Domingo, 5 de janeiro de 2020 - 11h57
Existe aqui nesta região do
sul geográfico da Amazônia há mais de duas décadas a ideia de se retomar, entre
Porto Velho (RO) e a capital do estado do Amazonas (Manaus) a (re) construção
da estrada de quase 900 km para a re-interligação terrestre entre essas duas
importantes cidades da Amazônia brasileira.
Desde meados da década de 80 e,
mesmo após a constituição federal brasileira, muitos projetos têm sido
descritos, apontados e imaginados para o campo intelectual do conceito de
desenvolvimento sustentável; mas, de real, e pragmático, muito pouco. Vai assim
mesmo, cheio de vírgulas como tem sido a prática destes conceitos por aqui pelo
Brasil e no mundo.
Neste tema tão abrangente e deveras
reticente, há muitos impedimentos para que o Brasil realize na sua Amazônia uma
proposta simples e conceitual de assentamento humano para a produção
sustentável e para a promoção da vida de milhares de famílias.
Isto que faço por meio deste
artigo é um registro do fato real que ocorre com estas possibilidades de
promover, sem medo, algum modelo de desenvolvimento para a Amazônia, que não
seja apenas, e tão somente, “redoma-la” com argumentos
incompreensíveis e indefinidos que postergam a soberania de sua gente; isto
ocorre, no mínimo desde a eco-92 ocorrida ha quase 28 anos na cidade brasileira
do Rio de Janeiro; desde ali que se discute tecnicamente e também cientificamente
os conceitos de desenvolvimento sustentável que na verdade são propostas
pensadas por gente não brasileira que tem registro profissional nos quadros da ONU
– programas globalizantes engendrados ainda em meados da década de 80.
Existem documentos fartos que
reunidos de forma inteligente e orquestrada, compõem a conhecida Agenda 21.
Mas que na realidade prática e
não utópica, ainda não se constitui em modelos de fácil execução, talvez em
razão de tantos títulos de doutorados e de PHDs, que, com todo o respeito e a
devida deferência, na verdade simulam teoricamente teses que não são fáceis de
sair do papel.
Falta praticidade. Sobra
discussão e legislação com regras absurdas. Muitos eventos internacionais,
viagens e inúmeros tradutores elegantes no meio desse circo orquestrado.
Pensando nessas dificuldades e
nas grandes e pequenas possibilidades apresento aqui uma ideia simples e
economicamente viável e, ainda: perfeitamente factível de ser colocada na
prática da agenda de desenvolvimento do
Brasil e da Amazônia brasileira para 40.000 famílias que podem participar
de um modelo simplificado de assentamento humano em núcleos urbanos e rurais ao
longo do percurso que vai de Porto Velho até Manaus.
O projeto é bastante peculiar
e certamente que sofrerá inúmeras criticas pois trata-se de recursos públicos
nacionais e possivelmente internacionais para a construção de 08 cidades como
distritos sustentáveis que acomodaram 5.000 famílias uma parte delas em
unidades domiciliares urbana e uma parte no entorno como assentamento rural dispostos
em propriedades de 70 hectares destinados ao plantio de acordo com as
características e aplicações do solo após referidos estudos.
Se tratando de cidades
sustentáveis o núcleo Urbano além de reunir 4.000 unidades residenciais deverá
comportar um pequeno hospital e ambulatório; supermercados; farmácias; espaço
para lazer público; duas escolas e ao menos quatro praças para o convívio
social além de espaço para equipamentos públicos de práticas desportivas e espaços
religiosos para o cultivo da espiritualidade; ainda uma estação de tratamento
de esgoto e poços artesianos com o tratamento devido e a distribuição
domiciliar e também para os prédios públicos no desenho.
No entorno de cada uma das
cidades sustentáveis, ou Distritos da
Amazônia Nacional, como poderemos chamar, terão locais específicos para a
reciclagem de material residual das residências e oriundos de consumo de prédios
públicos e ainda uma quantidade de mil recortes de áreas rurais destinadas para
o assentamento de 1.000 famílias as quais se ocuparão em produzir nos 70
hectares os quais serão destinados a elas; registro que essas famílias devem
ter aptidão reconhecida para o trabalho com a terra e que serão selecionadas.
A produção agropecuária fruto
do trabalho destas famílias selecionadas nos ditos assentamentos rurais
sustentáveis serão destinadas a constituição de uma cooperativa local que fará,
em nome de todos os associados a comercialização dos seus produtos, gerando
assim a circulação de receita na cidade e a garantia de renda para todas as
famílias selecionadas e engajadas no programa.
Os recursos para a construção
da estrada no perfil adequado à região amazônica, saindo de Porto Velho até
Manaus, as pontes, a infraestrutura e a
construção das casas, dos prédios públicos e dos equipamentos comunitários das
cidades sustentáveis ocorrem com a participação da União em 90% e também com 10%
daquele valor total necessário divididos entre os Estados de Rondônia e do
Acre.
O setor comercial dos núcleos
urbanos das cidades serão objetos de edital público para que empreendedores,
preferencialmente de RO e do AM possam realizar seus investimentos.
Os gestores públicos responsáveis
pela administração local dos distritos e do seu funcionamento e sua manutenção
nos primeiros 10 anos serão indicação direta do gabinete da presidência da
república do Brasil.
Cada uma destas 08 (oito)
cidades do programa PRAHNA, modelo simplificado de assentamento humano
sustentável, receberá recursos públicos federais por intermédio da casa civil da presidência da república,
com um orçamento especial que possa garantir a viabilidade do projeto e a sua
manutenção por 05 anos como fator de incentivo as famílias que sejam destinados
por edital específico para compor os referidos assentamentos.
Os impostos arrecadados
originados pelo trânsito de mercadorias, bens e serviços e pela produção
agroindustrial e de comunicação e de serviços públicos terão uma alíquota única
de 11% para PF e PJ nos distritos circunscritos ao programa pelo período de 10 anos.
Renováveis por mais dez, a critério da presidência da República e ou por
solicitação e aprovação de 1/3 dos membros do Senado Federal.
Este programa pode se chamar
programa brasileiro de assentamentos humanos sustentáveis da Amazônia e os
recursos para a construção de cada uma dessas cidades que podem se chamar
distrito nacional da Amazônia, deve ficar em torno de 190 milhões de reais cada
posto que os padrões e sistema de construção será dentro dos princípios da
economicidade e que apenas cidadãos brasileiros residentes comprovadamente há
mais de 15 anos na Amazônia poderão participar; dentro de parâmetros de um novo
modelo de desenvolvimento sustentável e como um experimento Urbano e Rural
simbiótico e simplificado que vai gerar benefício imediato para 40.000 famílias
e para, no mínimo as populações das cidades de Porto Velho e Manaus, os custos
deste investimento federal certamente se tornam irrisório se comparado a outros
programas constante no orçamento federal.
Ainda registro que esses
valores quando comparado com valores de financiamento do BNDES, em governos
passados, para empresas nacionais gerar apenas 1.000 ou 2.000 postos de trabalho,
torna-se ínfimo. Sem falar nos valores de corrupção e desvio de dinheiros
públicos que, segundo fontes do MP e da Justiça (internet) em seus portais
institucionais, alcançam o patamar de mais de 100 bilhões de reais.
Apenas por essa ótica, o
programa PRAHNA e seus investimentos tornam-se uma estratégia de modelo prático
de desenvolvimento sustentável imbuindo a vida urbana e a rural no meio da
floresta, provando que, desde que sejam feitos os investimentos e o devido
acompanhamento dos diversos órgãos de Estado, os assentamentos humanos podem
vir a ser fator de ocupação territorial com funcionabilidades, na medida em que
haverá seleção, educação ambiental e de modo de vida integrado a floresta como
fator condicionantes à permanência dessas famílias no projeto; o que certamente
reduzira fatores de riscos e de não sucesso.
É um programa de 10 anos com
sua fase de implantação estimada em 40 meses que certamente trará benefício
superior na próxima década.
O valor estimado das obras de
infraestrutura asfáltica do trecho de Porto Velho a Manaus somado a construção
das cidades sustentáveis deve ficar em torno de R$ 2,60 bilhão o quê, na
verdade significa um pequeno investimento no futuro da Amazônia interligando
definitivamente de maneira planejada e monitorada o sul da Amazônia ao seu
centro geográfico.
Fica a proposta.
Fica o registro.
Graça e Paz.
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