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Carlos Sperança

A grande revanche em Porto Velho + A disseminação do coronavírus + Verde Brasil


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A grande revanche

Nos bastidores políticos de Porto Velho é dada como certa uma grande revanche nas eleições deste ano. De um lado, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) tocando seu projeto de reeleição, de outro o deputado federal  mais votado em Rondônia na eleição de 2018, grande destaque rondoniense na bancada nacional. Um duelo de titãs, já que Hildon Chaves desbancou o favoritismo de Leo Morais na eleição passada e acredita que está em condições de conquistar a façanha mais uma vez.

Bons de gogó, competentes debatedores e igualmente barbudos, Hildon Chaves e Léo Moraes confirmando seus nomes na peleja, seguramente terão um segundo turno pela frente, caso uma nova surpresa não surja, como tem ocorrido nos últimos pleitos. Sendo assim devem contar com as principais coalizões de partidos na temporada.

Hildon Chaves vai enfrentar na peleja 2020 um Léo Moraes mais amadurecido, depois da lambada que levou do tucano em 2016. Lambeu as feridas e voltou com tudo no pleito 2018, sendo o deputado federal mais votado. Com isto ficou com as asas crescidas para um novo confronto. Acredita na união das oposições para levar a melhor na parada.

Por seu turno, o prefeito tucano, que conta com a maior aliança de partidos, começou sua administração decolando como um foguete,  depois enfrentou turbulências no caminho e já tinha dado a volta por cima quando foi surpreendido com mais um adversário, a peste do coronavírus que travou ações importantes da municipalidade. Não se sabe até que ponto o enfrentamento da doença poderá afetar seu projeto de reeleição. Seu antecessor, Mauro Nazif, enfrentou a cheia histórica de 2014 que causou uma grande crise econômica na capital e com isto acabou naufragando na reeleição.

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A disseminação

A insinuação de uma liderança empresarial de que os supermercados de Porto Velho seriam os responsáveis pela disseminação do coronavírus deixou a categoria atônita e furiosa. O segmento supermercadista é o mais movimentado durante a  pandemia, mas seus dirigentes asseguram que todos os cuidados –máscara, gel etc. - foram adotados desde o início da peste, que na verdade teve como agravante o desrespeito ao distanciamento social.

Convenções virtuais

Segue o calendário eleitoral vigente. São 33 partidos, dos mais de 70 em gestação pelo Brasil afora, em condições de disputar  as eleições municipais deste ano - que nem data definida ainda tem. Fala-se em convenções municipais a partir de 20 de julho prolongando-se até 5 de agosto. As alterações no calendário eleitoral poderão acontecer nos próximos dias em função do prolongamento da pandemia do coronavírus.

O protagonismo

O vice-presidente Hamilton Mourão assumiu o protagonismo midiático e político na Amazônia desde que a Conselhão passou da fase de planejamento à ação. Antes, a Covid-19 deu ao prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, a ponta do noticiário, que até a pandemia era cadeira cativa da Zona Franca em seus arranca-rabos com o ministro Paulo Guedes, da Economia.

Dois gumes

O protagonismo midiático é uma arma de dois gumes. Para o bem, eleva a popularidade, como aconteceu com a líder neozelandesa, Jacinda Ardern, que anunciou o fim da pandemia em seu país. Para o mal, é um túmulo de reputações. No mundo, a Amazônia reparte com a pandemia o topo das menções. Infelizmente, de forma nada positiva: o mundo deplora a devastação da floresta e os brasileiros, envergonhados, veem o país assumir o topo das mortes e dos casos da Covid-19.

Verde Brasil

Para o bem da região, cabe acompanhar o Conselhão da Amazônia e a efetividade das ações. Ficam sob observação, assim, o anúncio de criar 20 bases permanentes na região e a continuidade da Operação Verde Brasil até “debelar totalmente as ilegalidades ambientais, em termos de desmatamento, queimadas, venda de madeira e garimpos clandestinos”, nas palavras do próprio Mourão. Ele supôs, justificado pelos fatos, que só ações de repressão não bastam.

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Via Direta

*** Em Rondônia a explosão do coronavírus impressiona em alguns municípios. São os casos de São Miguel do Guaporé, Guajará Mirim e a cidade satélite de Candeias do Jamari, que funciona como cidade dormitório de Porto Velho *** Alguns casos de eficiência também aconteceram, como Machadinho do Oeste que conta  com a mesma população de Buritis e tem a metade dos casos *** Já, Porto Velho é o legitimo caso de mal exemplo e de incompetência  da falta de isolamento social no combate a doença com seu divisionismo. Cidades do mesmo porte Brasil afora tem a incidência bem mais reduzida*** E é na área da saúde, desde as esferas municipais até as federais onde ocorre os grandes golpes assacados contra o erário *** Por conta disto já existem governadores “impinchados” pelos desvios e tantos outros já estão de barba de molho.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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