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Carlos Sperança

A obra da ponte não mobiliza a classe política de Rondônia + O apocalipse climático + Sem dificuldades pra Rocha


A obra da ponte não mobiliza a classe política de Rondônia + O apocalipse climático + Sem dificuldades pra Rocha - Gente de Opinião

O apocalipse climático

Prevista inicialmente para se realizar no Brasil, a 25ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP25) foi em seguida enxotada para o Chile, de onde também acabou afugentada, até encontrar refúgio na Espanha.

A Conferência foi expulsa da América por uma crise causada pelo desprezo às políticas de Estado, avariadas pelas manias e preferências pessoais dos governantes, parentes e aderentes. Evo Morales reconheceu não ter sido capaz de atender às aspirações da classe média ascendente, que silencia e confia por longo tempo, mas quando explode costuma pôr abaixo o que encontra.

Não só a COP25 deveria estar se realizando no Brasil, onde há menos tumultos que na própria Espanha atualmente, mas o mundo deveria estar de joelhos diante do Brasil, vertendo lágrimas de gratidão e abrindo generosamente seus cofres para reforçar os recursos destinados a salvar a humanidade do Apocalipse climático.

Por incapacidade dos líderes brasileiros de sentir a importância do evento como ímã para investimentos no país, o que se vê hoje não é o mundo de joelhos diante do Brasil em agradecimento: é o Brasil de joelhos, tentando mendigar recursos que antes desprezou. Ainda há tempo de salvar o mundo, mas é preciso autocrítica e ação positiva. Prender bandidos reais sem fantasiar sobre vilões imaginários.

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A sonhada ponte

Não será ainda neste Natal, como foi anunciado pelo Dnitt durante o ano, a inauguração da ponte sobre o Rio Madeira na Ponta do Abunã. A coisa vai longe ainda. Faltam recursos na ordem de R$ 23 milhões para a conclusão. Mais interessada na obra do que Rondônia esta todo o estado do Acre mobilizado para obter os recursos: governo estadual, Assembléia Legislativa, Bancada Federal e entidades representativas estão na peleja.

 

Em Rondônia

Mesmo localizada em Rondônia, a obra da ponte não mobiliza a classe política local. Não se vê manifestação do governador Marcos Rocha (PSL), prefeito Hildon Chaves (PSDB) Assembléia Legislativa e bancada federal visando à conclusão. Por este motivo os acreanos terão mais méritos neste emprendimento do que os representantes rondonienses. A necessidade faz o sapo pular e a ponte é mais útil para nosso vizinho.


Sem dificuldades

Pulando cirandinha com a Assembléia Legislativa, o governador Marcos Rocha (PSL) não teve dificuldades para aprovar o orçamento 2020, fixado em aproximadamente R$ 8,6 bilhões. Trabalhou bem na articulação política, na liberação de emendas e já se mostra um gestor mais experiente no trato com as raposas. Encerra seu primeiro ano de governo com louvor no campo político, pois conseguiu domesticar um verdadeiro serpentário.


Inverno ajuda

Com um inverno amazônico (nossa estação das chuvas) ainda incipiente o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) segue um ritmo forte de ações de limpeza, desobstrução dos canais, pavimentação, encascalhamento, reformas de escolas, creches e recuperação de estradas vicinais. Um inverno atípico conspira a favor do prefeito, tão judiado nos períodos por causa das alagações que tornam a capital rondoniense num imenso igapó.


A mobilização

O deputado federal Mauro Nazif (PSB) é o pré-candidato mais mobilizado para a disputa da prefeitura de Porto Velho e seu ânimo esta redobrado com a possibilidade do deputado federal Leo Moraes (Podemos) desistir da empreitada. Nos finais de semana atende centenas de aliados no Diretório do PSB na capital e sua atuação tem sido destacada no Congresso Nacional. Uma candidatura encorpando de novo numa coalizão de nove partidos.


Via Direta

*** Em dezembro, dia sim e dia não, tivemos operações da Polícia Federal em Rondônia para desbaratar organizações criminosas. É coisa de louco *** Desta vez até a fantasmarada com suas rachadinhas com os políticos foram alvo de investigações. É muito corrupto solto e perambulando pelas ruas de Porto Velho *** E no interior temos ex-prefeitos com culpas em cartórios trêmulos com a possibilidade da casa cair. A CGU esta apertando os pilantras *** Com os orçamentos já votados, as câmaras municipais e assembléias legislativas estão entrando em recesso. Só falta o Congresso Nacional *** Com alterações climáticas significativas na Amazônia, o inverno rondoniense (leia-se temporada e chuvas) ainda não começou para valer.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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