Francisco Aroldo, economista.
Ontem, domingo, dia do Senhor, para todos nós do mundo cristão, especialmente para os católicos as celebrações em todo o planeta foram dirigidos para a memória da semana em que, há dois mil anos atrás, um judeu conhecido à época como Jesus, de Nazaré entrou numa manha de domingo triunfalmente na cidade de Jerusalém como o anuncio do Cristo messiânico, o Rei dos Judeus.
Esse acontecimento àquela época foi cheio de circunstâncias complexas para os homens que detinham o poder politico, social e econômico naquelas terras dominadas pelos romanos e em especial foi um evento avassalador para o sinédrio - grupo de poder social e religioso com 71 membros da fé mosaica que não entenderam e nem queriam entender a missão do Filho do Homem.
É mesmo simples e complexo o sinal de Deus pela semana santa, protagonizada por Jesus, o filho de José e de Maria.
Não são por meios óbvios e racionais que o Criador fala para as suas criaturas, senão pela linguagem do amor, da fraternidade e da misericórdia.
Essa linguagem é difícil para aqueles que detêm o poder terreno e que têm naturalmente dificuldades em praticar o desapego e a diminuição do ego e das vaidades.
Por isso o sinal maior do Filho do Homem na semana santa foi não a sua entrada triunfal no domingo onde multidões o aclamaram e ovacionaram como o Messias, o Cristo ou o Rei prometido de Israel, mas por sua ultima ceia na quinta feira, por suas orações na madrugada da sexta e por sua imolação e crucificação durante o dia daquela sexta-feira.
Mais ainda, O Cristo de Deus, o ungido, foi silencioso na suas entrevistas com seus algozes, seja com os chefes do sinédrio, seja com o rei Herodes ou mesmo com as audiências com o governador romano - ele era inocente e não tinha o que falar, as suas obras e sua pregação de três anos falavam por si.
Mas como ouvir se o seu coração está impregnado pelo poder racional e terreno, como ouvir e aceitar se sua fala é distante de suas ações, como ouvir e aceitar e entender o plano de Deus se você está mergulhado no lago das vaidades e dos compromissos imediatos e competitivos do poder pelo poder??
Apenas pela meditação, paz verdadeira e pela fraternidade pode-se alcançar essa graça de promover com as pessoas um dialogo e uma empatia.
Esse é o caminho do coração, o caminho do perdão, o caminho do amor.
Para esta semana com tantos desdobramentos em todo o mundo físico e suas preocupações, vamos procurar ouvir a voz da mensagem de Deus que continua, todo ano e em especial nessa semana, ecoando no planeta: dizendo com suavidade para todos (quem tiver bons ouvidos, que ouça) que o melhor caminho é o amor incondicional ao outro.
Apenas esse amor nos faz livres de nossas cruzes e nos aponta a real justiça e a verdadeira paz e harmonia - sejamos ouvintes e também agentes dessa paz.
Graça e Paz
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)