Sexta-feira, 17 de março de 2017 - 23h33
A marcha das alianças
Com as primeiras pesquisas nas mãos, os caciques políticos abriram os entendimentos na semana passada para as eleições do ano que vem quando serão escolhidos deputados estaduais, federais, dois senadores, governador e vice, presidente da Republica e vice, etc. Por enquanto ninguém assume compromisso com ninguém, mas as conversações estão andando e o PMDB, por exemplo, sinalizou aos aliados PSB e PDT a disposição de manter a aliança para 2018.
No caso da aliança governista existe uma equação a ser resolvida. Juntos, PDT e PSB têm um candidato ao governo (Acir Gurgacz-PDT) e um candidato ao Senado (Jesualdo Pires-PSB). Já, o PMDB tem um candidato ao governo (Maurão de Carvalho) e dois possíveis candidatos ao Senado, Valdir Raupp e Confúcio Moura. Para acertar a coalizão, um dos dois candidatos ao governo teria que abdicar da candidatura assim como um dos três candidatos ao Senado teria que pular fora do barco
Não me parece que alguém esteja disposto a desistir de seus projetos para o ano que vem. Por isso acredito que os mais debilitados nas pesquisas pagarão o pato...
Na Mira do Povo
O senador Valdir Raupp, concedeu entrevista ao jornalista Everaldo Fogaça, no programa Na Mira do Povo, enfocando dois assuntos delicados que bombaram durante a semana. 1- A acusação do presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata, de que a sua esposa Marinha Raupp estava prejudicando o projeto do Hospital de Câncer da Amazônia. 2- O envolvimento do senador na Operação Lava jato.
Na questão relacionada à deputada federal, o senador esclareceu que foi um mal entendido envolvendo o dirigente da Fundação Pio XII com sua esposa Marinha e que agora tudo esta resolvido. Na verdade quem sabota o Hospital de Câncer é o secretário da Saúde Willians Pimentel, o mesmo que esta emperrando as obras do hospital de Ariquemes.
No que diz respeito a sua participação da Lava Jato, Raupp repetiu o de sempre, que a doação recebida é legal, e não vê porque se preocupar com seu projeto de reeleição, lembrando que recentemente esteve em Cacoal discursou no palanque durante solenidade e não foi molestado com vaias como todo mundo esperava.
Foro privilegiado
O Congresso Nacional, durante a semana, deu uma demonstração clara que aprova o fim do foro privilegiado, com 41 senadores assinando requerimento para que a mesa diretora inclua o texto da pauta de votações e determine as datas para análise da PEC que acaba com as regalias. A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça em novembro do ano passado e para ir a votação em plenário precisa ser incluída na pauta pelo presidente Eunício de Oliveira em acordo com os lideres partidários.
A PEC, que é de autoria do senador Álvaro Dias (PV-PR) e extingue o foro privilegiado de autoridades – presidente da República, senadores e deputados entre outros – cometerem os chamados crimes comuns, como por exemplo, roubo e corrupção.
Atualmente o foro privilegiado prevê a essas autoridades o direito de serem processadas apenas pelo Supremo Tribunal Federal. No caso dos governadores, por exemplo, os processos ficam a critério do Superior Tribunal de Justiça (STF).
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