Sábado, 5 de novembro de 2016 - 07h13
Muitos chegaram a se espantar com a rápida aproximação do prefeito eleito Hildon Chaves (PSDB) com o governador Confúcio Moura (PMDB) aliado de adversários. Mas foi justamente assim que o então prefeito Chiquilito Erse (PDT) teve sucesso na sua gestão, na década de 80, ao buscar logo que eleito parceria com o rival, o então governador Jerônimo Santana.
No mais, a necessidade faz o sapo pular. O amadurecimento das lideranças políticas na celebração de parcerias só vai beneficiar a capital tão carente de infraestrutura e tanto num lado como noutro lado existe a questão da sobrevivência política. Confúcio é um provável candidato ao Senado em 2018, Hildon Chaves, entusiasmado com o início da carreira, antevê grandes saltos no futuro.
A grande expectativa desta parceria é a continuidade do projeto multieventos na região do aeroclube. Confúcio e Chaves querem ressuscitar o projeto, onde serão construídos o centro de convenções, estádio, o espaço das exposições agropecuárias. Se é assim, pois então que pulem cirandinha!
A progressão de pena
O deputado Júlio Campos (PRB-GO), relator geral da Comissão Especial que analisa o projeto de reforma do Código de Processo Penal, defende mais rigor na progressão de pena e concessão de indulto e perdão aos presos. Ele entende que a Lei de Execuções Penais apresenta fragilidades que dificultam a permanência na prisão de autores de crimes graves.O deputado Júlio Campos (PRB-GO), relator geral da Comissão Especial que analisa o projeto de reforma do Código de Processo Penal, defende mais rigor na progressão de pena e concessão de indulto e perdão aos presos. Ele entende que a Lei de Execuções Penais apresenta fragilidades que dificultam a permanência na prisão de autores de crimes graves.Para o relator, já é difícil condenar o bandido no Brasil. E depois que o condena a lei traz tanta generosidade que o detento não fica preso. Ele citou como exemplo a progressão de regime e a concessão de indulto, de perdão e outros benefícios pós-condenação. Atualmente, para o crime hediondo, basta cumprir 1/6 da pena. Um homicídio simples tem pena de 12 anos, mas se estiver estudando dentro do presídio, ele ainda conta com o instituto da remissão de pena e com tudo isso vai ficar preso apenas um ano e meio.O deputado ainda é autor da proposta que aumenta o tempo de cumprimento de penas privativas de liberdade e o prazo para concessão de livramento e para a progressão do regime de cumprimento de pena.
Situação alarmante
Aumentar o efetivo de policiais, ampliar os investimentos em equipamentos de segurança pública e bloquear o sinal de celulares nos presídios, de onde sai a maioria das decisões de assaltos em Rondônia, são algumas medidas propostas pelo sindicato dos delegados para reduzir a incidência alarmante da criminalidade no Estado. Conforme a entidade, que recentemente publicou um levantamento sobre a situação, o registro de assaltos cresceu em todo o Estado, e em alguns municípios atingiu o espantoso índice de 500%.
O documento elaborado pela entidade que congrega os delegados de polícia, e que sintetiza a triste situação da segurança pública em Rondônia, registra alguns municípios mais penalizados nas ocorrências, como são os casos de Porto Velho, Ariquemes, Cacoal e Rolim de Moura.
E se a situação nas cidades não é boa – e tudo é agravado pelo tráfico de drogas – na zona rural a violência tem sido intensa, tanto pelos conflitos fundiários quanto pelo roubo de gado e de equipamentos agrícolas em sítios e fazendas. Até quando Rondônia?
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