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Carlos Sperança

A política como um balcão de negócios . . .


A política como um balcão de negócios . . .  - Gente de Opinião

A disputa ferrenha

Nas eleições de 2014, cerca de 40 vereadores em todo estado disputaram cargos a Assembléia Legislativa e a Câmara Federal e alguns se tornando predadores de deputados com sucesso como ocorreu em Porto Velho com os casos de Léo Moraes e Aélcio da TV. Agora, muitos deputados que levaram a pior no confronto com vereadores nas eleições passadas, serão predadores de vereadores a reeleição, caso de Zequinha Araújo, dono de uma baita estrutura destinada ao assistencialismo que já foi campeão de votos a vereança e a Assembléia Legislativa.

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Com a classe política tão desgastada e as câmaras municipais cada vez mais envolvidas em casos degradantes, a campanha da reeleição será muito difícil. Estima-se uma renovação muito grande, algo em torno de 70 por cento em alguns municípios, em face de desmoralização dos legislativos mirins. 

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Chantagear prefeitos, alugar máquinas e caminhões paus velhos em troca de apoio político tem sido uma prática comum de Guajará Mirim á Vilhena. Não é de estranhar que quando os edis ascendem a ALE e a Câmara Federal sigam fazendo da política um balcão de negócios.


A fome e a miséria

A fome, a miséria e o desemprego se alastram pelo país e em Porto Velho a situação não é nada diferente. Os sem-emprego se atiram ao mercado informal como ambulantes desesperados na busca de uma renda capaz de sustentar suas famílias. Nas ruas centrais as bicicletas com vendedores de frutas, verduras, salgadinhos, cocadas, pão caseiro, testemunham a condição econômica precária da capital rondoniense.

Peregrinando pelos órgãos públicos desde cedinho, na última terça-feira, constatei o aumento considerável de vendedores de salgadinhos, sucos, sanduíches naturais, bolos e outras guloseimas percorrendo de sala em sala. A concorrência é grande e quem chega mais cedo, com melhores opções de lanches oferecidos consegue mais sucesso.

E as lojas continuam fechando e jogando mais empregados na rua.

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A construção civil não é mais capaz de
absorver os contingentes de mão de obra.

O desespero é enorme e, constantes tumultos já têm ocorridos nas filas do SINE tal à disputa encarniçada por vagas no mercado de trabalho
 


Ocupação desenfreada

A ocupação da margem direita do Rio Madeira, onde campeia a especulação imobiliária ao longo da rodovia 319, que liga Porto Velho a Humaitá, guarda algumas semelhanças com as invasões na região do Eldorado no início dos anos 80 e a epopéia da Zona Leste logo em seguida, estimulada pela doação de terrenos nos bairros Tancredo/JKs/Mariana/ São Francisco.

A expansão urbana em direção ao outro lado da ponte sobre o Rio Madeira se tornou noutro gargalo para ser resolvido durante a revisão do Plano Diretor de Porto Velho que começa a ser elaborado pela Secretaria de Planejamento da prefeitura de Porto Velho. Mas tudo indica que o abacaxi ficará para ser descascado na próxima administração.

A Câmara de Vereadores de Porto Velho deu o pontapé inicial com audiência pública para discutir a situação dos moradores da margem direita. É o primeiro passo na busca de soluções de um problema de ocupação grave e que tende a crescer com tantos especuladores envolvidos.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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