Domingo, 4 de dezembro de 2016 - 18h02
Para os estados brasileiros a regra legal do planejamento orçamentário determina que até o final desse mês as assembleias legislativas possam analisar e aprovar a proposta do poder executivo e em seguida à sanção dos governadores, a peça elaborada com as previsões de receitas e despesas sejam publicadas na imprensa oficial para que surja a LOA - Lei do orçamento anual, com vigor a partir do primeiro dia útil de janeiro.
Ora, muito do planejamento e da visão de futuro dos governantes fica impresso na composição e na distribuição dos valores destinados às diversas unidades orçamentárias que compõem o pleno funcionamento da máquina estatal na sua LOA.
Mas também há nos elementos previstos e registrados no emaranhado de códigos e descrições de planos, ações e atividades o futuro de todos de determinado território geográfico, os estados e suas relações comerciais com os vizinhos e o chamado resto do mundo.
Previsões de investimento em setores estratégicos como a saúde e a educação, a segurança e a infraestrutura urbana e rural são de responsabilidade partilhada com os municípios que devem certamente elaborar as suas propostas locais de olho no que está previsto pelo governante maior, seja na União ou no estado onde o município pertence.
O planejamento orçamentário de um estado é certamente complexo, mas existem definições de investimento fáceis de verificar, como no caso de determinadas unidades orçamentárias onde com pouco o motor funciona e gera multiplicação de riqueza - dependendo, lógico de sua vocação.
Esse é o caso atualmente para boa parte dos estados do sul, sudeste e aqui do sul da amazônia uma realidade expressa em seis anos de históricos de produção e produtividade : o agronegócio tem salvado o da balança comercial regional e nacional e definido a robustez do PIB nesses estados de vocação agropecuária.
É esse o caso de Rondônia que carece de investimentos hoje no setor da produção rural, para que gargalos como o empobrecimento do solo seja recuperado imediatamente para continuar como
geradoras de oportunidades de riqueza.
É preciso colocar hoje os olhos em 2020.
Rondônia tem cinco pilares do agronegócio que precisam de reforço de investimentos; sendo elas : as cadeias produtivas do leite, da carne, da piscicultura, dos grãos - em especial o café e a soja e a fruticultura.
Todas carecem de melhor atenção no quesito investimento.
Apesar dos fundos específicos, a SEAGRI e a SUDER devem estar na lista das unidades que comportem recursos suficientes para o devido investimento em recuperação de áreas degradadas, melhor logística para escoar a produção e o transporte e a entrega de calcário, insumos e adubagem; além é claro de criar um programa especifico no Estado para a comercialização de produtos.
Estados como GO, MT e o MS já estão preparados para atingir mercados externos com o foco em seus principais produtos agropecuários.
As informações oficiais mostram que o PIB Rondônia 2014 representa 0,6% do PIB do Brasil e ocupa a 23º posição no ranking nacional. Na Região Norte, o valor representa 11,05 % do PIB da região, ocupando a 3ª posição ficando atrás apenas do Pará com 40,44% e Amazonas 28,13%.
O item com melhor desenvolvimento em 2014, segundo o relatório, foi a agropecuária que respondeu por 12,7% do total do valor adicionado bruto do estado e aumentou 8,5% em termos reais. Os principais produtos que contribuíram para o resultado em volume foram o cultivo de café (13,7%) e da soja (8,4%) na agricultura e a criação de bovinos (2,9%) no setor da pecuária.
Analisando esses números podemos dizer que devemos mobilizar recursos para o devido investimento no meio rural, preparando assim um cenário positivo para a chegada da nova década e para não perder na concorrência regional e nacional as posições que o agronegócio rondoniense já alcançou com muito esforço e competência desde o inicio desta década.
Investimentos em programas, projetos e ações no setor rural de Rondônia têm o condão de desdobrar rapidamente no comercio e na industria, garantindo geração de riqueza, trabalho e renda direta para mais de 40 mil famílias e tem trazido marcas de geração de mais de 7 Bilhões em negócios por ano.
É mais ou menos como na fórmula 1; temos um carro bom, piloto também, equipe nem se fala; vamos colocar pneus melhores nessa máquina e combustível aditivado para alcançar melhores posições na concorrência pela venda de alimentos, o mundo espera mais de Rondônia na próxima década, a hora é agora.
Francisco Aroldo
Economista
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