fazendo e dizendo e divulgando e tudo o mais, sem freios, sem rumo, sem ética e ao sabor das vaidades e das "oportunidades" - oportunistas.
Enquanto tudo isso acontece o mal assola, violência contra tudo e contra todos: pais e mães, crianças, adolescentes, crentes e pagãos, pretos e brancos, hétero e homo, bem e mal se misturam - um liquidificador social que não deverá produzir bons resultados.
Uma sociedade prescinde de lideres com visão de coletivo, de nação, de estado e não de famílias, times, grupos ou partidos ou ainda de igrejas.
O Brasil passa fome de projetos e programas regionais e nacionais.
Está á míngua e naturalmente à bancarrota moral.
Sem vislumbrar luz no fim do túnel é importante, vital, parar tudo.
Observar, reduzir a marcha viral e buscar no dialogo um projeto coletivo - unir forças e dar um basta nas injustiças - procurar nas coisas simples do dia a dia um novo pacto social para salvaguardar nossos netos que precisarão (futuro) de trabalho, oportunidades e renda para continuar o sonho dos nossos pioneiros e da República.
Vamos resgatar valores e conduta de liderar para o bem do coletivo e não estou falando de socialismo e nem de comunismo.
Falo de gente com moral, conduta, pensamento em Brasil com olhos para 2030 e 2040.
Onde andam esses seres humanos, esses brasileiros estão fazendo falta.
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)