Terça-feira, 16 de junho de 2020 - 10h46
A grande
revanche
Nos bastidores políticos de Porto Velho é dada
como certa uma grande revanche nas eleições deste ano. De um lado, o prefeito Hildon
Chaves (PSDB) tocando seu projeto de reeleição, de outro o deputado federal mais votado em Rondônia na eleição de 2018,
grande destaque rondoniense na bancada nacional. Um duelo de titãs, já que Hildon
Chaves desbancou o favoritismo de Leo Morais na eleição passada e acredita que
está em condições de conquistar a façanha mais uma vez.
Bons de gogó, competentes debatedores e
igualmente barbudos, Hildon Chaves e Léo Moraes confirmando seus nomes na
peleja, seguramente terão um segundo turno pela frente, caso uma nova surpresa
não surja, como tem ocorrido nos últimos pleitos. Sendo assim devem contar com
as principais coalizões de partidos na temporada.
Hildon Chaves vai enfrentar na peleja 2020 um Léo Moraes mais amadurecido, depois da lambada que levou do tucano em 2016.
Lambeu as feridas e voltou com tudo no pleito 2018, sendo o deputado federal
mais votado. Com isto ficou com as asas crescidas para um novo confronto.
Acredita na união das oposições para levar a melhor na parada.
Por seu turno, o prefeito tucano, que conta com
a maior aliança de partidos, começou sua administração decolando como um
foguete, depois enfrentou turbulências no
caminho e já tinha dado a volta por cima quando foi surpreendido com mais um
adversário, a peste do coronavírus que travou ações importantes da municipalidade.
Não se sabe até que ponto o enfrentamento da doença poderá afetar seu projeto
de reeleição. Seu antecessor, Mauro Nazif, enfrentou a cheia histórica de 2014
que causou uma grande crise econômica na capital e com isto acabou naufragando
na reeleição.
A insinuação de uma liderança empresarial de
que os supermercados de Porto Velho seriam os responsáveis pela disseminação do
coronavírus deixou a categoria atônita e furiosa. O segmento supermercadista é
o mais movimentado durante a pandemia,
mas seus dirigentes asseguram que todos os cuidados –máscara, gel etc. - foram
adotados desde o início da peste, que na verdade teve como agravante o desrespeito
ao distanciamento social.
Segue o calendário eleitoral vigente. São 33 partidos,
dos mais de 70 em gestação pelo Brasil afora, em condições de disputar as eleições municipais deste ano - que nem
data definida ainda tem. Fala-se em convenções municipais a partir de 20 de
julho prolongando-se até 5 de agosto. As alterações no calendário eleitoral
poderão acontecer nos próximos dias em função do prolongamento da pandemia do coronavírus.
O
vice-presidente Hamilton Mourão assumiu o protagonismo midiático e político na
Amazônia desde que a Conselhão passou da fase de planejamento à ação. Antes, a
Covid-19 deu ao prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, a ponta do noticiário, que
até a pandemia era cadeira cativa da Zona Franca em seus arranca-rabos com o
ministro Paulo Guedes, da Economia.
Dois gumes
O
protagonismo midiático é uma arma de dois gumes. Para o bem, eleva a
popularidade, como aconteceu com a líder neozelandesa, Jacinda Ardern, que
anunciou o fim da pandemia em seu país. Para o mal, é um túmulo de reputações.
No mundo, a Amazônia reparte com a pandemia o topo das menções. Infelizmente,
de forma nada positiva: o mundo deplora a devastação da floresta e os
brasileiros, envergonhados, veem o país assumir o topo das mortes e dos casos
da Covid-19.
Verde Brasil
Para
o bem da região, cabe acompanhar o Conselhão da Amazônia e a efetividade das
ações. Ficam sob observação, assim, o anúncio de criar 20 bases permanentes na
região e a continuidade da Operação Verde Brasil até “debelar totalmente as ilegalidades
ambientais, em termos de desmatamento, queimadas, venda de madeira e garimpos
clandestinos”, nas palavras do próprio Mourão. Ele supôs, justificado pelos
fatos, que só ações de repressão não bastam.
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Via Direta
*** Em Rondônia a explosão do coronavírus impressiona em alguns municípios. São os casos de São Miguel do Guaporé, Guajará
Mirim e a cidade satélite de Candeias do Jamari, que funciona como cidade
dormitório de Porto Velho *** Alguns casos de eficiência também aconteceram, como
Machadinho do Oeste que conta com a
mesma população de Buritis e tem a metade dos casos *** Já, Porto Velho é o legitimo caso de mal exemplo e de incompetência
da falta de isolamento social no combate
a doença com seu divisionismo. Cidades do mesmo porte Brasil afora tem a
incidência bem mais reduzida*** E é na área da saúde, desde as esferas
municipais até as federais onde ocorre os grandes golpes assacados contra o
erário *** Por conta disto já existem
governadores “impinchados” pelos desvios e tantos outros já estão de barba de
molho.
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