Quinta-feira, 23 de abril de 2020 - 14h07
Até
as mais incríveis dentre as inúmeras lendas amazônicas precisam ser alvo da
investigação paciente dos cientistas. Os antigos relatos dos índios sobre
serpentes enormes pareciam aos europeus excesso de imaginação dos nativos, mas
ainda hoje elas são achadas. É certo que pesquisadores competentes e dedicados,
como o coronel Percy Fawcett, desapareceram na busca do El Dorado, a cidade de
ouro, mas outros que não tiveram sucesso documentaram informações úteis para
futuras explorações.
O mais
recente caso do gênero é o do geólogo peruano Andrés Ruzo. Ele saiu da América
do Sul para estudar nos EUA mas a América do Sul não saiu dele. Tanto que
retornou para buscar o “rio de fogo”, lenda inca narrada pelo avô Daniel. Ao
contrário de Fawcett e de outros que só documentaram fracassos e dúvidas, Ruzo
voltou anunciando a descoberta do rio Shanay-timpishka (fervido com o calor do sol,
na língua indígena) no livro O Rio
Fervilhante: Aventuras e descobertas na Amazônia.
O
cientista foi ajudado por uma tia brasileira, Margarida Gonçalves, a Guida, gaúcha que trabalha com povos
amazônicos e ouviu de um xamã que o tal rio existia. A surpreendente Amazônia,
mais uma vez, provou que para uma lenda virar realidade basta apostar na ciência
e ouvir o que o povo, Tia Guida e os xamãs inclusos, têm a dizer. Desse esforço
virão riquezas ainda desconhecidas que poderão fazer muita diferença.
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As invasões
O
arcebispo metropolitano de Porto Velho D. Roque Paloschi e o Conselho Indígenista
Missionário-Cimi denunciaram as seguidas invasões de grileiros, garimpeiros e
madeireiros nas áreas indígenas de Rondônia. As comunidades dos Euro-Eu-Au-Au
no Vale do Jamari e dos Karipunas próximos a capital rondoniense tem sido alvo
da espoliação e da violência com muitas lideranças indígenas que já foram assassinadas
nos últimos anos.
Terras demarcadas
Em
pronunciamento firme, o arcebispo de Porto Velho ainda cobra providências das autoridades
estaduais e federais lembrando que as terras recentemente invadidas em solo
rondoniense eram já demarcadas, com todos os direitos adquiridos pelos indígenas
e reclamou que a gestão do presidente Jair Bolsonaro estimula as invasões em toda Amazônia não respeitando
o direito das tribos que vem sendo dizimadas através dos tempos.
Mais recursos
Os
pequenos e micros comerciantes aguardam com ansiedade a liberação de recursos
da Caixa Econômica Federal e do Sebrae na ordem de R$ 7,5 bilhões para
recomposição do capital de giro e reativação das atividades comerciais. As
pequenas e microempresas geram milhões de empregos no País e podem refrear a
recessão que já atinge milhões de desempregados. É uma opção para os camelôs
jogados ao vento e já sem renda.
Virando a casaca
Revendo
meus arquivos lembro a maior traíragem da política de todos os tempos na era de
Rondônia estado. Foi na eleição de 82, quando o estrategista do governador Teixeirão
José Renato da Frota Uchoa, que já tinha conseguido atrair do MDB o médico Claudionor
Roriz de Ji-Paraná para disputar o Senado pelo PDS, obteve uma grande virada em
Vilhena. Arrematou todo o grupo político emedebista liderado por Paulo Marzola,
considerado até hoje um dos maiores vira-casaca da política rondoniense.
As manobras
Com
as manobras regionais bem articuladas pelo secretário de Planejamento do estado,
José Renato e mais a firme liderança de Teixeirão, cujo governo tinha baita aprovação dos rondonienses e recursos a
rôdo do governo federal, o PSD fez farofa do MDB do deputado federal Jerônimo
Garcia de Santana em 82, que naquela eleição era candidato ao Senado da Republica
contra Odacir Soares, Claudionor Roriz e Galvão Modesto. Teixeirão e Uchoa fizeram
barba, cabelo e bigode naquele pleito.
Via Direta
***Muitos shoppings centers e galerias
comerciais estão espichando o bico nas capitais brasileiras. Em Porto Velho são
tantas salas já fechadas, ceifando centenas de empregos *** Deputado atuante,
Eyder Brasil não tem se afastado das atividades políticas. Segue projeto de ser
o candidato a prefeito do PSL enquanto curte o nascimento do seu filho com a
carnavalesca Ciça Manelão *** Os jovens
estão fazendo as suas festas agora em chácaras e fazendas para não serem flagrados
pelas autoridades sanitárias que fiscalizam as restrições de aglomeração para o
coronavirus *** Os donos dos restaurantes
da capital rondoniense estão se acostumando a vender com entregas a
domicílio e assim reduziram o número de funcionários*** O comércio lojista ainda fechado, segue demitindo nas lojas de
calcados confecções *** Os partidos políticos também estão em recessão. Nem
os diretórios municipais e regionais estão abertos para atendimento.
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